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2. Duas metástases cerebrais metácronas, HE |
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Masc. 20
a. Exames de imagem;
Anatomia Patológica. Tumor primário
no testículo (teratoma imaturo) e
metástase linfonodal
- HE . Primeira metástase cerebral (carcinoma
embrionário) - HE, IH.
Segunda metástase cerebral (idem) - HE.
Textos : teratomas maduros, imaturos, tumores germinativos mistos, carcinoma embrionário, CD30 |
A primeira
metástase cerebral declarou-se em julho de 2016, paciente então
com 19 anos e 9 meses, como grande lesão hemorrágica com
efeito de massa em lobo occipital direito, operada na urgência.
Para TC, clique. Microscopicamente,
em nada lembrava os teratomas imaturos documentados
no testículo e na metástase linfonodal (esta última
de 2 meses antes). Tratava-se de massa tumoral necrótica e hemorrágica
com as feições microscópicas de um carcinoma
embrionário. Controle por RM
em janeiro de 2017 sem lesão residual. Em fevereiro
de 2017 (apenas 45 dias após) - nova
lesão cerebral próxima à anterior, com anátomo-patológico
superponível (carcinoma embrionário).
Nesta página - imagens das duas amostras em HE. Texto - carcinoma embrionário. Na página seguinte - imunohistoquímica da primeira metástase cerebral. |
Destaques da microscopia. Primeira metástase | ||
HE. Aumento fraco, tecido compacto de células de padrão epitelial lembrando carcinoma | Aspecto pseudopapilífero devido à necrose e descamação de células a certa distância dos vasos | Células em arranjo sólido |
Núcleo volumoso e claro, nucléolos proeminentes, citoplasma abundante | Numerosas mitoses típicas e atípicas | Necrose. |
Segunda metástase. Arranjo papilífero | Células neoplásicas grandes, limites nítidos, cromatina mais densa que na metástase anterior. | Numerosas mitoses típicas e atípicas |
Necrose, hemorragia | Infiltração cerebral | Astrócitos gemistocíticos reacionais |
Destaques do tumor primário, metástase linfonodal, 1a metástase cerebral, IH | ||
Primeira metástase, aspecto geral. Lesão necrótica e hemorrágica, com ilhotas de tecido viável preservadas aqui e acolá, geralmente em torno de vasos, criando por vezes aspecto pseudopapilífero. |
Células neoplásicas. Têm aspecto epitelial, relativamente regulares, grandes, com citoplasma róseo ou claro, limites nítidos e núcleos redondos, vesiculosos com nucléolos proeminentes. Figuras de mitose típicas e atípicas são comuns. | |
Mitoses típicas e atípicas. | |
Necrose, hemorragia. | |
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Aspecto geral. Semelhante ao da lesão anterior. Aspecto epitelial, com formações papilíferas ou pseudopapilíferas (estas, devidas à necrose e descamação das células mais distantes dos vasos). Infiltração do córtex cerebral. |
Células neoplásicas. Semelhantes às da primeira metástase, mas núcleos têm cromatina mais densa e nucléolos são menos visíveis. Citoplasma abundante, róseo, de limites definidos, recapitula aspecto epitelial. | |
Mitoses típicas e atípicas. Abundantes, como na amostra anterior. | |
Necrose, hemorragia. | |
Infiltração cortical e reação glial. O córtex cerebral nas proximidades do tumor mostra gliose reacional, na forma de astrócitos volumosos, de aspecto gemistocítico - núcleo excêntrico, citoplasma róseo abundante. Há infiltração de células neoplásicas no neurópilo e nos espaços de Virchow Robin. | |
Carcinoma
embrionário.
Carcinoma embrionário é o segundo tumor germinativo do testículo mais freqüente na forma pura (15 a 30%), mas é visto mais comumente como componente de um tumor misto de células germinativas (45% dos casos). É mais freqüente na 3ª. década, entre 25 e 35 anos. Não é encontrado em crianças pequenas ou maiores, e é muito raro após a 5ª. década. Um terço dos pacientes já na apresentação tem metástases a linfonodos para-aórticos, fígado e ou pulmões. Macro. Carcinoma embrionário quando em forma pura é o menor dos tumores de células germinativas, em media 2,5 cm. Microscopicamente, é um tumor de células poligonais, podendo mostrar padrões sólido, acinar, tubular ou papilífero, com áreas de hemorragia e necrose. Há intenso pleomorfismo celular, com núcleos grandes, vesiculosos, irregulares. A cromatina é grosseira, com membrana nuclear bem definida e nucléolos proeminentes. O citoplasma é abundante, com limites nítidos. Há intensa atividade mitótica. Vasos linfáticos e sanguíneos perto do tumor estão infiltrados. Imunohistoquímica. Positiva para PLAP, AE1AE3 e CD30. OCT4 marca até 90% dos casos, mas isso não distingue dos seminomas, que também marcam. Pode haver positividade focal para AFP. AE1AE3 e CD30 são negativos no seminoma, o que ajuda no diagnóstico diferencial. CD30 é praticamente exclusivo do carcinoma embrionário. EMA, CEA, vimentina – negativos. Fontes. Ro JY et al. Tumors and tumorous conditions of the male genital and urinary tract. Chapter 14 in Fletcher CDM (Ed). Diagnostic Histopathology of Tumors. Churchill Livingstone 2000. pp 792-4 Josefson
D et al. Testis, adnexal structures and external genitalia. In
Dabbs
DJ (Ed). Diagnostic Immunohistochemistry. 2nd Ed. Churchill
Livingstone Elsevier 2006. pp 579-82.
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Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos membros do Laboratório de Patologia do Centro Boldrini - Aparecido Paulo de Moraes, Irineu Mantovanelli Neto e Adriana Worschech. |
Para mais imagens deste caso: | Exames de imagem | Teratoma imaturo no testículo e metástase linfonodal. HE. Textos: teratomas maduros, imaturos, tumores germinativos mistos | Duas
metástases cerebrais de carcinoma embrionário, espaçadas
de 8 meses. HE.
Texto - carcinoma embrionário |
Primeira
metástase cerebral, IH.
Texto - CD30 |
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