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F. 2 a 11 m. Clique para RM, HE, GFAP, sinaptofisina, cromogranina, CD34, Ki67. |
HE.
Ganglioglioma.
O encontro de neurônios maduros neste volumoso tumor glial talâmico
(ver RM) foi uma surpresa.
Inicialmente havíamos considerado a possibilidade de um glioma difuso
da linha média, pela tenra idade e localização talâmica.
Gliomas da linha média são todos grau IV da OMS, independentemente
da histologia. Os neurônios definiram o tumor como um ganglioglioma,
ou seja, grau I da OMS.
Estroma tumoral. A maior parte da lesão é constituída por células pequenas, alongadas ou estreladas, cujos prolongamentos formam uma densa trama e delimitam muitos pequenos cistos. A isto podemos chamar de estroma tumoral. GFAP demonstra que as células estromais são astrocitárias. Algumas são maiores, com mais citoplasma, e assemelham-se a astrócitos gemistocíticos. Em meio a estas observam-se neurônios, alguns com aspecto típico, com núcleo redondo, vesiculoso, nucléolo evidente, citoplasma amplo de limites nítidos, chegando a esboçar corpúsculos de Nissl. Há alguns neurônios binucleados, o que é próprio dos gangliogliomas e raríssimo em tecido nervoso normal. Alguns são dismórficos, com dendritos muito curtos, ou têm vacúolos no citoplasma. A variabilidade fenotípica dos neurônios afasta que sejam células talâmicas pré-existentes. |
Neurônios. | |
Astrócitos. | |
Estroma tumoral. | |
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GFAP. Virtualmente todas as células pequenas do tumor, com prolongamentos citoplasmáticos curtos, marcam-se por GFAP, documentando sua linhagem astrocitária. Vasos destacam-se em negativo (corados em azul pela hematoxilina de fundo). |
GFAP. Células com aspecto de neurônios, mas GFAP positivas. É curioso que células morfologicamente semelhantes a neurônios sejam positivas no citoplasma para GFAP. Como os núcleos ficam azuis, portanto negativos, não deve tratar-se de um artefato da reação. Além disso, células semelhantes a estas são fortemente positivas para sinaptofisina e cromogranina, marcadores neuronais. É possível que, sendo o ganglioglioma um tumor imaturo, algumas células exibam diferenciação divergente, expressando antígenos neuronais e gliais. | |
GFAP. Pequenas células do estroma tumoral. | |
Células maiores com fenótipo astrocitário. | |
Sinaptofisina. Proteína associada a vesículas sinápticas, identifica neurônios e axônios. Aqui destaca vários neurônios com morfologia próxima do normal ou aberrantes. |
Cromogranina. Também associada a vesículas sinápticas, dá resultados semelhantes, mas número de neurônios positivos é bem menor. | |
CD34. Demonstra a esparsa vascularização do tumor, sem proliferação endotelial. |
Ki67. Positivo em 1-2% dos núcleos. Núcleos marcados aos pares poderiam representar células filhas da mesma mitose. |
Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos técnicos do Laboratório de Patologia daquele hospital - Srs. Aparecido Paulo de Moraes e Irineu Mantovanelli Neto. |
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