Cisto colóide do III ventrículo.  2. Imunohistoquímica
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Masc. 55 a.   Clique para RM, HE, imunohistoquímica
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Destaques  da  imunohistoquímica. 
AE1AE3.  Positividade no epitélio e na gliose Detalhes do epitélio, com camada de células pavimentosas na superfície e cúbicas abaixo  Gliose dá reação cruzada para AE1AE3 (anticorpo contra citoqueratinas)
34bE12.  Semelhante a AE1AE3, mas gliose não marca CK7.  Células pavimentosas na superfície fortemente positivas,  cúbicas abaixo fracamente positivas CK20.  Células pavimentosas na superfície positivas,  cúbicas abaixo negativas
CD68.  Positivo em macrófagos isolados CD68.  Positivo em células gigantes de corpo estranho associadas a cristais de colesterol Ki-67. Positividade em cerca de 5% dos núcleos das células neoplásicas.
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AE1AE3,     um coquetel de anticorpos contra queratinas de alto e baixo peso molecular (para breve texto, clique),  marca as células epiteliais do cisto colóide, mas também, curiosamente, é positivo na gliose pilocítica subjacente. Isto ocorre por reação cruzada com GFAP, o filamento intermediário próprio dos astrócitos. Como GFAP e queratinas são  filamentos intermediários, há compartilhamento de epítopos, levando ao reconhecimento de astrócitos por AE1AE3.  Já o mesmo não ocorre com outros  anticorpos contra queratinas como 34bE12, 35bH11 (em outro caso), CK7 e CK20, que são mais específicos. 
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AE1AE3. Epitélio do cisto colóide.    As células epiteliais do cisto colóide marcadas por AE1AE3 parecem dispor-se em dupla camada, como já notado em HE.  A camada superficial tem células achatadas ou pavimentosas. Na profunda, as células são arredondadas, às vezes com citoplasma mais frouxo ou vacuolado. 
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AE1AE3. Gliose profunda.    A camada de tecido glial na profundidade (ou externamente) ao cisto colóide marca-se fortemente por AE1AE3, com intensidade semelhante à que seria observada com GFAP (este não usado neste caso). Como AE1AE3 é um coquetel de anticorpos, um ou mais destes reconhece epítopos da proteína GFAP. Este resultado é conhecido na literatura e sugere cautela na interpretação de resultados imunohistoquímicos. 
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34bE12.   Este anticorpo que reconhece queratinas de alto peso molecular  (para breve texto, clique) marca difusamente as células deste cisto colóide, à maneira do observado com AE1AE3. Contudo, a gliose pilocítica adjacente ao cisto não se marca.  Comparar diferença com outro caso, onde o epitélio também é em dupla camada, mas são as células mais profundas (não as superficiais) que são achatadas. As profundas marcam-se fortemente por 34bE12, as superficiais, maiores e mais globosas, apenas fracamente. Isto ilustra a variabilidade das células epiteliais em cistos colóides do III ventrículo. Ver também ainda outro caso, onde as células são colunares altas e do tipo mucoso. 
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CK7.    O anticorpo para citoqueratina 7 marcou fortemente as células superficiais e aplanadas do epitélio deste cisto colóide de III ventrículo. As da camada mais profunda, maiores e globosas, marcaram-se mais fracamente. Comparar com CK20, abaixo, onde a marcação restringiu-se às células superficiais.  Em comparação com outro caso, CK7 não diferenciou entre células das duas camadas. Naquele exemplo, eram as células mais profundas que eram achatadas. 
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CK20.    O anticorpo para citoqueratina 20 marcou apenas as células mais superficiais, ficando as mais profundas virtualmente negativas. Em outros exemplos (1)(2), CK20 foi negativo em todo o epitélio. Isso enfatiza a variabilidade morfológica e de expressão antigênica das células epiteliais dos cistos colóides do III ventrículo. 
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CD68.    O anticorpo CD68 marca macrófagos reagindo com um componente de seus lisossomos. Aqui demonstra macrófagos livres e associados a granulomas a cristais de colesterol.  Este tipo de reação inflamatória é de observação corrente em cistos colóides do III ventrículo (ver outro caso) e cistos de bolsa de Rathke (1)(2). Admitimos que se origine em pequenas rupturas da parede do cisto, colocando o conteúdo em contato com o tecido conjuntivo subepitelial. 
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CD68.  Macrófagos livres.     Aparecem como células isoladas, com citoplasma abundante e grosseiramente granuloso, núcleo central. Os grânulos provavelmente representam os lisossomos que o anticorpo reconhece. 
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CD68.  Granulomas a cristais de colesterol.   Aqui, os macrófagos tomam arranjo mais compacto, ao longo das fendas deixadas pelos cristais de colesterol removidos pelos solventes orgânicos durante a inclusão em parafina. Alguns são multinucleados, constituindo células gigantes de corpo estranho. 
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Ki67.    Positividade dos núcleos epiteliais para este  marcador de proliferação celular pode chegar a 5%. 
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Agradecimentos.  Caso do Hospital Estadual de Sumaré, SP, enviado em consulta e gentilmente contribuído pelo Dr. João Flávio Daniel Zullo.  Reações imunohistoquímicas realizadas no Laboratório de Rotina do Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP.- Técnicos Luis Felipe Billis e Thainá Milena Stela de Oliveira.
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Para mais imagens deste caso: RM  HE Imunohistoquímica
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