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HE e colorações especiais |
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Nesta página, HE e colorações especiais (clique nas figuras abaixo para atalhos). Na página seguinte, imunohistoquímica. |
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Aspecto geral. O tumor varia com a área. É constituído por células com prolongamentos e, em geral, com limites mal definidos, mas que tendem a dispor-se em torno de vasos à maneira de um epitélio cilíndrico, apoiadas sobre uma membrana basal (bem demonstrada com laminina e colágeno IV). Entre o vaso e as células neoplásicas há freqüentemente um espaço contendo fibras colágenas e mucina em quantidades variáveis. Em alguns locais, o arranjo perivascular pode dar um aspecto pseudopapilífero ao tumor. O termo mixopapilar deriva : mixo da mucina, que pode dar na macroscopia um aspecto gelatinoso ou mixóide; papilar do arranjo das células em volta dos vasos. |
Mucina. As mucinas são glicoproteínas muito ricas em grupos açucar (60 a 85%) e, por isso, muito hidrófilas. No ependimoma mixopapilar as mucinas são produzidas pelas células neoplásicas. Estão presentes nos espaços perivasculares e também entre as células neoplásicas, formando pequenos cistos ou lagos. Em HE têm aspecto amorfo e anfofílico (entre eosinófilo e basófilo, ou seja, um róseo azulado). A mucina é melhor demonstrada por alcian blue e PAS. | |
Espaço perivascular rico em mucina. É característico do ependimoma mixopapilar que os prolongamentos das células não cheguem até a parede do vaso, mas fiquem a uma certa distância deste, apoiando-se em uma membrana basal (formada por laminina e colágeno IV, que podem ser demonstradas por imunohistoquímica. O espaço perivascular é geralmente frouxo, e contém fibras colágenas, reticulínicas e mucina. O colágeno é melhor visto com tricrômico de Masson e hematoxilina fosfotúngstica (PTAH) e as mucinas com PAS e alcian blue. Fibras reticulínicas com prata. |
Arranjo papilífero. Em locais onde as células neoplásicas degeneram, podem restar só algumas mais próximas do vaso, onde a nutrição é melhor. Isto dá o chamado arranjo pseudopapilífero, comum no ependimoma mixopapilar (mais em certos espécimes que em outros). Fala-se em pseudopapilífero pois é criado a partir de degeneração de parte das células. Um arranjo verdadeiramente papilífero é criado por crescimento das células ao longo de eixos conjuntivo-vasculares, como se observa, por exemplo, nos papilomas de bexiga. | |
Aspecto epitelial das células. Em vários locais, as células do ependimoma mixopapilar assumem aspecto nitidamente epitelial, principalmente em superfícies. Podem ser ciliadas, como o epêndima normal. | |
Pseudorosetas perivasculares. Apesar dos espaços perivasculares ricos em mucina serem característicos do ependimoma mixopapilar, as pseudorosetas perivasculares, estrutura comum dos outros ependimomas, podem também ocorrer. Nas pseudorosetas perivasculares, as células lançam prolongamentos citoplasmáticos que chegam até a parede do vaso, ficando os núcleos a certa distância. | |
Proliferação vascular. Os capilares do tumor podem formar estruturas glomerulóides (pseudoglomérulos), sem que isso tenha conotação de malignidade (ao contrário dos astrocitomas anaplásicos e glioblastomas). Proliferação endotelial (sinônimo de proliferação vascular) era freqüente no presente caso, mas não é uma feição especialmente comum nos ependimomas em geral, nem nos mixopapilares em particular. | |
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Tricrômico de Masson. O tricrômico de Masson cora colágeno em azul, ficando o citoplasma das células neoplásicas, e os vasos, em vermelho. Assim, destaca bem o espaço perivascular rico em fibras colágenas, típico destes tumores. | |
Pseudorosetas perivasculares. Nestas, falta o espaço perivascular alargado e rico em colágeno. Há formas transicionais com escasso colágeno. | |
Proliferação vascular. Como já descrito em HE. | |
Mucina. A mucina cora-se em azul bem pálido. | |
PTAH. A hematoxilina fosfotúngstica de Mallory (Mallory's phosphotungstic acid hematoxylin ou PTAH) é uma técnica antiga cujos belos resultados tintoriais recomendam seu uso ainda hoje, na era da imunohistoquímica. Cora o colágeno em vermelho tijolo revelando com elegância a estrutura do tumor. | |
PAS. A técnica histoquímica do ácido periódico + reagente de Schiff (PAS) cora as mucinas em magenta devido à sua riqueza em grupos açúcar (dois OHs em carbonos vizinhos). Aqui revela mucina nos espaços perivasculares. | |
Alcian Blue. Cora mucinas ácidas em azul pálido. Os núcleos são contracorados pelo vermelho neutro. A mucina é encontrada nos espaços perivasculares alargados e em cistos entre as células neoplásicas. | |
Mucina nos espaços perivasculares. | |
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Mucina entre as células neoplásicas. | |
Reticulina. As fibras reticulínicas no ependimoma mixopapilar estão restritas aos vasos, e não são encontradas entre as células tumorais. Quando há um espaço perivascular alargado, a membrana basal que o delimita externamente pode ser acompanhada por uma fina camada de reticulina. | |
Proliferação vascular. Os pseudoglomérulos são bem demonstrados pela impregnação argêntica para reticulina. | |
Para mais imagens deste caso: | RM | Imunohistoquímica |
Sobre epêndima
e ependimomas.
Características de imagem |
Mais sobre o ependimoma mixopapilar:
textos (1) (2) e banco de imagens |
Ependimoma mixopapilar subcutâneo (ectópico) : imagem, patologia | Sobre filo terminal humano normal |
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