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(texto de apoio) |
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NECROSE
a) Isquemia. A causa mais comum de necrose em órgãos vitais como coração e cérebro. A causa mais comum da isquemia é obstrução arterial por aterosclerose. EVOLUÇÃO DAS NECROSES.
A) Direta (p.ex. necrose da pele), levando à formação de uma úlcera; B) Através de condutos naturais. P ex. a necrose caseosa de uma região do pulmão na tuberculose é seguida por eliminação por via brônquica. A cavidade resultante chama-se caverna. C) Através de trajetos neoformados, chamados fístulas, geralmente de causa infecciosa. P. ex., um abscesso (coleção de pus) no subcutâneo provoca a formação de um trato fistuloso que se abre na pele. D) Através de fagocitose, freqüentemente a partir da periferia. As células fagocitárias por sua vez são eliminadas por vasos linfáticos ou sanguíneos (p. ex., no cérebro, onde não há linfáticos.)
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O primeiro efeito da isquemia é a redução da fosforilação oxidativa nas mitocôndrias, porque o oxigênio é o aceptor final de elétrons na cadeia respiratória. A parada da cadeia respiratória paralisa a ATP sintetase interrompendo a produção de ATP. Com a falta de ATP pára a bomba de sódio da membrana plasmática causando entrada de sódio e água no citoplasma (alteração vacuolar). Esta é reversível se o aporte de oxigênio for restabelecido. PAPEL DO ÍON
CÁLCIO
O íon Ca++ tem papel fundamental na homeostase celular. Como é usado como segundo mensageiro, sua concentração intracelular é rigidamente controlada e cerca de quatro ordens de grandeza (10.000 vezes) inferior à concentração nos líquidos extracelulares. A concentração de Ca++ no citosol é 10-7 M, e fora da célula 10-3 M.
Uma das importantes conseqüências do aumento da concentração de Ca++ no citosol é a ativação de fosfolipases de membrana. Estas enzimas, que fazem a renovação dos fosfolípides das membranas, são controladas pela concentração de Ca++, e podem causar grande dano se ficam hiperativas. A degradação acelerada da membrana plasmática causa um grande aumento da permeabilidade ao Ca++ extracelular. Aqui se encontra o divisor de águas entre a reversibilidade e a irreversibilidade das alterações que levam à necrose. A entrada de Ca++ na célula passa a um ciclo vicioso explosivo, em que mais Ca++ aumenta ainda mais a permeabilidade da membrana e esta facilita ainda mais a entrada de mais Ca++. O Ca++ excessivo vai sendo capturado pelas mitocôndrias até a saturação completa destas, onde forma cristais insolúveis com os fosfatos essenciais às trocas energéticas no interior da organela. RUPTURA DA
MEMBRANA PLASMÁTICA
NECROFANEROSE a) No núcleo. A cromatina contém DNAses e proteases. O DNA, com perda do suporte das proteínas (histonas), é despolimerizado a oligonucleotídeos. Grupos fosfato ficam disponíveis para se ligar a corantes básicos (hematoxilina), daí a forte basofilia inicial do núcleo após a necrose (picnose). Posteriormente, a despolimerização continua até mononucleotídeos. Fosfatases liberam os grupos fosfato, que se difundem. O resultado é a perda da basofilia nuclear, a cariolise. b) No citoplasma. A perda da leve basofilia normal do citoplasma (passando a eosinofilia) é devida à digestão dos ácidos nucleicos citoplasmáticos, principalmente o RNA dos ribossomos. |
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