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A. Parte de células gigantes. 1. Macro, HE, tricrômico de Masson |
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Este glioblastoma de
células gigantes tinha dois componentes distintos,
tanto morfologica- quanto topograficamente : um componente
de células gigantes no nódulo principal do tumor, e um
de glioblastoma convencional, com
escassas células gigantes e o aspecto habitual nestes gliomas difusos
de alto grau. Discutimos os dois separadamente.
Clique para
: exames de imagem;
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Espécime. O material foi enviado em dois frascos, sendo um com vários pequenos fragmentos esbranquiçados, amolecidos, de aspecto incaracterístico, que, na histologia, revelaram um glioblastoma multiforme convencional. O fragmento abaixo destacava-se pela boa delimitação, superfície externa irregular, consistência mais firme. Tudo indica que correspondia ao nódulo maior visto em ressonância magnética. Ao corte, mostrou espessa cápsula de aspecto fibroso e centro totalmente necrótico, de consistência cremosa e friável. Histologicamente, foi nele diagnosticado o glioblastoma de células gigantes, estudado abaixo em HE, tricrômico de Masson, e com imunohistoquímica nas páginas seguintes. | |
Lâmina
escaneada,
corada por HE, mostra que todo o centro do tumor era necrótico. Na periferia havia tumor viável, com células altamente atípicas em meio a tecido fibroso denso e capilares proliferados. |
Destaques da microscopia. Para destaques da imunohistoquímica, clique. Para destaques da área convencional (pequenas células) do tumor, clique. | ||
HE. Aspecto geral. Blocos de células neoplásicas de aspecto astrocitário, volumosas, muito pleomórficas, infiltrando estroma conjuntivo | Atipias e aberrações nucleares | Pseudoinclusões intranucleares |
Mitoses atípicas, inclusive muitas de padrão 'granular'. | Proliferação capilar e formações glomerulóides. | Masson. Destaca tecido fibroso infiltrado pelas células tumorais (reação desmoplásica) |
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Aspecto
geral.
A cápsula fibrosa que envolvia o centro necrótico continha ninhos de células neoplásicas de aspecto glial, altamente atípicas, que permitiram o diagnóstico de glioblastoma de células gigantes. O tecido fibroso é melhor visualizado em tricrômico de Masson. Para imunohistoquímica para marcadores gliais, clique. |
Atipias. Aberrações celulares de todo tipo eram evidentes. Havia grande variação do tamanho e forma do núcleo e do citoplasma das células. Os núcleos, frequentemente excêntricos, mostravam cromatina grosseira de distribuição irregular, nucléolos proeminentes e pseudoinclusões intranucleares. Células multinucleadas eram comuns. O citoplasma era geralmente amplo e eosinófilo, tendendo a homogêneo, como o de astrócitos gemistocíticos. Algumas células tinham notável semelhança com neurônios. Mitoses, curiosamente, eram pouco freqüentes, sendo várias do tipo granular. Detalhes nos quadros seguintes. Comparar com outros fragmentos, onde o tumor tinha o aspecto de um glioblastoma multiforme convencional. | |
Pseudoinclusões intranucleares. Correspondem a dobras da membrana nuclear que dão origem a invaginações de citoplasma. Conforme o plano de corte, parecem inclusões de citoplasma no interior do núcleo. Comparar com imagens em MAP2. | |
Multinucleação. Células com dois ou mais núcleos de diferentes aspectos eram comuns. | |
Mitoses. Apesar das fortes atipias e de um índice Ki-67 alto, figuras de mitose eram difíceis de encontrar. Várias eram do tipo referido na literatura de língua inglesa como mitoses granulares (granular mitoses), em que os cromossomos condensados ficam individualizados e dispersos no citoplasma. | |
Proliferação
capilar.
Na periferia do nódulo neoplásico observava-se proeminente barreira de capilares proliferados, dispostos em fileiras, como guirlandas de flores. O aspecto era em tudo semelhante a tecido de granulação, circundando a área necrótica central. Em certos trechos, havia poucas células neoplásicas. |
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Tricrômico
de Masson.
Como cora colágeno em azul e células em vermelho, o Masson dá boa idéia das proporções e relações entre estes dois elementos no tecido. Ao lado, a lâmina escaneada. O centro necrótico da lesão cora-se também em azul (embora não haja colágeno aí). A seguir, detalhes da cápsula fibrosa periférica onde são encontradas as células neoplásicas. |
Cápsula
fibrosa.
O tecido fibroso se cora em azul. Entre as fibras colágenas observam-se numerosos blocos e ninhos de células neoplásicas coradas em vermelho. Detalhes a seguir. |
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Hospital Medical e Sociedade Operária Humanitária, Limeira, SP. |
Este assunto na graduação | Características de imagem dos glioblastomas | Texto : Glioblastoma de células gigantes |
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