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rosetas em multicamadas. Recidiva após 6 meses. 1. HE, colorações especiais |
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Fem. 2 a 9 m. Clique para RM, destaques da microscopia, HE, tricrômico de Masson, reticulina, destaques da imunohistoquímica, cromogranina, SMI-32, NF, SNF, NeuN, GFAP, vimentina, CD34, Ki67, p53. Mesmo caso, tumor original: TC, RM. HE, IH, ME |
Destaques da HE, colorações. | ||
HE. Tecido neuroectodérmico com neurônios e ilhotas conjuntivo-vasculares, não lembrando o tumor original | Ilhotas de células conjuntivas e capilares | Neurônios anômalos predominavam |
Masson. Ilhotas destacam-se do tecido fibrilar com neurônios | Ilhotas conjuntivas eram ricas em fibras colágenas e capilares | Reticulina. Ilhotas conjuntivo- vasculares eram ricas em fibras reticulínicas |
Destaques da imunohistoquímica. | ||
Aspecto geral. Este tecido sui generis não se parece com nenhuma estrutura normal do sistema nervoso central nem com o tumor primitivo original. A rigor, não é possível dizer que se trate de recidiva tumoral, sendo esta interpretação baseada no aspecto da RM, que mostra nódulos impregnados na margem da lacuna cirúrgica, e no Ki67 positivo. Observa-se tecido neuroectodérmico de baixa celularidade, lembrando neurópilo, com numerosos neurônios anormais, no qual notavam-se ilhotas de tecido mais denso, geralmente associadas a vasos, ou com um vaso central. Havia ocasionais focos calcificados. Com colorações especiais, as ilhotas revelaram caráter conjuntivo, positivas para fibras reticulínicas e corando-se em azul no Masson. Na imunohistoquímica, mostraram numerosos pequenos vasos capilares marcados por CD34 e só foram positivas para vimentina. Os neurônios vistos em HE marcaram para antígenos neuronais e o interstício com aspecto de neurópilo foi fortemente positivo para neurofilamento e sinaptofisina. GFAP e VIM mostraram muito poucas células marcadas, cuja morfologia era anômala e rudimentar quando comparadas a astrócitos normais. Uma baixa proporção de células marcava-se por Ki67 e/ou p53, possivelmente células indiferenciadas. |
Ilhotas conjuntivo-vasculares. Essas curiosas formações celulares, bem delimitadas do tecido em volta, são constituídas basicamente por células conjuntivas que produzem fibras colágenas e reticulínicas, demonstráveis respectivamente por tricrômico de Masson e impregnação pela prata. São ricas em finos capilares, documentados na reação imunohistoquímica para CD34. Só marcaram por vimentina. Assemelham-se aos pseudoglomérulos dos gliomas malignos, mas os capilares nestas ilhotas são individualizados e as ilhotas não estão associadas a necrose. Devem ser carentes em barreira hemoencefálica, pois os nódulos onde foram encontradas impregnam-se fortemente por contraste, por isso foram identificados em RM. | |
Neurônios. O aspecto mais notável destes nódulos retirados da periferia do leito cirúrgico era a grande riqueza em neurônios, na maioria com aspecto típico, núcleo grande, vesiculoso, cromatina frouxa, nucléolo proeminente, citoplasma abundante. Variavam amplamente em tamanho e distribuição, afastando que pudessem pertencer a tecido nervoso pré-existente, como córtex cerebral. O aspecto geral do nódulo lembrava um pequeno gangliocitoma, mais do que um ganglioglioma, pois o número de astrócitos entre eles era mínimo (ver GFAP). Não há evidência de que os neurônios estivessem em proliferação. Propomos que poderiam ser remanescentes do PNET original, que resistiram à quimioterapia e evoluíram com maturação. | |
Neurônios
hipercrômicos.
Alguns neurônios diferiam da maioria pelo aspecto hiperdenso do núcleo. Interpretamos que pudessem resultar de artefato de compressão durante a manipulação cirúrgica. |
Material grumoso eosinófilo no interstício. Admitimos que esses corpúsculos hialinos encontrados em certas áreas do tecido com aspecto de neurópilo devem ter natureza axonal, pois estruturas semelhantes foram positivas para sinaptofisina. | |
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Tricrômico de Masson. Antiga coloração para tecido conjuntivo (para técnica, clique), documentou a riqueza em fibras colágenas das ilhotas vasculares, em meio ao tecido de aspecto glial dos nódulos observados na RM. |
Ilhotas conjuntivo-vasculares. Destacam-se do tecido glial por sua cor intensamente azul, indicando abundância de fibras colágenas, com pontos vermelhos representando as hemácias em seus finos capilares. O aspecto sugere que sejam formadas por fibroblastos ou células endoteliais proliferadas. | |
Neurônios entre as ilhotas. | |
Reticulina. A impregnação argêntica para fibras reticulínicas (método de Gomori, para procedimento, clique) é outra técnica antiga e valiosa para estudo dos componentes conjuntivos dos tecidos, inclusive tumorais. Nos campos abaixo vemos a brusca transição entre o tumor e uma fina orla de córtex cerebral (à direita nas fotos) onde a reticulina é escassa e restrita aos capilares. |
Reticulina - tumor. A reticulina enfatiza o caráter heterogêneo do pequeno nódulo de tecido que interpretamos como recidiva tumoral. Áreas fortemente ricas em reticulina correspondem às ilhotas conjuntivo-vasculares. Áreas pobres em reticulina são representadas pelo tecido neuroectodérmico constituído na maior parte por neurônios. |
Agradecimento. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Lâminas HE pelo pessoal do Laboratório de Patologia da Instituição: Aparecido Paulo de Moraes, Irineu Mantovanelli Neto, Isabella Domingues Guize e Adriana Worschech. Colorações especiais executadas na Unicamp pela Srta Tayna Takahashi Santos. |
Para
mais imagens deste caso e
mesmo caso,
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RM | HE | |
Tricrômico de Masson, reticulina | Cromogranina, SMI-32, NF, SNF, NeuN | GFAP, VIM | CD34, Ki-67, p53 |
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