Ossificação encondral  em  corpos vertebrais de RN.
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Material proveniente de autópsia de criança com 6 dias de vida extra-uterina, portadora de doença falciforme. Apresentou onfalite aguda com contaminação da pele periumbelical, seguindo-se choque séptico.  O tecido foi descalcificado antes do processamento para inclusão em parafina. 
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Aspecto geral de corpo vertebral em ossificação.   A área à E é constituída por cartilagem hialina e situa-se numa das extremidades (superior ou inferior) do corpo vertebral, que dará origem aos platôs vertebrais, em contato com os discos intervertebrais.  A área à D corresponde à região central do futuro corpo vertebral, onde a cartilagem está sendo substituída por osso.  Essa transformação se dá pela penetração de vasos na cartilagem original. Inicialmente, todo o corpo vertebral é moldado em cartilagem, que depois ossifica (ossificação encondral). 
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Zona de transição.  À medida que se aproximam da zona de ossificação, os condrócitos tomam disposição em colunas, achatam-se, perdem seus núcleos e desaparecem. A matriz cartilaginosa entre eles sofre calcificação (aqui vista como cor roxa mais intensa). 
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As espículas calcificadas servem de suporte para deposição de matriz óssea pelos osteoblastos. Esta matriz óssea ou osteóide aparece aqui em cor vermelha, em nítido contraste com a matriz cartilaginosa calcificada, que tem tonalidade arroxeada. O processo é continuamente moldado por osteoclastos, células de caráter macrofágico, geralmente multinucleadas, que vão aparando as espículas e a matriz óssea pelas bordas, ao que se segue nova deposição pelos osteoblastos. Desta maneira, vão tomando forma as trabéculas ósseas definitivas.  Nos espaços entre as trabéculas ósseas em formação instalam-se células hemopoiéticas, que constituirão a medula óssea. 
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Cartilagem hialina normal.  A cartilagem é constituída por condrócitos dispersos em matriz de aspecto hialino e basófilo, formada por fibras colágenas (colágeno do tipo II) e substância fundamental (proteoglicanas) secretada pelos próprios condrócitos. A cartilagem é avascular, a nutrição dos condrócitos se dando por difusão a partir de vasos na periferia.  Os condrócitos sofrem mitoses (não observadas neste espécime) e são responsáveis pelo crescimento do osso em formação. O processo é o mesmo nas cartilagens de conjugação dos ossos longos como fêmur e tíbia. 
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Cartilagem hialina em degeneração.  Na região de ossificação, os condrócitos dispõem-se em colunas e assumem forma progressivamente mais achatada.  Secretam fosfatase alcalina, que induz deposição de cálcio na matriz cartilaginosa. Com isso a matriz torna-se menos permeável aos nutrientes e os condrócitos morrem. 
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Espículas calcificadas e deposição de osteóide.  A matriz cartilaginosa calcificada serve de base para deposição de matriz óssea (osteóide) pelos osteoblastos. Este vai revestindo em placas (aqui de cor vermelha) as espículas calcificadas (aqui de cor azul arroxeada).  À medida que  vão depositando matriz óssea, os osteoblastos vão ficando envoltos por ela e passam a chamar-se osteócitos. Há células em reprodução que garantem a manutenção da população de osteoblastos. 
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Osteoclastos.   São células de linhagem macrofágica que continuamente aparam as trabéculas em processo de neoformação, retirando tanto a matriz cartilaginosa calcificada original como o osteóide depositado pelos osteoblastos.  Abrem espaço para síntese de matriz óssea nova.  A matriz óssea é composta por colágeno e proteoglicanas adequadas à mineralização.  Os osteoclastos são células grandes, multinucleadas e com abundante citoplasma róseo. 

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