|
2. CD34, Ki67 e diagnóstico diferencial com hemangioblastoma - inibina, NSE, S100 |
|
Masc. 51 a. Clique para RM, HE, GFAP, CD34, Ki67 e diagnóstico diferencial com hemangioblastoma : inibina, NSE, S-100. |
CD34. Este antígeno (para mais informações, expressão em tumores neuroectodérmicos e outros, clique) é largamente usado como marcador do endotélio vascular, onde delineia a face luminal das células endoteliais. Marca miríades de capilares neste astrocitoma pilocítico pouco usual. A quantidade de capilares é tamanha que provocou dificuldades diagnósticas com o hemangioblastoma, outro tumor próprio de cerebelo em adultos. Para exemplos deste, clique (1)(2)(3). |
CD34. Astrocitoma pilocítico vs. hemangioblastoma. O diagnóstico diferencial foi baseado no aspecto na ressonância magnética, e no encontro de ilhotas de tecido astrocitário demonstrável por GFAP. A ausência de células estromais, características do hemangioblastoma, apoiou astrocitoma pilocítico (ver abaixo). As ilhotas de astrocitoma são envoltas por inúmeros capilares finos e tortuosos. Para outros exemplos de astrocitoma pilocítico com abundância de capilares, clique (1)(2)(3)(4). |
CD34. Capilares margeando superfícies. Em alguns fragmentos, os capilares proliferados acompanhavam a margem livre do tecido, como que decorando uma superfície. Estes seriam os capilares detectados na ressonância magnética com contraste, como impregnação da margem da cavidade tumoral. Tais capilares são anormais e não têm barreira hemoencefálica. Para haver barreira é necessário contato de prolongamentos de astrócitos fibrilares com as células endoteliais, o que não ocorre no astrocitoma pilocítico. |
Ki67. A maioria dos núcleos marcados por Ki67 (indicando células que estão no ciclo celular e vão proceder à divisão) foi encontrada nos capilares proliferados. Os núcleos positivos nas ilhotas de tecido glial (propriamente neoplásico) eram esparsos e havia ilhotas sem nenhum núcleo marcado. A proliferação capilar exuberante seria estimulada por fatores hormonais secretados pelos astrócitos tumorais, eles próprios com baixo índice proliferativo. |
|
|
Diagnóstico
diferencial com hemangioblastoma.
Para afastar a possibilidade de um hemangioblastoma, foram pesquisadas células estromais por reações imunohistoquímicas para inibina, NSE e S-100. Todas foram negativas na lesão atual. Foi corrido simultaneamente controle positivo de um hemangioblastoma de bulbo já postado no site. Nos quadros abaixo, imagens do tumor atual e do controle. |
Inibina. Tumor atual. Nenhuma célula estromal foi demonstrada. | |
Controle positivo. Células estromais de um hemangioblastoma de bulbo. As células estromais contêm vacúolos lipídicos e seu citoplasma é positivo para inibina. Para mais imagens deste caso, clique. | |
NSE. Tumor atual. Nenhuma célula estromal foi demonstrada. Há positividade citoplasmática nas ilhotas de astrocitoma pilocítico. | |
Controle positivo. Células estromais de um hemangioblastoma de bulbo. As células estromais contêm vacúolos lipídicos e seu citoplasma é positivo para NSE. Para mais imagens deste caso, clique. | |
S-100. Tumor atual. Nenhuma célula estromal foi demonstrada. Há positividade citoplasmática nas ilhotas de astrocitoma pilocítico. | |
Controle positivo. Células estromais de um hemangioblastoma de bulbo. Para mais imagens deste caso, clique. | |
Agradecimentos.
Caso
do Hospital Santa Casa de Limeira, SP, enviado e gentilmente contribuído
pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo
Roland Kaleff e residentes do Serviço de Neurocirurgia. Processamento
histológico e lâminas HE pelo pessoal do Laboratório
de Rotina: Mariagina de Jesus Gonçalves, Maria José Tibúrcio,
Guaracy da Silva Ribeiro, Fernando Wagner dos Santos Cardoso, Viviane Ubiali,
Fernanda das Chagas Riul e Vanessa Natielle Pereira de Oliveira. Procedimentos
imunohistoquímicos pelo pessoal do Laboratório de Pesquisa
- Ana Claudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro
Reis e Arethusa de Souza.
Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | RM | HE, GFAP | CD34, Ki67 |
Mais sobre astrocitomas pilocíticos: |
Na graduação | Texto ilustrado | Casos, neuroimagem | Casos, neuropatologia | Características de imagem | Glioma de nervo óptico | Microscopia eletrônica (1) (2) |
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Estudos de casos |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Estudos de Casos |
Roteiro
de aulas |
Textos
de apoio |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
Índice alfabético - Neuro | Adições recentes | Banco de imagens - Neuro | Textos ilustrados | Neuromuscular | Patologia - outros aparelhos | Pages in English |
|
|
|