Meningioma lipidizado (com metaplasia  adiposa)
de asa do esfenóide D 
Masc.  51 a.   Previamente hígido, relata episódio de sensação ‘esquisita’ no corpo enquanto dirigia em autoestrada.  Ao parar o veículo, apresentou crise convulsiva.  Tomografia (abaixo) revelou tumor temporal D. 
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TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA - Melhores cortes.  Lesão de aspecto tumoral situada anteriormente na fossa média D, com implantação na grande asa do esfenóide, comprimindo e deslocando o lobo temporal D.  Apresenta uma porção interna isodensa, que se impregna pelo contraste iodado,  e uma orla hipodensa que não mostra captação.  O tecido ósseo da grande asa D do esfenóide está espessado e hiperdenso revelando hiperostose. Com janela óssea, a margem posterior revela superfície irregular ao nível da interface com o tumor.   Exame  em  detalhe.
Sem contraste Com contraste Janela  óssea
Sem contraste Com contraste
Janela óssea: 

tumor infiltra a grande asa do esfenóide à D, causando aumento da espessura e da densidade do osso (hiperostose). A superfície voltada para o tumor e para a fossa craniana média mostra irregularidades e indentações. 

RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA 
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MELHORES  CORTES  -  AXIAIS.    Exame em detalhe
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE T2
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE FLAIR
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COMPARAÇÃO de imagens do meningioma em TC e  RM, ambas sem contraste. Em TC, a porção periférica do tumor, onde a metaplasia adiposa é mais marcada, aparece hipodensa ou hipoatenuante, em escuro.  Em RM, a mesma área brilha devido ao hipersinal da gordura (triglicérides) em T1.  Comparar com a gordura orbitária, nos dois métodos. 
TC, sem contraste RM, T1 SEM CONTRASTE
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Correspondência entre áreas  do  tumor  ricas e pobres em lípides em um fragmento corado por HE e uma imagem de RM em T1 sem contraste. 

As áreas mais densas, pobres em lípides, estão mais  próximas à implantação na grande asa do esfenóide. As áreas ricas em lípides situam-se na periferia da massa neoplásica e dão forte hipersinal em T1.

Para histologia (HE, colorações especiais), imunohistoquímica e microscopia eletrônica deste meningioma, clique. 
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COMPARAÇÃO de imagens da grande asa do esfenóide em TC (janela óssea) e RM em T1. A grande asa à D mostra hiperostose por infiltração tumoral. Em TC está hiperdensa, ou hiperatenuante, devido à maior concentração de osso e cálcio e aparece em branco.  Já em RM, como o tecido ósseo compacto e o cálcio não dão sinal em T1 (nem em T2), aparecem em preto. Comparar com a grande asa do lado E, que tem espessura normal e contém medula óssea com gordura. 
TC, janela óssea RM, T1 COM CONTRASTE
Para exemplos histológicos de meningioma infiltrando osso e causando hiperostose, clique (1) (2). 
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AXIAL, CORONAL, T1 COM CONTRASTE
A impregnação da dura-máter nas proximidades do tumor, conhecida como sinal da cauda dural, é considerada própria, mas não exclusiva dos meningiomas. 

O efeito de massa do tumor levou a herniação parcial do uncus (porção medial do lobo temporal) à D, com deformação do mesencéfalo. 

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T1 COM CONTRASTE.  Esta seqüência de fotos no plano coronal, em sentido ântero-posterior, mostra vasos com flow void maiores na primeira foto e progressivamente menores nas fotos seguintes, à medida que se ramificam no tumor. 
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AXIAL, T2 CORONAL, T1 SEM CONTRASTE
VASOS  COM  FLOW  VOID

Indicam fluxo rápido de sangue, o que leva à perda de sinal.  Mostram que o tumor é altamente irrigado. 

A grande asa do esfenóide, sítio de implantação tumoral, aparece sem sinal nas duas seqüências (T1 e T2), devido à hiperostose (espessamento ósseo secundário à infiltração do osso pelo tumor). 

A orla de líquor entre o tumor e o lobo temporal brilha em T2 e demonstra a topografia extra-axial da lesão. 

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A exuberante irrigação do tumor é melhor demonstrada pelo estudo de angioressonância magnética, que mostra o fluxo nos vasos cerebrais. A imagem de angioressonância arterial no plano axial revela a dupla irrigação - o tumor é nutrido por ramos da  A. cerebral média D e da A. meníngea média, esta ramo da A. carótida externa. Portanto, a vascularização do tumor provém de vasos intra- e extracranianos. 
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SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
Mostram a impregnação por contraste, melhor notada nas áreas mais profundas do tumor. A parte superficial, devido à riqueza em lípides, já tem hipersinal espontâneo em T1, mascarando o fenômeno da captação.   Para exame de RM em detalhe, clique.
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EXAMES  EM  DETALHE
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TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA
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Sem contraste 
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Com contraste
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Janela óssea 

RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA 
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CORTES  AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE
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T1 COM CONTRASTE
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T2
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FLAIR
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CORTES  CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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CORTES  SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE
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T1 COM CONTRASTE
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ANGIORESSONÂNCIA ARTERIAL 
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Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Centro Médico de Campinas, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes. Campinas, SP.
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Para mais imagens deste caso:
HE Colorações especiais IH ME
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