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Espécime. Masc. 47 anos. Clique para angiografia digital. Externamente, esta malformação artério-venosa mostra grandes canais vasculares calibrosos, tortuosos e de paredes translúcidas, com sangue, e uma dilatação aneurismática. Áreas amareladas correspondem a tecido nervoso gliótico. Em corte, o interior (nidus) da MAV é composto por numerosos vasos anômalos densamente agrupados. |
Lâmina
escaneada.
Parte da MAV é vista nesta lâmina corada por tricrômico de Masson, escaneada com 600 dpi (dots per inch) e 1200 dpi (abaixo). O Masson é mais favorável que HE, pois cora o tecido conjuntivo em azul e ajuda a distinguí-lo do sangue nos vasos e do tecido nervoso (róseo, em cima). Em HE, todas as estruturas aparecem em diferentes tons de rosa. |
HE. Aspecto geral. A MAV é constituída por vasos calibrosos, de diâmetros irregulares, seccionados em vários planos. As paredes vasculares têm estrutura anormal, ficando não raro difícil decidir entre artérias ou veias. São melhor descritos como canais vasculares aberrantes, contendo sangue ou trombos em diferentes fases de organização. No presente exemplo, alguns contêm material injetado diretamente na MAV na tentativa de embolizá-la, reduzindo o fluxo sanguíneo para facilitar a retirada cirúrgica in toto. É habitual o encontro de tecido nervoso gliótico entre os vasos, contendo astrócitos gemistocíticos e fibrosos e, ocasionalmente, neurônios. |
Vasos lembrando artérias. Estes vasos calibrosos na periferia da MAV assemelham-se a artérias, apresentando inclusive membrana elástica interna, melhor percebida na coloração Weigert - Van Gieson. Contudo, análise detalhada mostra que são vasos anômalos, pois há pobreza de fibras musculares lisas na camada média, e excesso de tecido fibroso colágeno. Isto é melhor observado no tricrômico de Masson. |
Vasos anômalos com calcificações. Áreas basófilas são comuns nas paredes fibróticas de vasos ou entre eles. Poderiam resultar de calcificações na própria parede (isto é, na camada média), ou em trombos. |
Vasos com trombos. Trombos recentes e organizados são comuns. Há trombos em organização recente, alguns já em recanalização (formação de novos vasos dentro do trombo) e um riquíssimo em hemossiderófagos (macrófagos com hemossiderina resultante da degradação das hemácias). Para trombose e evolução dos trombos na Patologia Geral, clique (1) (2) (3) (4) (5). Para hemossiderina, clique. |
Tecido nervoso gliótico entre os canais vasculares. Os vasos aberrantes situam-se em meio ao tecido nervoso. À medida que crescem, comprimem os elementos nobres e também 'roubam' oxigênio. Com isso, os neurônios degeneram e os astrócitos sofrem hipertrofia, levando a formas gemistocíticas. O conjunto corresponde à gliose (cicatrização) do tecido nervoso. Áreas de tecido nervoso gliótico são comuns entre os vasos da MAV. O mesmo é mais raro nos cavernomas (hemangiomas cavernosos). |
Agradecimentos. Caso do Hospital Santa Casa de Limeira, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima e Paulo Roland Kaleff. Imagens da angiografia digital por especial obséquio dos residentes Drs. Leonardo Rocha-Carneiro García-Zapata, Leandro Moreira, Patrícia Pedrosa de Azevedo e da secretária do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia, Srta. Jéssica Barbosa. Histologia HE - técnicos do laboratório de rotina - Viviane Ubiali, Mariagina de Jesus Gonçalves e Maria José Tibúrcio. Colorações especiais pelos técnicos Fernando Wagner dos Santos Cardoso e Tayna Takahashi Santos. Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP. |
Para mais imagens deste caso: | Angiografia digital | Macro, HE, | Colorações especiais |
Este assunto na graduação | Texto : malformações vasculares do SNC: telangiectasias, cavernomas, MAVs. | Características de imagem dos cavernomas |
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