Ganglioglioma difuso de cerebelo. 2.  GFAP
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Masc. 1 a 3 m.   Clique para RM, Macro, HE, GFAP, vimentina, SNF, MAP2, NF, CD34, Ki67.
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IMUNOHISTOQUÍMICA
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Este raro tumor misto,  ocupando a substância branca profunda do cerebelo e avançando sobre o córtex, era composto por pequenas células das linhagens astrocitária e neuronal. Na HE não é possível distingui-las. Foi só com imunohistoquímica que se pode constatar que parte das células era reagente para GFAP e/ou VIM (linhagem glial), e outras reagiam para SNF e/ou MAP2 (linhagem neuronal).  Não se pode afastar que algumas células teriam caráter híbrido (expressando antígenos das duas) ou ser null (não expressar nenhuma). Para isso seria necessária dupla marcação, não realizada. De qualquer forma,  a alta proporção de células neuronais supera em muito todos os casos que havíamos estudado de ganglioglioma. A topografia cerebelar, também incomum, e o caráter difusamente infiltrativo, chegando a invadir a leptomeninge, o torna sui generis.   Nas páginas documentando GFAP, VIM, SNF e MAP2, procuramos obedecer a seqüência topográfica :   1) substância branca profunda com tumor;  2) infiltração do córtex cerebelar;  3) ninhos de células neoplásicas na leptomeninge;   4) córtex cerebelar normal para comparar (quando presente). 
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GFAP.  Substância branca profunda cerebelar com tumor.    A substância branca era totalmente substituída pelas células neoplásicas, como já documentado em HE.  Com GFAP, a grande maioria destas parece ser de pequenos astrócitos fibrilares ou protoplasmáticos, com corpo celular arredondado e prolongamentos curtos. Não há atipias nucleares, mitoses ou necrose. O tumor permeia extensamente entre os pequenos vasos, dando caráter homogêneo ao tecido. 
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GFAP.  Aumentos mais fortes  revelam a morfologia das pequenas células e mostram que algumas não se marcam. Nas marcadas, o citoplasma fortemente positivo destaca-se do núcleo azul (corado pela hematoxilina de fundo) e resolve-se em finos prolongamentos tortuosos e entrelaçados. 
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GFAP.  Vasos. 
 

Pequenos vasos, vários com células endoteliais tumefeitas, destacam-se em negativo contra as células neoplásicas GFAP positivas. 

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GFAP.  Substância branca profunda com tumor - células positivas e negativas lado a lado. 
Em vários campos constata-se o contraste entre células marcadas e não marcadas lado a lado. As marcadas por GFAP são presumivelmente de linhagem astrocitária. As não marcadas seriam (admitimos) de linhagem neuronal (já que há muitas células marcadas por SNF ou MAP2). 
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GFAP.  Córtex cerebelar com  gliose  da  camada  molecular.    No córtex cerebelar adjacente ao tumor parece haver infiltração difusa pelas células neoplásicas, bem como redução na população de células granulosas e de células de Purkinje.  Na camada molecular há hiperplasia dos astrócitos de Bergmann, com seus prolongamentos perpendiculares à leptomeninge. Entre as  extremidades destes prolongamentos e a leptomeninge, situa-se espessa camada fortemente GFAP positiva, que atribuímos a gliose, constituída por prolongamentos astrocitários densamente entrelaçados. Aí não se observam células neoplásicas como as vistas nas porções internas do cerebelo. A natureza desta camada fica incerta, questionando-se se seria originada nos próprios astrócitos de Bergmann ou em astrócitos da camada molecular. 
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GFAP.  Astrócitos  de  Bergmann.     São astrócitos cujos corpos celulares e núcleos estão na camada das células de Purkinje no córtex cerebelar, sendo exclusivos desta topografia. Seus prolongamentos são orientados perpendicularmente à superfície da folha e dão suporte à camada molecular, riquíssima em sinapses. Para mais sobre córtex cerebelar normal com GFAP clique
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GFAP.  Tumor infiltrando a leptomeninge.    Em alguns pontos, as células neoplásicas ultrapassaram o limite entre a camada molecular e a pia-máter, formando pequenos acúmulos geralmente na cúpula das folhas cerebelares. Estas células marcam-se para GFAP bem como para VIM, SNF e MAP2 e testemunham a capacidade infiltrativa do tumor. Há algumas células não marcadas. 
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GFAP.  Córtex cerebelar  sem infiltração neoplásica.   Córtex cerebelar não obviamente infiltrado pelo tumor não é necessariamente normal.  Pode haver atrofia por compressão pela massa volumosa neoplásica  (ver RM).   Mesmo assim, há manutenção da arquitetura básica de 3 camadas.  Células de Purkinje são as mais sacrificadas.  Para mais sobre córtex cerebelar normal com GFAP, clique
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Córtex  cerebelar  com  GFAP.   A positividade na camada molecular é atribuível às células de Bergmann.  Na camada granulosa há astrócitos da própria camada. As células granulosas (que são neurônios) destacam-se em negativo (em azul). 
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Agradecimentos.    Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP.   Preparações imunohistoquímicas pela técnica do Laboratório de Patologia da Instituição, Sra. Adriana Worschech. 
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Para mais imagens deste caso: RM Macro,  HE GFAP
VIM SNF  MAP2 NF, CD34,  Ki67
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Sobre  gangliogliomas : 
textos  (1) (2) (3)
Gangliogliomas de tronco cerebral Características de imagem Outros casos :  Neuroimagem e neuropatologia
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