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Aspecto geral do tumor em HE. | .. |
Neoplasia moderadamente celular, de textura frouxa, cujas células de aspecto estrelado mostram prolongamentos arranjados radialmente em volta de vasos. |
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Material mixóide perivascular. Abaixo, alguns exemplos de acúmulo de mucina nos espaços perivasculares. Esta toma tonalidade levemente basófila em HE e acumula-se entre a parede do vaso e a membrana basal (não demonstrada aqui) até onde chegam os prolongamentos das células neoplásicas. Comparar com PAS e Alcian blue, abaixo. | |
Alguns espaços perivasculares são espessos, colageneizados e podem conter vários vasos. | |
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Tricrômico de Masson. Demonstra com vantagem a arquitetura do tumor, destacando os espaços perivasculares em azul. O azul corresponde a fibras colágenas coradas pelo azul de anilina do tricrômico de Masson. Os outros dois corantes são a hematoxilina, que cora os núcleos, e a fucsina que cora o citoplasma e hemácias. | |
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Reticulina. As fibras reticulínicas, demonstradas por impregnação pela prata, estão presentes nas paredes dos vasos e nas suas proximidades, assumindo delicado padrão radiado. Não são encontradas entre as células neoplásicas longe de vasos. Quando há um espaço perivascular, como já demonstrado em HE e tricrômico de Masson, a reticulina é encontrada na parede do vaso e na membrana basal até onde chegam os prolongamentos celulares, portanto, delimita o espaço perivascular. Este também pode ser atravessado por finas fibras reticulínicas. O achado corrobora o observado com tricrômico de Masson, pois a reticulina é um tipo de colágeno. | |
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Capilares proliferados. Em certas áreas observam-se capilares proliferados e enovelados, às vezes lembrando os pseudoglomérulos do glioblastoma multiforme. Porém, no ependimoma mixopapilar, não têm conotação maligna. | |
PAS. Cora a membrana basal dos vasos, e a membrana basal mais externa ao vaso, onde chegam os prolongamentos das células neoplasicas. Entre as duas há material PAS +. Há também material intercelular corado a distância dos vasos, além dos próprios prolongamentos celulares. Provavelmente corresponde a mucinas secretadas pelas células tumorais. | |
Alcian Blue. Corante para mucinas ácidas (pH 2,5), demonstrando a abundância do material intersticial do tumor. | |
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GFAP. Positivo em parte das células neoplásicas (esperado, em se tratando de um tumor ependimário). Vasos e material mucinoso perivascular são negativos. | |
VIM. Positiva difusa forte nas células neoplásicas, mostrando também o endotélio dos vasos. O material dos espaços perivasculares (colágeno e mucina) não se cora. | |
S-100. Resultado semelhante ao com GFAP. | |
NSE. Positivo nas células neoplásicas. | |
CD34. Positivo no endotélio, demonstra a rede vascular do tumor. As células neoplásicas são negativas. | |
KI-67. Marcação nuclear da ordem de até 10% em certas áreas, indicando atividade proliferativa moderada (estimativa visual, não baseada em contagem). Contudo, não foram observadas mitoses. | |
Ocorre quase exclusivamente na região do cone medular. De 298 casos de ependimoma em um estudo, 13% eram mixopapilares. A idade média dos pacientes foi 36 anos. Em outro estudo de 271 tumores do filo terminal, 83% eram ependimomas mixopapilares. São de crescimento lento e considerados OMS grau I. Relata-se sobrevida média de 19 e 14 anos, respectivamente após remoção total ou parcial. O tumor origina-se do filo terminal ou do cone medular, envolve a cauda eqüina, mas só raramente invade raízes ou erode o sacro. Geralmente é alongado, bem delimitado, consistência mole e aspecto gelatinoso ao corte. Microscopicamente, as células são colunares ou cubóides e recobrem eixos conjuntivo- vasculares. O estroma conjuntivo sofre degeneração hialina e mucóide. As próprias células neoplásicas produzem mucina. A histologia do filo terminal normal é semelhante. As células neoplásicas coram-se para GFAP, S-100 e vimentina. Ultraestruturalmente, assemelham-se aos outros ependimomas, mas têm feições normalmente associadas ao plexo coróide: poucos cílios, interdigitações celulares complexas, abundante material do tipo membrana basal e fibras colágenas. Estas duas refletem a arquitetura normal do filo terminal, em que células ependimárias descansam sobre tecido conjuntivo derivado da leptomeninge, e não do neurópilo do SNC. Ependimoma mixopapilar (Rubinstein). É
uma variante de ependimoma originalmente definida por Kernohan (1932),
praticamente restrita à região da cauda eqüina. Origina-se
do cone medular ou do filo terminal. Contudo, ependimomas desta região
podem também apresentar o aspecto habitual de ependimomas de outras
localizações.
Russell DS, Rubinstein LJ. Pathology of Tumours of the Nervous System. 5th Ed, 1989. Arnold, London. |
Caso gentilmente
contribuído pelo Dr. Amilcar Castro de Matos,
Departamento de Patologia, Faculdade de Ciências Médicas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC). |
Sobre epêndima
e ependimomas.
Características de imagem |
Mais sobre o ependimoma mixopapilar:
textos (1) (2) e banco de imagens |
Ependimoma mixopapilar subcutâneo (ectópico) : imagem, patologia | Sobre filo terminal humano normal |
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