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Masc. 55 a. Clique para RM, HE, imunohistoquímica. |
AE1AE3, um coquetel de anticorpos contra queratinas de alto e baixo peso molecular (para breve texto, clique), marca as células epiteliais do cisto colóide, mas também, curiosamente, é positivo na gliose pilocítica subjacente. Isto ocorre por reação cruzada com GFAP, o filamento intermediário próprio dos astrócitos. Como GFAP e queratinas são filamentos intermediários, há compartilhamento de epítopos, levando ao reconhecimento de astrócitos por AE1AE3. Já o mesmo não ocorre com outros anticorpos contra queratinas como 34bE12, 35bH11 (em outro caso), CK7 e CK20, que são mais específicos. |
AE1AE3. Epitélio do cisto colóide. As células epiteliais do cisto colóide marcadas por AE1AE3 parecem dispor-se em dupla camada, como já notado em HE. A camada superficial tem células achatadas ou pavimentosas. Na profunda, as células são arredondadas, às vezes com citoplasma mais frouxo ou vacuolado. | |
AE1AE3. Gliose profunda. A camada de tecido glial na profundidade (ou externamente) ao cisto colóide marca-se fortemente por AE1AE3, com intensidade semelhante à que seria observada com GFAP (este não usado neste caso). Como AE1AE3 é um coquetel de anticorpos, um ou mais destes reconhece epítopos da proteína GFAP. Este resultado é conhecido na literatura e sugere cautela na interpretação de resultados imunohistoquímicos. |
34bE12. Este anticorpo que reconhece queratinas de alto peso molecular (para breve texto, clique) marca difusamente as células deste cisto colóide, à maneira do observado com AE1AE3. Contudo, a gliose pilocítica adjacente ao cisto não se marca. Comparar diferença com outro caso, onde o epitélio também é em dupla camada, mas são as células mais profundas (não as superficiais) que são achatadas. As profundas marcam-se fortemente por 34bE12, as superficiais, maiores e mais globosas, apenas fracamente. Isto ilustra a variabilidade das células epiteliais em cistos colóides do III ventrículo. Ver também ainda outro caso, onde as células são colunares altas e do tipo mucoso. |
CK7. O anticorpo para citoqueratina 7 marcou fortemente as células superficiais e aplanadas do epitélio deste cisto colóide de III ventrículo. As da camada mais profunda, maiores e globosas, marcaram-se mais fracamente. Comparar com CK20, abaixo, onde a marcação restringiu-se às células superficiais. Em comparação com outro caso, CK7 não diferenciou entre células das duas camadas. Naquele exemplo, eram as células mais profundas que eram achatadas. |
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CK20. O anticorpo para citoqueratina 20 marcou apenas as células mais superficiais, ficando as mais profundas virtualmente negativas. Em outros exemplos (1)(2), CK20 foi negativo em todo o epitélio. Isso enfatiza a variabilidade morfológica e de expressão antigênica das células epiteliais dos cistos colóides do III ventrículo. | |
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CD68. O anticorpo CD68 marca macrófagos reagindo com um componente de seus lisossomos. Aqui demonstra macrófagos livres e associados a granulomas a cristais de colesterol. Este tipo de reação inflamatória é de observação corrente em cistos colóides do III ventrículo (ver outro caso) e cistos de bolsa de Rathke (1)(2). Admitimos que se origine em pequenas rupturas da parede do cisto, colocando o conteúdo em contato com o tecido conjuntivo subepitelial. |
CD68. Macrófagos livres. Aparecem como células isoladas, com citoplasma abundante e grosseiramente granuloso, núcleo central. Os grânulos provavelmente representam os lisossomos que o anticorpo reconhece. | |
CD68. Granulomas a cristais de colesterol. Aqui, os macrófagos tomam arranjo mais compacto, ao longo das fendas deixadas pelos cristais de colesterol removidos pelos solventes orgânicos durante a inclusão em parafina. Alguns são multinucleados, constituindo células gigantes de corpo estranho. | |
Ki67. Positividade dos núcleos epiteliais para este marcador de proliferação celular pode chegar a 5%. | |
Agradecimentos. Caso do Hospital Estadual de Sumaré, SP, enviado em consulta e gentilmente contribuído pelo Dr. João Flávio Daniel Zullo. Reações imunohistoquímicas realizadas no Laboratório de Rotina do Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP.- Técnicos Luis Felipe Billis e Thainá Milena Stela de Oliveira. |
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