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Fem. 24 anos. Há 3 anos cefaléia pulsátil e diminuição da acuidade auditiva. Há 1 mês diminuição da acuidade visual. Sem déficits motores. TC - tumor na região pineal com hidrocefalia. Realizada derivação ventrículo-peritonial e exérese de lesão na cisterna quadrigêmea. |
Aspecto geral do tumor | . |
Pineocitoma.
Neoplasia de células regulares, núcleos pequenos e redondos, citoplasma eosinófilo de limites imprecisos. As células se arranjam em lóbulos separados por delicadas traves vasculares. Não se observam áreas de necrose, proliferação vascular ou figuras de mitose. |
Semelhança com oligodendroglioma. O caráter isomórfico da neoplasia, com células regulares com núcleos redondos, halo claro perinuclear e vasos delicados, lembra um tumor de oligodendrócitos. Outro tumor que pode assumir este aspecto é o neurocitoma central. | |
Pseudoroseta
de Homer Wright.
Foi observada uma única pseudoroseta do tipo Homer Wright, uma evidência de diferenciação neuronal. Não são exclusivas do pineocitoma, mas são vistas no neurocitoma central, meduloblastoma e neuroblastoma da supra-renal. A parte central anucleada é constituída por prolongamentos das células neoplásicas, ficando os núcleos na periferia da roseta. |
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Atipias nucleares. Apesar da predominante regularidade celular, há áreas com núcleos hipercromáticos e alguns atípicos, com bi- ou multinucleação e nucléolos proeminentes. Figuras de mitose não foram observadas. | |
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GFAP. Negativo em toda amostra, indicando ausência de diferenciação astrocitária das células segundo este marcador (ver, porém, vimentina e proteína S-100, abaixo). Há positividade na periferia de alguns fragmentos, devido à glia astrocitária do tecido nervoso peritumoral. | |
VIM. Positivo em vasos do tumor. A grande maioria das células neoplásicas são negativas. Contudo, há raras células positivas no citoplasma, o que pode indicar diferenciação astrocitária incipiente. | |
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VIM - Positividade citoplasmática. Notada em células isoladas, no interior da neoplasia. O aspecto delas sugere fortemente que se trata de elementos do próprio tumor, e não de células pré-existentes que tenham sido capturadas. O núcleo lembra o das células tumorais vizinhas, e o citoplasma é escasso, praticamente sem prolongamentos. Uma célula apenas mostrou prolongamentos ramificados. A positividade nuclear em algumas células pode ser real ou uma superposição com o citoplasma. | |
S-100. Positividade só nuclear, ou nuclear e citoplasmática, em células isoladas. Pode ser tomada como sugestiva de diferenciação astrocitária. Lembrar que não houve positividade para GFAP (o antígeno considerado mais específico para astrócitos). | |
NSE. Positividade forte e difusa no citoplasma - própria de tumores de linhagem neuroectodérmica. A rigor não permite diagnosticar diferenciação neuronal, pois é positiva em vários tumores gliais, como astrocitomas, oligodendrogliomas e ependimomas. | |
SNF. Positiva difusa e forte, indicando diferenciação neuronal das células neoplásicas. Lembrar que a célula de origem, o pineocito, é um neurônio modificado. | |
NF. Negativo em toda a amostra, assim como foi a cromogranina (não demonstrado). A falta de positividade para NF indica que as células não atingem diferenciação neuronal até o ponto de sintetizar neurofilamentos (o que ocorre só em células bem diferenciadas). Ver um outro exemplo de pineocitoma em que NF foi positivo, demonstrando axônios (neuritos) e expansões bulbosas dos mesmos. | |
Ki-67. Marcação nuclear da ordem de 10%, indicando atividade proliferativa moderada. Contudo, não foram observadas mitoses. | |
Tumor foi negativo também para cromogranina, bHCG (gonadotrofina coriônica humana), PLAP (fosfatase alcalina placentária). Estes dois últimos são positivos em células germinativas. PLAP é positivo em germinoma, o tumor mais comum da região pineal. Clique, para exemplos. |
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