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2. Parafina - HE |
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Fem. 52 a. Clique para : exames de imagem, macro, esfregaço, lâminas escaneadas, imunohistoquímica para marcadores gliais e nestina, para marcadores neuronais, CD34, Ki-67. |
Destaques da microscopia. | ||
HE. Aspecto geral - arquitetura lobular, septos conjuntivo-vasculares | Áreas de aspecto astrocitário | Núcleos lembrando neurônios |
Esboços de rosetas de Flexner (ependimárias) | Mitoses numerosas, típicas e atípicas | Vasos proliferados, esboços de pseudorosetas perivasculares |
Pseudoglomérulos | Necrose | Apoptose |
Para macroscopia, esfregaço, lâminas escaneadas e destaques da imunohistoquímica, clique. | ||
Arquitetura
lobular.
Em aumento fraco, as células neoplásicas dispõem-se em lóbulos incompletamente separados por traves de tecido conjuntivo e vasos. Há notável regularidade de aspecto em todas áreas do espécime. |
Morfologia celular. As células tumorais tinham caráter neuroectodérmico, formando prolongamentos com limites imprecisos. Havia variação na forma e tamanho. Parte das células lembravam astrócitos, outras apresentavam núcleos volumosos, com cromatina frouxa e nucléolo proeminente, à maneira de neurônios. De modo geral o citoplasma era escasso. Figuras de mitose, inclusive atípicas, eram comuns. Detalhes nos quadros seguintes. | |
Atipias nucleares. Aberrações nucleares acentuadas eram vistas só em poucas células. | |
Áreas de aspecto predominantemente astrocitário. Nestas, predominavam células com prolongamentos que se entrelaçavam formando uma rede. Muitas células tinham citoplasma róseo e núcleo excêntrico, lembrando astrócitos gemistocíticos. Alguns apresentavam citoplasma finamente vacuolado, com aspecto xantomatoso. Células de padrão astrocitário expressavam GFAP, VIM e S-100, comprovando linhagem glial. | |
Células com núcleos lembrando os de neurônios. Várias células em diferentes áreas do tumor apresentavam núcleos com características neuronais, ou seja, volumosos, com aspecto vesiculoso, cromatina frouxa e nucléolo evidente. Eram encontradas esparsas entre as demais. Com imunohistoquímica, comprovou-se que muitas células do tumor expressavam antígenos neuronais, como sinaptofisina, cromogranina, MAP2 e NeuN. A coexistência destas com as células astrocitárias, comprovadas por GFAP e VIM, embasou o diagnóstico de ganglioglioma (anaplásico, devido às características malignas, como mitoses e índice Ki-67 elevado). | |
Microcistos lembrando rosetas ependimárias. Em poucas áreas, as células tinham caráter mais epitelial, com contorno poligonal, ainda que de limites imprecisos. Circundavam pequenos espaços vazios, lembrando as rosetas de Flexner-Wintersteiner dos ependimomas e dando aspecto cribriforme ao tecido. Em algumas, havia sugestão de cílios ou microvilos projetando para a luz. Contudo, o tumor foi negativo para EMA e AE1AE3 (não demonstrados no presente caso), freqüentemente expressados em ependimomas. | |
Mitoses típicas, atípicas. Em todas áreas havia intensa atividade mitótica, corroborada pela positividade de até 60% dos núcleos para Ki-67. As mitoses eram na maioria típicas, na forma de placas metafásicas, mas foram encontradas mitoses tripolares ('em estrela da Mercedes') ou tetrapolares ('em hélice de avião'). | |
Vasos
tumorais.
Os vasos nos septos conjuntivos que dividiam o tumor em lóbulos eram espessos e apresentavam proliferação das células endoteliais, como demonstrado com CD34. |
Aspectos lembrando pseudorosetas perivasculares. Em diversos vasos, as células enviavam prolongamentos radiais, à maneira das pseudorosetas perivasculares dos ependimomas. Em outras áreas havia esboços de rosetas de Flexner, também próprias de ependimomas. Porém, a negatividade para EMA e positividade para antígenos neuronais definiu o diagnóstico como ganglioglioma anaplásico (tendo em vista as mitoses e alto Ki-67). | |
Trombose. Em poucos vasos observaram-se trombos recentes de fibrina, não raro associados a áreas de necrose. | |
Proliferação
vascular.
Em algumas áreas, principalmente nas de predomínio astrocitário, observou-se proliferação vascular como nos gliomas malignos, formando enovelados glomerulóides (pseudoglomérulos), ou alinhamentos de vasos lembrando guirlandas. |
Proliferação
vascular
era também observada no limite entre tumor e o cérebro. |
Necrose.
Apesar da intensa atividade mitótica, áreas de necrose eram relativamente escassas, às vezes limitadas ao centro dos lóbulos. |
Necrose. Nas áreas necróticas as células apresentavam picnose nuclear (condensação da cromatina) e cariorrexe (fragmentação do núcleo). Os aspectos foram atribuídos a necrose, e não a apoptose (abaixo) porque praticamente todas as células estavam no mesmo estágio de degeneração. | |
Apoptose. A apoptose afeta células individualmente, não grandes grupos como a necrose. Contudo, os aspectos morfológicos dos dois fenômenos são muito semelhantes e podem ser superponíveis. Consideramos os exemplos abaixo como de apoptose porque ocorrem em células isoladas, estando as vizinhas com aparência viável. Algumas células já anucleadas lembram corpos hialinos granulosos. Estes são gotículas proteicas comumente encontradas em tumores gliais de baixo grau, como os astrocitomas pilocíticos e xantoastrocitomas pleomórficos. Sua presença habitualmente sugere evolução favorável, o que não deve ser o caso aqui. | |
Para mais imagens deste caso: | |||
RM | Macro, esfregaço | IH - GFAP, VIM, S-100, nestina | IH - Marcadores neurais, CD34, Ki67 |
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