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Doença de Lhermitte-Duclos. 3. Imunohistoquímica para neurônios (NF, cromogranina) |
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Masc. 22
a. Clique para : RM.
Neuropatologia do cerebelo : área afetada : HE,
LFB-Nissl.
IH : MAP2, NeuN, SNF, NF, cromogranina, GFAP, CD34, Ki67. Área normal : HE, LFB-Nissl. IH : MAP2, NeuN, NF, SNF, GFAP, S100, CD34. |
NF (neurofilamento). Proteína de neurofilamento é um filamento intermediário do citoesqueleto expresso por neurônios e seus prolongamentos (dendritos e axônios). Para breve texto, clique. Na prática diária, é um método conveniente para demonstrar axônios. Corpos celulares de neurônios têm marcação irregular. Neste caso de doença de Lhermitte-Duclos, as principais feições são a riqueza de axônios na camada molecular e a ausência de células de Purkinje, sendo que no normal estas são proeminentes e envelopadas pelos axônios das células em cesto (ver quadro comparativo abaixo). Para NF em córtex cerebelar normal de autópsia, clique. |
NF. Camada molecular. No presente caso, neurofilamento revela grande riqueza de axônios calibrosos na camada molecular do córtex cerebelar, em contraste ao normal, onde os axônios são muito finos e aparecem pouco. Admitimos que isso ocorra porque os axônios proviriam dos neurônios da camada granulosa, que na doença de Lhermitte-Duclos são grandes (hipertróficos). Estes axônios são também mielinizados, ao contrário do córtex normal (ver LFB-Nissl). | |
NF. Camada granulosa. Observa-se marcação irregular dos neurônios, alguns forte e uniformemente positivos no citoplasma, outros negativos. O método que melhor demonstra neurônios é MAP2. | |
Cromogranina. Camada granulosa. Com cromogranina, outra proteína associada a vesículas sinápticas (para breve texto, clique), praticamente só se observou marcação nos neurônios hipertróficos da camada granulosa. O resultado superpõe-se ao de outro caso de doença de Lhermitte-Duclos. Como naquele, a positividade é focal no citoplasma abundante, não raro contornando o núcleo, como se marcasse uma determinada região ou organela. Esta poderia corresponder ao retículo endoplasmático rugoso ou ao complexo de Golgi. |
Agradecimentos. Caso do Hospital Santa Casa de Limeira, SP, enviado e gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes do Serviço de Neurocirurgia. Preparações imunohistoquímicas pelas técnicas Ana Claudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis e Arethusa de Souza. Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso e texto: | |||
RM | Área
afetada,
HE LFB-Nissl |
IH para MAP2, NeuN, SNF | IH para NF, cromogranina |
IH para GFAP, CD34, Ki67 | Área
normal,
HE, LFB-Nissl |
IH para MAP2, NeuN, NF, SNF | IH para GFAP, S100 CD34 |
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