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Este espécime era um astrocitoma pilocítico clássico com áreas pilocíticas e protoplasmáticas de aspecto essencialmente benigno. O que chamava a atenção era a intensa proliferação vascular, que se aproximava ou superava a observada em gliomas malignos como o glioblastoma multiforme. |
Áreas protoplasmáticas. Na maior parte o tumor era constituído por astrócitos de prolongamentos escassos e curtos, que formavam um reticulado deixando espaços claros entre as células. Aproximava-se assim mais do padrão protoplasmático. |
Astrócitos mais volumosos. Em certas áreas, os astrócitos tumorais tinham citoplasma mais abundante, aproximando-se do padrão gemistocítico. | |
Áreas
pilocíticas.
Apenas em pequena área observava-se o clássico padrão pilocítico, em que os astrócitos tumorais formam espessos prolongamentos paralelos ou que se entrelaçam, lembrando uma cabeleira. Nestas áreas eram encontradas fibras de Rosenthal. |
Áreas de proliferação endotelial. Uma grande parte deste astrocitoma pilocítico era constituído por capilares proliferados. A proliferação vascular era extrema, formando elaborados padrões angiomatosos e capilares tortuosos alinhados ao longo de superfícies lembrando guirlandas de flores (melhor demonstradas com CD34, abaixo). O grande número de pequenos vasos foi responsável pelo aspecto cirúrgico de um nódulo vermelho cereja, e pela forte impregnação por contraste vista na TC. | |
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GFAP. Forte e seletivamente positivo no citoplasma dos astrócitos, permitindo visualizar a morfologia e definir áreas protoplasmáticas e pilocíticas. Parte das áreas, porém, era incaracterística. | |
GFAP. Áreas protoplasmáticas. |
GFAP. Áreas pilocíticas. |
NF. Proteína de neurofilamento é um excelente marcador para axônios em tecido nervoso central e periférico. Aqui vemos vários pequenos axônios no interior do tecido neplásico, indicando que o tumor, mesmo sendo de baixo índice proliferativo, infiltrava entre os axônios da substância branca. | |
NSE. NSE é inespecífica para neurônios, sendo positiva também em outros tipos de células neurais. Aqui, marca os astrócitos neoplásicos. | |
CD34.
Este marcador do endotélio vascular é muito útil para demonstrar vasos no tumor. Há exuberante quantidade de capilares proliferados, lembrando tufos, guirlandas e formações angiomatosas. A grande população de pequenos vasos desprovidos de barreira hemoencefálica resulta na impregnação por contraste radiológico, e no extravasamento de líquido para o interstício, podendo formar cistos, uma feição comum no astrocitoma pilocítico. |
p53. Negativo em toda a amostra. | |
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