Astrocitoma pilocítico frontal cístico com exuberante proliferação vascular.   1. Macro, HE.

 
Espécime.  Formação cística de limites nítidos, com bom plano de clivagem em relação ao tecido nervoso adjacente.  O conteúdo líquido saiu ainda durante o ato cirúrgico. Ao corte, a parede do cisto era constituída por tecido esbranquiçado firme, notando-se no interior áreas focais de hemorragia de diferentes idades. 
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Imagens de maior resolução executadas sob lupa pelo fotógrafo do Depto. de Anatomia patológica da FCM-UNICAMP, Sr. Adilson Abílio Piaza. 
A área hemorrágica vista nos métodos de imagem provavelmente corresponde ao sangramento na face interna do cisto tumoral.  O sangue apresenta-se hiperdenso na imagem de tomografia e com hipersinal na imagem de ressonância magnética (metemoglobina em T1), ambas imagens sem contraste. 
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Destaques  da  microscopia. 
HE. Camada de capilares proliferados junto à luz do cisto.  Astrocitoma pilocítico - padrão pilocítico com fibras de Rosenthal. Astrocitoma pilocítico - padrão protoplasmático. 
Corpos hialinos granulosos Depósitos de hemossiderina Gliose  reativa periférica com astrócitos gemistocíticos. 
Masson. Componente de fibras colágenas, maior junto à superfície interna do cisto.  Retic.  Fibras reticulínicas em capilares proliferados e entre as células neoplásicas.  GFAP.  Relações entre o astrocitoma pilocítico e capilares proliferados. 
Astrócitos pilocíticos.  Relações entre vasos e astrócitos tumorais.  Mitoses em capilares proliferados. 
VIM.  Gliose  reativa.  CD34.  Capilares proliferados na margem do cisto.  Ki-67.  Positivo no endotélio proliferado, negativo no tumor. 

 
PARAFINA - HE
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Aspecto geral. 

A cápsula do cisto na área mais delgada do tumor era constituída por camada interna de capilares proliferados e camadas externas de tecido glial. 

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Reconheciam-se duas camadas de tecido glial - a mais interna era parte do astrocitoma pilocítico, a mais externa correspondia a tecido glial hiperplásico (gliose), não neoplásico, e continha astrócitos reacionais do tipo gemistocítico.  O tecido tumoral propriamente dito era muito fino e com escassas células nesta área, provavelmente esgarçado durante a expansão do cisto. Em outra área havia tumor mais espesso, correspondendo ao nódulo mural. 
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Nódulo mural.  Nesta área, a camada de tecido com gliose reacional limítrofe ao tumor aparece em cima.  O tecido neoplásico é bem mais espesso e vai até a luz do cisto. Proliferação capilar é observada também no interior do tecido neoplásico, não só na borda do cisto.
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Proliferação capilar.  Praticamente toda a superfície interna do cisto tumoral estava forrada por uma camada de capilares proliferados,  lembrando guirlandas de flores.  Este aspecto não é raro em astrocitomas pilocíticos e já o observamos em vários casos. Para exemplos clique (1) (2) (3) (4).  As células endoteliais destes capilares apresentam núcleos maiores e mais numerosos que o habitual, e muitos são reativos para o marcador de proliferação celular Ki-67, enquanto que os astrócitos tumorais são negativos. 
O sangue na luz do cisto apresentava hemácias de contornos indistintos, sugerindo que a hemorragia tenha ocorrido há algum tempo.  A hemoglobina pode ter-se transformado em metemoglobina, que seria origem do hipersinal visto nas imagens em T1. 
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Padrões morfológicos no astrocitoma pilocítico. 
- Padrão pilocítico propriamente dito. 
Áreas  predominantemente pilocíticas.  As células neoplásicas são alongadas, ricas em filamentos citoplasmáticos, e se arranjam compactamente em feixes multidirecionados. Observam-se dois tipos de corpúsculos hialinos entre as células : as fibras de Rosenthal, que são alongadas, e os corpos hialinos ou hialino-granulosos que são arredondados. Estes são melhor representados no próximo quadro. 
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- Padrão protoplasmático.  Neste, os astrócitos têm prolongamentos curtos e forma vagamente estrelada. Não formam feixes, e a textura do tecido é frouxa. Nesta área predominam os corpos hialinos e hialino-granulosos, que são acúmulos de proteína produzidos pelas células tumorais e que podem ficar intra- ou extracelulares. Sua presença é indicação da natureza benigna (ou pouco agressiva) da neoplasia. 
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Corpos hialinos granulosos. 
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Hemossiderina.

Áreas ricas em pigmento hemossiderótico indicam tendência a repetidos sangramentos no tumor. 

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Gliose reativa periférica.  Esta orla periférica de tecido não é neoplásica, e sim reacional ao tumor que está adjacente.  Observam-se astrócitos gemistocíticos com citoplasma róseo amplo e prolongamentos múltiplos, que formam a trama fibrilar de fundo. Os núcleos são periféricos e pode haver binucleação. 
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Para mais imagens deste caso:
TC, RM Colorações especiais GFAP VIM, CD34, Ki-67
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Mais sobre astrocitomas pilocíticos: 
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