Amiloidose  linfonodal
Lâmina A 380
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Este material provém  de paciente masculino de 67 anos com linfoadenomegalia cervical. Biópsia de linfonodo para esclarecimento diagnóstico revelou substituição praticamente completa por material hialino, portanto homogêneo e eosinófilo, com pouco tecido linfóide remanescente, em especial na periferia. Há perda completa da arquitetura do órgão, não se visualizando mais as camadas cortical ou medular. Os poucos folículos linfóides restantes estão na região subcapsular. O diagnóstico de amiloidose baseou-se no exame de um corte corado por vermelho do Congo em luz polarizada, que demonstrou a característica refringência verde esmeralda a amarelo ouro, virtualmente patognomônica da substância amilóide. Para mais sobre as características físicas e químicas do amilóide, clique
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Destaques  da  microscopia. 
HE.  Lâmina escaneada Periferia do linfonodo com tecido linfóide remanescente Interior do linfonodo com substituição por amilóide. Vasos
Vermelho do Congo.  Amiloidose linfonodal difusa com poucos linfócitos remanescentes Deposição amilóide em vasos na periferia do linfonodo  Amilóide em luz polarizada com refringência verde esmeralda - amarelo ouro 
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Lâmina escaneada 

mostra cortes de contorno elíptico, compatível com linfonodos, mas de cor rósea,  sem demonstrar a arquitetura própria dos mesmos.  Na foto abaixo em maior resolução (1200 dpi),  pequenos focos arroxeados subcapsulares, contendo linfócitos remanescentes. Vasos na periferia do fragmento são espessados pelo acúmulo de amilóide. 

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Tecido linfóide remanescente.    É encontrado na periferia do linfonodo, na região subcapsular, na forma de folículos linfóides. Porém, estas regiões são escassas. Logo abaixo, em direção ao interior do linfonodo, o tecido linfóide desaparece, substituído por massas róseas de substância amilóide. Poucos linfócitos são vistos de permeio ao amilóide, que se deposita progressivamente no  arcabouço reticulínico do linfonodo,  obliterando aos poucos o tecido normal, inclusive vasos e seios linfáticos. 
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Massas de amilóide no interior do linfonodo.   Apesar do aspecto homogêneo, o amilóide é constituído de fibrilas finíssimas, só individualizáveis em microscopia eletrônica. A substância apresenta refringência na luz polarizada justamente pelo caráter fibrilar, que desvia o plano de vibração da luz. 
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Vasos.    Alguns vasos no interior do linfonodo têm sua parede fortemente espessada pela deposição de amilóide. Em luz polarizada após a coloração pelo vermelho do Congo, podem mostrar disposição circular das fibrilas de amilóide. Clique para exemplos (1)(2).
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Vermelho do Congo.   O método do vermelho do Congo (para procedimento técnico, clique) cora o amilóide em vermelho tijolo. A coloração em si é pouco  específica, pois outras proteínas e mesmo estruturas normais podem corar. O que é específico do amilóide é a refringência na cor verde esmeralda (ou verde maçã) quando a lâmina é examinada em luz polarizada.
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Vasos da periferia do linfonodo.     Mostram-se espessados e de aspecto homogêneo pela deposição de amilóide. Fica difícil distinguir entre artérias e veias devido à amiloidose. 
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Vermelho do Congo e Luz Polarizada
Neste quadro, imagens reduzidas para comparação lado a lado. Clique nas figuras para ir às originais  (960 x 720 pixels). 
Polaróides parcialmente cruzados Polaróides totalmente cruzados  (90º)
Vasos da periferia do linfonodo
Vasos e massas de amilóide no interior do linfonodo
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Agradecimentos.    Preparações histológicas pelo técnico Guaracy da Silva Ribeiro.  Colorações especiais pela técnica Tayna Takahashi Santos.  Fotografia em luz polarizada pelo fotógrafo Adilson Abílio Piaza.  Departamento de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP.
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