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e teto da órbita direita |
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Fem. 56 a. Para breve história clínica e exames de imagem (TC, RM), clique. |
Destaques da microscopia. | ||
HE. Meningioma psamomatoso não descalcificado. Abundância de corpos psamomatosos que se destacam em roxo | Meningioma psamomatoso descalcificado. | Corpos psamomatosos após descalcificação |
Escassos lóbulos de meningioma meningotelial remanescente entre os corpos psamomatosos | Redemoinhos (origem da maioria dos corpos psamomatosos). | Vacúolos e pseudoinclusões intranucleares |
Meningioma
psamomatoso não descalcificado.
O material enviado em formol tinha consistência e textura de giz. Apesar de evidentemente calcificado e finamente granuloso, permitia cortes com faca com relativa facilidade. Raspagem da superfície de corte produzia som de areia. Uma parte foi processada sem descalcificar (ao lado), parte foi descalcificada. No material sem descalcificação, os corpos psamomatosos aparecem como grãos arroxeados. |
Correlação
entre imagem e histologia. O meningioma psamomatoso
apresenta tal abundância destes corpúsculos calcificados
que as células neoplásicas representam só pequena
percentagem do tecido tumoral.
Na TC, a somatória dos corpos psamomatosos impede a passagem dos raios X, leva a uma imagem hiperdensa (ou hiperatenuante, termo sinônimo), de densidade igual à do osso na janela para partes moles. Na janela óssea, a densidade é um pouco menor, sendo possível notar variações de textura dentro do tumor calcificado. Na RM, o cálcio não dá sinal. Em T2 o tumor aparece com forte hipossinal (quase negro), devido à pouca hidratação (quantidade de água) no tecido neoplásico. Com gradiente eco, uma seqüência sensível à presença de cálcio, o tumor também se destaca pelo hipossinal em relação ao tecido cerebral. Para exames de imagem em destaques e detalhes, clique. |
Corpos
psamomatosos.
Estes corpúsculos calcificados aparecem em roxo forte (basófilos) no material não descalcificado. O termo 'psamomatoso' deriva da palavra grega psammos, que significa areia. A mineralização os torna quebradiços e obscurece a estrutura interna. São redondos ou ovalados e, em alguns, a estrutura é claramente concêntrica, às vezes calcificados só em seu centro. Originam-se, na maioria, nos redemoinhos formados pelas células neoplásicas, embora alguns possam derivar de vasos hialinizados. |
Meningioma
psamomatoso descalcificado.
O tecido não descalcificado oferece grande dificuldade à obtenção de bons cortes histológicos. Os corpúsculos quebram, são arrastados pela navalha produzindo riscos no corte ('dentes de navalha'), ou saem do corte deixando espaços vazios. No tecido descalcificado, as áreas previamente mineralizadas ainda retêm a cor azulada (basófila), geralmente no centro dos corpúsculos. |
Corpos psamomatosos após descalcificação. Estas formações ovaladas ou arredondadas na grande maioria originam-se por calcificação distrófica de redemoinhos em que as células degeneraram, e foram substituídas por fibras colágenas e substância intersticial do tecido conjuntivo. Nestas depositam-se sais de cálcio. Aqui documentamos os corpos psamomatosos após descalcificação, evidenciando sua caprichosa estrutura em membranas concêntricas, lembrando bulbos de cebola. Para mais sobre calcificação distrófica no curso de graduação, clique (1) (2). | |
Pobreza
em células neoplásicas viáveis.
Chama a
atenção no tumor a escassez de células neoplásicas
em relação aos elementos hialinizados e calcificados. Mesmo
entre os corpos psamomatosos o tecido é na maior parte constituído
por fibras colágenas espessas e paucicelulares. Isto aconteceu
porque, à medida que o tumor evoluiu, as células foram morrendo
e sendo substituídas por fibras colágenas. Isto ocorreu tanto
nos redemoinhos como no tecido entre eles. Os redemoinhos fibrosados ou
hialinizados calcificaram, dando origem aos corpos psamomatosos.
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Áreas remanescentes de meningioma meningotelial. Em certas regiões ainda é possível identificar blocos de células neoplásicas que retêm as características de meningioma meningotelial. Para mais sobre este padrão histológico clássico de meningioma, clique. As células têm arquitetura epitelial, com citoplasma abundante e róseo, limites nítidos, posicionadas lado a lado à maneira de ladrilhos. Os núcleos são redondos ou ovalados com leves atipias (sem significado prognóstico) e freqüentemente mostram vacúolos claros. Redemoinhos são também observados em números variáveis conforme a área. | |
Redemoinhos. Nestes, as células neoplásicas adotam arranjo concêntrico como bulbos de cebola. Os redemoinhos dos meningiomas reproduzem estruturas semelhantes na aracnóide normal. | |
Vacúolos e pseudoinclusões intranucleares. Este exemplar era rico em vacúolos claros intranucleares. Podem representar indentações da membrana nuclear, semelhantes às que dão origem às pseudoinclusões. Alternativamente, podem decorrer de acúmulo de água ou glicogênio. Nas pseudoinclusões, há insinuação de uma lingüeta de citoplasma pela dobra da membrana nuclear, simulando estar no interior do núcleo conforme o plano de corte. | |
Pigmento no citoplasma. O pigmento citoplasmático observado nesta célula (achado isolado) foi considerado como mais provavelmente hemossiderina devido ao caráter refringente dos grânulos. Alternativas incluem lipofuscina ou melanina. | |
Agradecimento. Caso do Hospital Santa Casa de Limeira, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes, Limeira, SP. Preparo do material pelos técnicos Viviane Ubiali e Aparecido Paulo de Moraes, Departamento de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
Para TC, RM deste caso, clique » |
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