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Cérebro adulto normal - cortes sagitais, linha média |
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Para mais páginas
desta série - cérebro
adulto normal, aspecto externo; artérias
da base e círculo de Willis; nervos
cranianos; rombencéfalo
- cerebelo e tronco cerebral; cortes
axiais seriados; fatia axial isolada;
cortes
coronais seriados; face medial
dos hemisférios cerebrais; cortes
parasagitais seriados, cérebros
de recém-nascido a termo e prematuro.
Índice alfabético das estruturas indicadas em todas as páginas da série, com links. Mais páginas de neuroanatomia e neurohistologia normais (graduação, complementos). Índice alfabético das estruturas demonstradas nesta página, com links às figuras. Literatura. |
Ambas metades do encéfalo seccionado sagitalmente são apresentadas, pois, por mínimas diferenças de plano de corte, algumas estruturas são demonstráveis só em um dos lados. Cortes parasagitais seriados deste encéfalo em outra página. |
Encéfalo
seccionado sagitalmente, face medial direita.
Nesta face são observáveis as estruturas originadas das cinco vesículas embrionárias que dão origem ao órgão, ou seja - telencéfalo, diencéfalo, mesencéfalo, metencéfalo (ponte) e mielencéfalo (bulbo). O corpo caloso e o fórnix chamam a atenção como as estruturas brancas no centro da peça. Nesta metade, o septo pelúcido ficou intacto, fechando o ventrículo lateral, visível no outro hemisfério. O plano sagital é o melhor para demonstração do III ventrículo. Suas paredes laterais são constituídas pelos tálamos, estruturas diencefálicas. O corte pelo tronco cerebral revela seus três segmentos, mesencéfalo, ponte e bulbo, enfatizando a curta extensão do mesencéfalo em relação aos outros dois. Atrás do tronco cerebral, o cerebelo forma o teto do IV ventrículo. Para face medial do cérebro de um recém-nascido a termo, clique. |
Rombencéfalo em corte sagital. Nestes detalhes, observamos o tronco cerebral (mesencéfalo, ponte e bulbo), o cerebelo e o vermis cerebelar, seccionados no plano sagital, com leve desvio em relação à linha média. O desvio impediu que o aqueduto de Sylvius fosse aberto, mostrando a conexão entre o III e o IV ventrículos. Nos quadros seguintes, este corte foi aprofundado em 1 mm, mostrando o aqueduto. | |
Segmentos
do vermis cerebelar. O
vermis, parte mediana do cerebelo, em corte sagital recebe o nome de 'árvore
da vida'. Reconhecem-se 9 segmentos separados por fissuras. Na maioria
são de interesse puramente anatômico, mas como dispomos de
peça demonstrativa, as divisões estão indicadas abaixo
na metade direita do cerebelo. Iniciamos pela língula, muito delgada
e semelhante a uma pequena língua, em continuidade com o véu
medular superior. Seguem-se em sentido horário o lóbulo
central, culmen (porção mais alta), declive, folium, tuber,
pirâmide, úvula e nódulo. Este último situa-se
ao nível da abertura mediana ou inferior do IV ventrículo,
ou forâmen de Magendie. Há fissuras que separam estas divisões,
sendo as principais, indicadas abaixo, a fissura prima (entre o culmen
e o declive), a fissura horizontal (entre o folium e o tuber) e a fissura
pré-piramidal (entre o tuber e a pirâmide).
A cada um destes segmentos do vermis (exceto a língula) corresponde outro nos hemisférios cerebelares, com nome diferente. Salientamos apenas as amígdalas, ou tonsilas cerebelares, por sua posição estratégica junto ao forâmen magno e de cada lado do bulbo, podendo herniar-se para o forâmen magno e comprimir o bulbo em casos de forte aumento da pressão intracraniana (ver hérnia de amígdalas). |
Rombencéfalo,
corte sagital, após abertura do aqueduto de Sylvius.
Mostra a conexão entre o III e o IV ventrículos. |
Corte
sagital pelo encéfalo, hemisfério esquerdo (face medial).
Mostra essencialmente as mesmas estruturas já documentadas na metade direita (imagem especular), mas algumas ficam mais evidentes. Aqui o septo pelúcido foi removido, permitindo visualizar o ventrículo lateral e a saliência do núcleo caudado no seu interior. |
Recessos do III ventrículo. O III ventrículo é uma fenda situada entre os dois tálamos. Freqüentemente, uma pequena área de continuidade entre ambos o atravessa (aderência intertalâmica). Anteriormente, o III ventrículo se continua com os ventrículos laterais através dos forâmens interventriculares ou de Monro. O plexo coróide de cada ventrículo lateral é contínuo com o plexo coróide do III ventrículo ao nível deste forâmen. A parede lateral do III ventrículo é formada pelos tálamos e região hipotalâmica. No III ventrículo há 4 recessos : dois são anteriores e inferiores, ao nível do hipotálamo - o recesso óptico, supraóptico ou quiasmático, que fica logo acima do quiasma óptico, e logo atrás, o recesso infundibular, sobre a origem do talo hipofisário. Posteriormente, há dois outros recessos muito próximos entre si, ao nível da glândula pineal : o pineal, que penetra na haste do corpo pineal e o suprapineal, imediatamente acima. |
Comissura anterior, lamina terminalis. A comissura anterior é uma comissura telencefálica que interconecta partes dos lobos temporais e algumas fibras olfatórias. A lamina terminalis é uma fina lâmina de tecido nervoso que fecha a extremidade anterior e inferior do III ventrículo, situando-se entre o quiasma óptico embaixo e a comissura anterior em cima. |
Fissura transversa do cérebro e tela coróidea. Logo abaixo do esplênio do corpo caloso aparece um espaço aparentemente 'vazio', a fissura transversa do cérebro. Esta é, na realidade, preenchida por líquor e pela tela coróidea, um fundo de saco de pia-máter em continuidade com a cisterna da lâmina (ou placa) quadrigêmea. Por aí penetram vasos que irrigam os plexos coróides dos ventrículos laterais e do III ventrículo. Também neste espaço passam as veias cerebrais internas, responsáveis por coletar o sangue da parte interna dos hemisférios cerebrais. Estas veias (direita e esquerda) se unem sob o esplênio do corpo caloso na veia cerebral magna ou de Galeno, um grande e curto tronco venoso que logo se continua com o seio reto, na junção entre a foice do cérebro e a tenda do cerebelo. Para visualizar a fissura transversa do cérebro em cortes axiais, onde sua extensão látero-lateral pode ser apreciada, clique. |
Corte sagital mediano, outro espécime. Abaixo, corte sagital pelo hemisfério cerebral esquerdo, após retirada do rombencéfalo. A metade direita mostra imagem especular. |
Estrias
do tálamo.
