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Meningioma secretor -
3. - Microscopia Eletrônica

Em microscopia eletrônica, os meningiomas secretores exibem características celulares notavelmente epiteliais, incluindo canalículos secretores intra- e intercelulares forrados com microvilos, desmossomos e tonofilamentos. Nesta página veja:
corpos pseudopsamomatosos, microvilos, desmossomos, canalículos extracelulares, redemoínhos, padrão meningotelial, pseudoinclusões intranucleares, fibras colágenas.

Agrupamento de células do tipo epitelial, com ducto secretor forrado por microvilos (seta rosa), correspondendo a um corpúsculo pseudopsamomatoso em microscopia óptica (HE, seta preta).

Outros exemplos de corpos pseudopsamomatosos. Aparecem freqüentemente em pequenos grupos lembrando cachos. O conteúdo é variavelmente eletrodenso, geralmente amorfo e homogêneo, mas por vezes contendo corpúsculos ou irregularidades. A parede é limitada por membrana e caracteristicamente bordejada por microvilos.

Neste exemplo, o conteúdo parece formar pequenas lamelas paralelas.

Canalículos intracelulares ricos em microvilos. Abaixo, vários exemplos de canalículos no interior de células, forrados por abundantes microvilos. Vários microvilos parecem ter filamentos de citoesqueleto no interior. As células que os contêm estão associadas às células vizinhas por desmossomos, de maneira análoga às células epiteliais de outros locais, como a epiderme. Os microvilos não são perceptíveis em microscopia óptica.

Desmossomos são complexos juncionais baseados em tonofilamentos (filamentos intermediários do citoesqueleto com resistência à tração, como as queratinas). São organizados em pontos isolados (não circundam a célula) e unem células vizinhas através de proteínas que atravessam a membrana celular, dando coerência ao tecido.

Estes desmossomos mostram com elegância a ancoragem dos tonofilamentos na placa eletrodensa de cada membrana participante, bem como a densidade no espaço extracelular, correspondendo às proteínas desmocolina e desmogleína.

Canalículo extracelular situado na junção de três células, unidas por desmossomos. Vários microvilos de uma das células projetam-se para a luz. O material secretado é heterogêneo, na forma de pequenos corpúsculos arredondados. O citoplasma das células do meningioma contém abundantes tonofilamentos do citoesqueleto, provavelmente queratinas, já que são positivas para AE1AE3.

Em outras áreas, este meningioma apresentava células em padrão meningotelial ou transicional clássico, com formação de redemoínhos. Exemplo de um redemoínho abaixo.

Padrão meningotelial clássico, em que as células se arranjam lado a lado à maneira de epitélio, e mostram extensa rede de tonofilamentos eletrodensos no citoplasma. Esses filamentos intermediários do citoesqueleto correspondem, pelo menos em parte, a queratina, pois são positivos para AE1AE3, um coquetel de anticorpos contra queratinas. Para imunohistoquímica deste caso, clique.

Pseudoinclusões intranucleares são encontradas em meningiomas e correspondem a lingüetas de citoplasma que se introduzem em dobras da membrana nuclear. Pelo plano de corte, dão impressão de encontrar-se no interior do núcleo. Para exemplos em outros casos, clique (1) (2).

Fibras colágenas do espaço extracelular podem ser muito abundantes nos meningiomas. São constituídas por colágeno tipo 1 (colágeno propriamente dito, mais espesso) ou tipo 3 (fibras reticulínicas, colágeno mais delicado), ambas com características estriações transversais.