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Cisto colóide do III ventrículo. 2. Imunohistoquímica

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Fem 14 a. Clique para macro, fotos sob lupa, lâminas escaneadas, destaques da microscopia, HE, tricrômico de Masson, imunohistoquímica.

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AE1AE3. AE1AE3, um coquetel de anticorpos contra queratinas de alto e baixo peso molecular (para breve texto, clique) marca praticamente todas as células do epitélio de revestimento neste cisto colóide do III ventrículo, a exceção de algumas células mucosas, globosas e com citoplasma finamente vacuolado.

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34bE12. Este anticorpo que reconhece queratinas de alto peso molecular (para breve texto, clique) diferencia as células basais do epitélio, mais achatadas, das superficiais, maiores e mais colunares. Mostra assim que ao menos em certos trechos, o epitélio do cisto colóide tem dupla população celular, onde as células basais expressam mais fortemente as queratinas de alto peso. Obs. Achados neste caso. Comparar com outros casos (1)(2).

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35bH11. Este anticorpo que reconhece queratinas de baixo peso molecular (para breve texto, clique) mostrou reação heterogênea em diferentes células do epitélio do cisto colóide de III ventrículo. Células mucosas com citoplasma vacuolado foram mais positivas, algumas células basais foram negativas. Obs. Achados neste caso. Este anticorpo foi negativo em outros casos (1)(2).

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CK7, uma queratina do tipo II (básica) de epitélios simples não queratinizados (para breve texto, clique), marcou a grande parte das células epiteliais do cisto, com exceção de algumas células mucosas. O resultado aproxima-se do obtido com AE1AE3 link, o que é compreensível, já que AE3 reconhece todas queratinas básicas conhecidas (tipo II). Por outro lado, mesmo as células cúbicas/colunares podem expressar ou não CK7, havendo trechos positivos e negativos no mesmo campo de médio aumento. Isso ilustra a heterogeneidade das células do cisto colóide, que podem expressar diferentes tipos e combinações de citoqueratinas, mesmo lado a lado.

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EMA. EMA (antígeno epitelial de membrana, para breve texto, clique) marcou as células do cisto colóide, mas não de maneira uniforme. Houve marcação forte da membrana apical de certas células, não de outras. Células não ciliadas foram fortemente positivas, ao lado de ciliadas negativas. O contrário também foi encontrado. Os achados salientam que células, supostamente da mesma linhagem e derivação, podem expressar fenótipos diferentes, mesmo uma ao lado da outra.

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CD68. Macrófagos livres. Este marcador de macrófagos (para breve texto, clique) reconhece antígenos presentes nos lisossomos destas células. Aqui demonstra acúmulos de macrófagos livres e nos granulomas a cristais de colesterol no tecido conjuntivo subepitelial do cisto colóide. Admitimos que essa reação inflamatória crônica se constituiu a partir de pequenas rupturas no epitélio, pondo o tecido conjuntivo em contato com o conteúdo do cisto.

CD68. Macrófagos em granulomas a cristais de colesterol. Cristais de colesterol derivam da decomposição de membranas celulares e têm forma de agulha. São removidos pelos solventes álcool e xilol durante a inclusão em parafina e os espaços que ocupavam ficam vazios. Os macrófagos são vistos ao longo destas fendas, lembrando às vezes até células epiteliais. É comum também observar-se macrófagos em volta de pequenos vasos, pois a única via de saída é pelos vasos sanguíneos. Ocasionais neutrófilos intravasculares também são marcados por CD68 porque contêm lisossomos.

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Vimentina. Um filamento intermediário do citoesqueleto expressado em numerosos tipos celulares, especialmente em células conjuntivas, vimentina foi positiva nos fibroblastos que geram as fibras colágenas da parede do cisto colóide, delineando uma fina trama de prolongamentos celulares. O epitélio do cisto é negativo. Fibras colágenas são demonstráveis no tricrômico de Masson. Células endoteliais dos pequenos vasos também são positivas, bem como os macrófagos, estes já documentados por CD68.

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Ki67. Este marcador de proliferação celular foi positivo em um número modesto de núcleos (algo em torno de 3 a 5%) ao longo do epitélio do cisto colóide, indicando que a estrutura passa por renovação celular. Alguns núcleos marcados lado a lado poderiam ter resultado da mesma mitose. Contudo, não foram observadas figuras de mitose, sugerindo que ocorram com pouca freqüência.

Ki67 - vasos. É de interesse que pequenos vasos mostram marcação nuclear intensa ao longo de sua parede. Isto poderia dever-se a núcleos endoteliais e também a neutrófilos, que sofreram marginação leucocitária devido à manipulação cirúrgica. Curiosamente, leucócitos maduros habitualmente marcam por Ki67, embora não se suponha que sejam células em multiplicação.

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Anticorpos negativos. CEA, CK20.

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Agradecimentos. Reações imunohistoquímicas realizadas no Laboratório de Rotina do Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP.- Técnicos Luis Felipe Billis e Thainá Milena Stela de Oliveira.

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