Na face medial do tálamo, que faz a parede lateral do III ventrículo, reconhecem-se duas estrias que cursam em direção ântero-posterior. A estria medular do tálamo é o ponto de inserção, nos dois lados, da tela coróide do III ventrículo, de onde se origina o plexo coróide do teto desta cavidade. As estrias medulares do tálamo fazem parte das conexões do sistema límbico com o tegmento mesencefálico. Contêm fibras que se originam na área septal e terminam nos núcleos habenulares do epitálamo. |
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A estria terminal é vista acima da estria medular, e acompanha a cauda do núcleo caudado, curvando-se pelo interior do corno inferior do ventrículo lateral, chegando ao corpo amigdalóideo. São fibras que se originam na amígdala e se dirigem ao hipotálamo (portanto, fibras amígdalo-hipotalâmicas, parte das aferências ao hipotálamo). |
Granulações
aracnóideas ou de Pacchioni.
Pequenas projeções da aracnóide para o interior do seio sagital superior, que se evidenciam após a retirada do encéfalo. Normalmente, as granulações ficam inseridas na dura-máter do seio. Quando o encéfalo é retirado, a dura-máter permanece aderida ao crânio, e a aracnóide vem junto com o cérebro. Para mais sobre granulações aracnóideas, clique. |
Face
medial do hemisfério cerebral direito.
Imagem especular às discutidas acima. |
Índice
alfabético de estruturas
Aderência
intertalâmica (3)(4)(5)(8)(10)(11)(14)
|
Haste,
infundíbulo ou talo hipofisário (3)(4)
Hemisfério cerebral (1) Hipotálamo (4) Lâmina quadrigêmea. Ver placa quadrigêmea Lamina terminalis (3)(4)(10)(14)(15) Lobo frontal (2) Lobo occipital (2) Lobo parietal (2) Lobo temporal (2) Lóbulo paracentral (13) Mesencéfalo (1)(2)(9) Mesencéfalo, base do pedúnculo cerebral (15) Mesencéfalo, tegmento (5)(7)(15) Mesencéfalo, teto (tectum). Ver placa quadrigêmea Núcleo caudado (9) Pia-máter (11) Pineal (3)(4)(5)(10)(11)(15) Placa quadrigêmea (3)(5)(6)(7)(10)(15) Plexo coróide do quarto ventrículo (7) Plexo coróide do terceiro ventrículo (4)(5)(8)(10)(11)(12)(15) Ponte (1)(2)(9) Ponte, base (5)(6)(7) Ponte, tegmento (7) Pré-cúneo (13) Quiasma óptico (3)(4)(10)(13)(14)(15) Septo pelúcido (1)(2)(3)(5)(9)(13)(14)(15) Substância perfurada posterior (4)(5) Sulco calcarino. Ver fissura calcarina Sulco do cíngulo (9)(13) Sulco do cíngulo, ramo marginal (13) Sulco do corpo caloso (13) Sulco parieto-occipital (2)(9)(13) Tálamo (3)(11)(14) Tálamo, pulvinar (13)(15) Tela coróidea (11) Telencéfalo (1) Tuber cinéreo (14)(15) Veia cerebral interna (5)(8)(10)(11)(12) Veia cerebral magna (Galeno) (3)(9)(10)(11) Ventrículo lateral (1)(9)(10)(11)(12) Ventrículo quarto (1)(2)(3)(5)(8)(9) Ventrículo quarto, abertura mediana (Magendie) (6)(7)(8) Ventrículo quarto, assoalho (7)(10) Ventrículo quarto, recesso dorsal lateral (8) Ventrículo quarto, recesso dorsal mediano (7)(8) Ventrículo terceiro (1)(2)(3)(4)(5)(6)(8)(9)(11)(12)(13)(14) Ventrículo terceiro, recesso infundibular (4)(10)(15) Ventrículo terceiro, recesso óptico ou supraóptico (4)(10)(15) Ventrículo terceiro, recesso pineal (10)(15) Ventrículo terceiro, recesso suprapineal (4)(10) Véu medular superior (4)(6)(7)(10) |
Peças do material
de autópsias do
Departamento de Anatomia Patológica da FCM- UNICAMP.
Bibliografia :
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Outras páginas da série | |||
Atlas
de Neuroanatomia Macroscópica para Patologistas
Índice alfabético das estruturas listadas, com links às figuras |
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Cerebelo e tronco cerebral, cortes axiais seriados | Cérebro adulto, cortes axiais seriados | Cortes axiais, outro espécime | Cérebro adulto, cortes coronais seriados |
Cérebro adulto, linha média | Cérebro adulto, cortes parasagitais seriados | Cérebro normal de recém-nascido a termo | Cérebro normal de recém-nascido prematuro |
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