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1. Espécime, esfregaço, cortes de congelação |
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Espécime. A lesão, retirada na maior parte em peça única, tinha a fresco consistência muito mole, quase semifluida, facilitando a obtenção de esfregaços. O aspecto era relativamente homogêneo, acinzentado, sem áreas extensas de necrose. Parte do espécime era recoberto por córtex cerebral com leptomeninges. |
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Esfregaço.
O esmagamento de um pequeno fragmento do tumor de cerca de 1 mm³, entre 2 lâminas, deslizando uma sobre a outra, produziu uma fina camada de células distribuídas de modo mais ou menos uniforme, indicando a pouca coesão entre as células tumorais e escassez de tecido conjuntivo. |
Alta celularidade, atipias. As células eram de modo geral pequenas e indiferenciadas, com citoplasma escasso, mas com várias células volumosas e atípicas esparsas. Mitoses foram raras nestes preparados, e foi por isso considerado, como hipótese inicial, um xantoastrocitoma pleomórfico, depois descartado, nos cortes de parafina, em favor de um tumor neuroectodérmico primitivo (PNET) (ver comentário). |
Núcleo 'petaliforme'. Esta curiosa anomalia nuclear é rara em tumores cerebrais. Nossa primeira impressão foi de uma figura de apoptose. Contudo, difere destas porque a cromatina não é condensada (em textura, assemelha-se à de células vizinhas viáveis). Posteriormente, a encontramos também em parafina e em microscopia eletrônica. Em ME, a membrana nuclear forma dobras que englobam parcelas da cromatina. Provavelmente trata-se de mais uma aberração nuclear em um tumor repleto de atipias. |
Apoptose. Figuras de apoptose existiam em praticamente todos os campos examinados. Destacam-se pelo caráter fortemente hipercromático e fragmentado dos restos nucleares (corpos apoptóticos), circundados ou não por citoplasma róseo. Apoptoses eram muito mais freqüentes que mitoses neste preparado, e abundantes em material de parafina e em ME. | |
Vasos. Uma importante vantagem do esfregaço é possibilitar a observação de vasos inteiros e por longas distâncias. Aqui chamam a atenção vasos calibrosos e espessados, com superposição de várias camadas de células, sugerindo proliferação endotelial, depois verificada também nos cortes de parafina. |
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Cortes
de congelação,
obtidos em criostato a -20ºC, preservam a arquitetura do tecido, que é perdida nos esfregaços. Aqui confirmam a alta celularidade e atipias, com pequenas áreas focais de necrose. Contudo, mitoses foram de observação difícil. A qualidade histológica dos cortes em congelação é inferior à dos cortes de parafina. Contudo, a rapidez do procedimento (cerca de 5 minutos do espécime a fresco até a lâmina pronta) justifica seu uso. |
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