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Classificação
simples das amiloidoses:
Aspecto macroscópico de órgãos com amiloidose: aumentados de volume, cor pálida, aspecto seco e firme (devido à deposição difusa da proteína). Ver peça Rim-60. |
Aspecto microscópico:
em HE: amilóide é substância hialina como as
outras: homogênea e eosinófila. Porém cora-se
com vermelho do Congo (cor tijolo), e após esta coloração,
brilha com cor verde esmeralda quando examinado em luz polarizada.
Estas propriedades são diagnósticas.
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Amiloidose primária em nervo | ||
HE | VERMELHO CONGO | VERMELHO CONGO +
LUZ POLARIZADA |
Amiloidose primária em linfonodo | ||
HE | VERMELHO CONGO | VERMELHO CONGO +
LUZ POLARIZADA |
Microscopia
eletrônica: aspecto filamentoso.
Amilóide AL: os monômeros são fragmentos de cadeias leves de imunoglobulinas. Ocorre em 5-15% dos pacientes com mieloma múltiplo (ver quadro). Também ocorre em pacientes sem mieloma. Neste caso, é considerada uma forma de amiloidose primária. (Considera-se que mesmo estes pacientes teriam um aumento no número de plasmócitos na medula óssea, portanto uma discrasia plasmocitária)
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O mieloma múltiplo é um tumor maligno
de plasmócitos, que ocorre em adultos e pessoas idosas. Geralmente
forma múltiplos focos nos ossos chatos. Estas lesões são
líticas,
i. e. destroem osso. Veja a peça SO-6
e a lâmina A. 53 para saber mais sobre
este tumor. Os plasmócitos neoplásicos secretam em abundância
uma única forma de anticorpo, presente no plasma em altas concentrações
e demonstrável por eletroforese de proteínas (gamopatia
monoclonal). Muitas vezes secretam também fragmentos de cadeias
leves, chamadas de proteínas de Bence-Jones. Estas, por serem
de baixo peso molecular, são filtradas nos glomérulos e concentradas
nos túbulos, que podem ficar obstruídos por cilindros hialinos,
levando gradualmente a insuficiência renal crônica . A lesão
resultante chama-se
nefropatia do mieloma.
Qual a relação entre amiloidose AL e proteínas de
Bence Jones? Tanto o amilóide como as PBJ originam-se
da secreção dos plasmócitos neoplásicos. Contudo,
a PBJ é eliminada na urina tal como é secretada, sem polimerizar-se
(aliás, se se polimerizasse, ficaria de alto peso molecular e não
poderia ser filtrada nos glomérulos). O amilóide AL
é formado por polimerização de outros fragmentos de
cadeia leve secretados pelos plasmócitos anômalos. Para que
a polimerização ocorra é preciso que a proteína
secretada tenha quimicamente esta propensão. Por isso, nem todos
pacientes com mieloma desenvolvem amiloidose (só 6 a 24%).
Por outro lado, cerca de metade dos pacientes com mieloma vêm a apresentar
insuficiência renal crônica. Esta é fortemente correlacionada
com a proteinúria de Bence-Jones e rara na sua ausência.
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Amilóide
AA: Observado na vigência de doenças
inflamatórias crônicas, como lepra lepromatosa, tuberculose,
osteomielite, bronquiectasias, e artrite reumatóide, com duração
de anos.
• Derivado
da proteína plasmática SAA (serum amyloid associated protein),
produzida no fígado para auxiliar a fagocitose por macrófagos.
• Proteína
presente normalmente em concentrações baixas, mas aumenta
até 100 x em doenças inflamatórias crônicas.
• Um fragmento
não digerível da SAA é o monômero do amiloide
AA.
Amiloidose da polpa branca do baço na hanseníase. Lâm. A. 36/38
Amiloidose glomerular, lam. A. 200. |
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