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Prof. Dr. José Vassallo |
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Também chamadas de leucemias não linfóides agudas, pois incluem não só as séries mielomonocíticas, mas também as eritroblástica e megacariocítica. Cerca de ¼ pode ser precedida por síndrome mielodisplásica (SMD). Pode corresponder à fase final de uma leucemia mielóide crônica (LMC) = nestes casos, de transformação para LMA, fala-se em crise blástica. Limite da porcentagem de blastos entre LMA e SMD ou LMC > 30%. Em alguns casos pode haver formação de massa, simulando neoplasia sólida, infiltrando órgãos ou tecidos moles, no decorrer da LMA ou precedendo-a = sarcoma granulocítico ou cloroma. LMAs ocorrem mais freqüentemente na idade adulta; apenas 5-10% das LA de criança são não linfóides. A adequada
classificação do tipo de LMA é feita pela citologia
da medula óssea (mielograma ou “imprint” de biópsia medular).
A classificação FAB (Franco-americana-britânica)
é baseada na citologia em sete subtipos:
• M1: LMA sem maturação (mais de 90% de blastos mielóides, com menos de 10% de elementos mielóides maturando);Em um estudo realizado em nosso Serviço, de um total de 62 casos, houve 21 M1, 23 M2, 2 M3, 2 M4, 6 M5, 6 M6 e 2 M7. Obs. Em 2001 a Organização Mundial da Saúde publicou uma nova classificação das Neoplasias Linfo-hematopoéticas, incluindo dados morfológicos, imunoistoquímicos, citogenéticos e de biologia molecular, os quais apresentam relevância no reconhecimento de grupos distintos para fins de tratamento e prognóstico. Porém, por ser mais simples e amplamente difundida, podemos continuar, por hora, a utilizar a FAB. Quando a
classificação por esfregaço citológico não
for possível, utilizam-se reações citoquímicas:
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cloro-acetato-esterase (CAE) |
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Quando ainda assim a tipagem da leucemia for impossível, utilizam-se métodos imunocitoquímicos (marcadores de diferenciação celular ou Cluster Differentiation, CD):
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O esforço para classificar as leucemias agudas adequadamente não
representa apenas interesse acadêmico, mas tem implicações
na prática clínica.
Há muito tempo é conhecida a diferença biológica entre as leucemias agudas mielóides e linfóides. Por exemplo, as LLA envolvem mais freqüentemente o sistema nervoso central, devendo ser feita profilaxia da infiltração. Em crianças, as LLA, mais freqüentes, têm prognóstico melhor que as LMA. Além disto, há diferentes esquemas terapêuticos para LMA e LLA. Dentre as LMA, embora não haja diferentes esquemas terapêuticos para os vários subtipos, algumas particularidades se associam a alguns deles:
Apesar de todo o conhecimento acumulado no decorrer das três últimas décadas, no presente espera-se que cerca de 65-75% das leucemias agudas do adulto entrem em remissão completa após o tratamento (quimioterapia intensa sozinha ou seguida de transplante de medula óssea). Destes, cerca de 40% continuarão em remissão prolongada após 3 anos de seguimento, o que vale dizer que, ainda hoje, a probabilidade de cura de um caso de leucemia aguda do adulto é de 25-30% apenas. |
Predomina na idade infantil e em adultos jovens. A classificação morfológica FAB reconhece 3 tipos de LLA
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Subtipo de LLA | Morfologia | Freqüência | Prognóstico |
Pré-B precoce
ou pré-pré-B
CALLA* (CD10) + |
L1 ou L2
(L1 é mais freqüente) |
Cerca de 60-70% | Muito bom |
Pré-B | L1 ou L2 | 20% | Intermediário |
B madura | Sempre L3 | 2% | Ruim |
T imatura | L1 ou L2 | 15% |
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*CALLA: common acute lymphoid leukemia antigen (corresponde ao CD10)
LLA-T costuma cursar com massas mediastinais e pode haver derrame pleural. LLA-B (L3) costuma cursar com massas abdominais e pode haver ascite. As células da LLA são indistinguíveis dos linfomas de células precursoras, linfoblástico (ver aula de Linfomas).
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DAS LÂMINAS DE MEDULA ÓSSEA |
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