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A. Parte de células gigantes. 4. MAP2, CD34, Ki67, p53 |
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Este glioblastoma de
células gigantes tinha dois componentes distintos,
tanto morfologica- quanto topograficamente : um componente
de células gigantes no nódulo principal do tumor, e um
de glioblastoma convencional, com
escassas células gigantes e o aspecto habitual nestes gliomas difusos
de alto grau. Discutimos os dois separadamente.
Clique para
: exames de imagem;
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MAP2.
A proteína associada a microtúbulos (ou microtubule associated protein) é considerada bom marcador de neurônios (como classe III beta tubulina). Foi empregada aqui para tentar evidenciar diferenciação neuronal em algumas células. Ao contrário do esperado, marcou as células neoplásicas de forma quase universal, com raras exceções, deixando negativos o interstício de tecido fibroso e os vasos. |
MAP2. Variabilidade na marcação. A marcação citoplasmática variava de marrom forte a bege claro a negatividade total. Em comparação, a positividade para tubulina foi mais homogênea. A marcação parece genuina, pois respeita os núcleos e o tecido fibroso entre os ninhos de células tumorais. Afasta-se, portanto, reação de fundo ou inespecífica. O significado, porém, é duvidoso. A hipótese mais provável é que as células neoplásicas expressem efetivamente a proteína associada a microtúbulos, embora sua natureza astrocitária não esteja em dúvida (ver reações para GFAP, VIM e S-100). Portanto, pelo menos neste caso, MAP2 não se restringe a neurônios. O resultado indica que, neste glioblastoma de células gigantes, as células podem expressar antígenos representativos de linhagens divergentes (neurônios e glia). | |
MAP2. Células negativas. Uma minoria das células indiscutivelmente neoplásicas era totalmente negativa para MAP2. | |
MAP2.
Pseudoinclusões intranucleares. As pseudoinclusões são assim chamadas por se tratarem de indentações da membrana nuclear, produzindo lingüetas de citoplasma que adentram o núcleo. Em plano de corte perpendicular ao da foto ao lado, dão a impressão de se localizar no interior do núcleo. A marcação igual à do citoplasma testemunha sua natureza. |
Proliferação endotelial. Não era de observação freqüente, mas alguns capilares proliferados à maneira de pseudoglomérulos foram encontrados. Ver CD34. | |
CD34.
Um aspecto significativo deste caso foi a positividade para CD34 na membrana externa das células neoplásicas, além da habitual marcação do endotélio vascular. O achado repete o observado em outro caso de glioblastoma de células gigantes neste site. É de interesse que a marcação é muito mais comum nas células gigantes e é rara e pouco expressiva nas células pequenas, da parte convencional do tumor. |
CD34 - Positividade em membranas das células neoplásicas. A glicoproteína CD34, um antígeno oncofetal, é expressada em células endoteliais (ver quadro abaixo), e em células precursoras de linhagem hemopoiética (clique para textos (1) (2). É também descrita em displasias corticais e em diversos tumores gliais de baixo grau associados a epilepsia, como o xantoastrocitoma pleomórfico (1) (2) (3), gangliogliomas e tumor neuroepitelial disembrioplásico ou DNET. Contudo, expressão de CD34 por gliomas malignos é rara. Neste glioblastoma de células gigantes, observam-se várias células neoplásicas que expressam CD34 em sua membrana externa. O significado deste achado é incerto, mas fala a favor da natureza primitiva destas células, que voltam a produzir um antígeno da fase fetal. A positividade não é universal, havendo várias células negativas. | |
CD34.
Positividade em padrão membrana de célula isolada, com grande pseudoinclusão intranuclear. |
CD34. Células neoplásicas negativas. Algumas células neoplásicas, por vezes em pequenos grupos, são negativas, com células positivas nas proximidades. | |
CD34. Positividade em endotélio vascular, inclusive em capilares proliferados. CD34 marca a superfície luminal das células endoteliais, não o citoplasma. Assim, delineia com elegância a superfície interna dos vasos, como documentado nas pequenas artérias abaixo. Em capilares proliferados em padrão glomerulóide, observam-se várias pequenas luzes comprimidas e distorcidas. Ver também pseudoglomérulos na parte de glioblastoma convencional deste tumor. | |
CD34.
Pequeno vaso com necrose e trombose, mostrando ainda reatividade para CD34 em seu centro (as células endoteliais desapareceram). |
Ki-67.
Este marcador de núcleos no ciclo celular (em preparação para divisão ou em mitose) foi positivo em alta proporção dos núcleos de células neoplásicas, estimado em cerca de 40% sem contagem, levando em consideração vários campos. O aspecto está em concordância com o alto potencial proliferativo da neoplasia. |
Ki-67. Células neoplásicas não marcadas. | |
Ki-67.
Mitoses.
O marcador facilita grandemente a identificação de figuras de mitose, que eram de encontro relativamente difícil em HE. Isto se deve, não só ao destaque forte dos cromossomos condensados, como à marcação do citoplasma da célula em mitose. Aqui observam-se tanto mitoses típicas quanto atípicas. |
p53. Cerca de 50% das células neoplásicas apresentavam positividade nuclear variável para a proteína p53. A reação quando positiva indica acúmulo da proteína mutante, que seria inativa. A proteína normal é continuamente produzida e degradada. A proteína mutante perderia sua capacidade de controlar a integridade do genoma e induzir apoptose de células geneticamente anômalas. A alta proporção de células marcadas sugere papel relevante de mutações do gene p53 na origem e progressão deste glioblastoma de células gigantes. Notar que a intensidade da marcação é muito variável, o que dificulta estabelecer uma proporção de positividade. | |
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Hospital Medical e Sociedade Operária Humanitária, Limeira, SP. |
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