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Fem. 31 a. Clique para TC. |
Espécime macro. Segmento de calota craniana na convexidade parietal esquerda (ver TC). A parte inferior, mais espessa, corresponde à região temporal, alterada pela displasia fibrosa. Na face interna observam-se os sulcos deixados pela artéria meníngea média. | |
Corte pelo maior diâmetro da peça. Na extremidade direita, osso normal, com tábuas externa e interna e díploe. Na díploe, notam-se pequenas cavidades de conteúdo vermelho, correspondendo à medula óssea hemopoiética. À esquerda, há perda abrupta destas estruturas e substituição por tecido de aspecto fibroso róseo e homogêneo, com espessura dobro ou triplo da original. | |
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Osso esponjoso normal. Na díploe há trabéculas de tecido ósseo lamelar maduro denso, delimitando cavidades preenchidas por medula óssea hemopoiética normocelular, com as linhagens normais do sangue (séries vermelha, branca e megacariocítica). |
Transição para displasia fibrosa. Coexistência lado a lado de cavidades medulares contendo tecido hemopoiético e outras preenchidas por tecido fibroso frouxo, com perda completa dos elementos sanguíneos jovens. As traves ósseas são do tipo maduro (osso lamelar normal). |
Displasia fibrosa. Na displasia fibrosa, há transformação tanto do tecido ósseo como dos espaços medulares. As trabéculas ósseas são mais delgadas e tortuosas, numa arquitetura anastomosante freqüentemente comparada a 'letras chinesas'. São compostas por osso do tipo trançado ('woven bone' em inglês), em que as fibras colágenas da matriz óssea têm distribuição anárquica, contrastando com a regularidade das fibras do osso lamelar, paralelas e em curvas suaves. Na displasia fibrosa não há transformação do osso trançado em osso lamelar (decorrente de remodelação óssea por osteoclastos e osteoblastos), mesmo após longa evolução. |
Estroma fibroso nos espaços medulares. Os espaços medulares entre as trabéculas de osso neoformado são preenchidas por tecido fibroso jovem, constituído por células fusiformes (fibroblastos) frouxamente dispostas e vagamente arranjadas em feixes. O tecido fibroso chega à superfície das trabéculas sem intervenção de rima de osteoblastos, como visto na ossificação normal (encondral e membranosa) e reparo de fraturas. Admite-se que os fibroblastos sofram metaplasia a osteoblastos, que passam a produzir matriz óssea. Não se observam mitoses ou necrose. Células gigantes do tipo osteoclasto são vistas aqui e acolá, geralmente pequenas e na proximidade de trabéculas. |
Osteócitos. As células encontradas nas lamelas ósseas resultam de metaplasia dos fibroblastos dos espaços medulares, transformando-se inicialmente em osteoblastos. Sintetizam matriz óssea, constituída por fibras colágenas e proteoglicanas, passando a ficar incorporados às trabéculas e passando a osteócitos. No processo, cria-se uma lacuna entre a célula e a matriz (que pode ser artefatual, por retração durante o processamento histológico). Não há rima de osteoblastos circundando as trabéculas neoformadas, como na ossificação normal. | |
Gigantócitos. São encontrados em pequeno número, geralmente nas proximidades das trabéculas ósseas neoformadas. | |
Agradecimentos. Caso do Hospital Santa Casa de Limeira enviado e gentilmente contribuído pelos neurocirurgiões e residentes do Serviço de Neurocirurgia. Histologia realizada no Laboratório de Rotina do Departamento de Anatomia Patológica, Hospital de Clínicas da UNICAMP, Campinas, SP. |
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