Como com HE, a lâmina escaneada dá boa visão em conjunto das estruturas. A vantagem desta coloração é diferenciar tecido conjuntivo, que se cora em azul, dos outros tecidos, como o nervoso, que se coram em róseo. 

Com o Masson, nota-se que o cavernoma é formado praticamente só de estruturas conjuntivas, em particular vasos venosos dilatados. Muitos destes contêm trombos organizados, que também se coram parcialmente em azul, devido ao conteúdo em fibras colágenas depositadas durante o processo. 

Ao lado, um trombo jovem numa veia de paredes finíssimas. O trombo é formado apenas por hemácias e fibrina e exibe característica estratificação. Não há áreas organizadas, que apareceriam em azul. Compare com quadro abaixo. 

A maior parte deste trombo ainda é vermelha, como o do exemplo acima.  Uma parte menor à direita mostra organização - as hemácias e fibrina estão sendo substituídas por fibras colágenas produzidas por fibroblastos.  O processo depois vai se estender a todo o trombo.  Abaixo, outros exemplos. 

Parte das células que invadem o trombo se transforma em fibroblastos que sintetizam colágeno (corado em azul no Masson).  Outra parte se diferencia em células endoteliais, que constituem novos capilares.  É razoável admitir que alguns destes, com o tempo, vão se dilatando para formar novos canais vasculares, perpetuando a malformação. 

Esta formação de tecido fibroso denso tem alta probabilidade de ter-se originado em um trombo. Aqui os capilares são escassos, em outros trombos a recanalização é mais abundante. 

Neste outro exemplo, o trombo permaneceu na maior parte virtualmente acelular, ou seja, o processo de organização falhou. A tonalidade basófila sugere deposição de sais de cálcio. Há fendas atribuíveis a cristais de colesterol.