Sindromes  mieloproliferativas  crônicas  (texto de apoio) 
Prof.  Dr.  José  Vassallo

 
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SÍNDROMES  MIELOPROLIFERATIVAS  CRÔNICAS

As síndromes mieloproliferativas crônicas (SMPC) constituem um grupo de doenças que têm em comum os fatos de : 

  • 1) corresponder a uma proliferação clonal de elementos hemopoéticos totipotentes; 
  • 2) apresentar aspectos histológicos que freqüentemente se sobrepõem, ou seja, de proliferação dos elementos hemopoéticos, por vezes com pouco ou nenhum componente displásico à morfologia; 
  • 3) apresentar hemopoese eficaz, pelo menos nas fases iniciais da doença (diferentemente das SMD); 
  • 4) apresentar, em alguma fase da evolução do processo, mielofibrose, a qual pode levar ao esgotamento da hemopoese e, portanto, à morte por insuficiência medular. Esta pode ocorrer, também, em decorrência da crise blástica, ou seja, transformação em uma leucemia aguda. 
  • 5) ter em comum alguns aspectos clínicos, como a existência de uma fase inicial que pode passar despercebida por muito tempo e mesmo ser diagnosticada em hemogramas de rotina. Esta é seguida por uma fase clínica, com sinais e sintomas, como aumento de uma ou mais das séries hemopoéticas no sangue periférico, esplenomegalia importante, fenômenos circulatórios e vasculares (pletora, tromboses e hemorragias).

  •  
Por outro lado, cada um dos tipos de SMPC apresenta particularidades biológicas, clínicas e de evolução, que serão detalhadas a seguir. As SMPC são:
     
    • 1. leucemia mielóide crônica (LMC); (25,5%)
    • 2. policitemia vera (PV);  (38,5%)
    • 3. trombocitemia idiopática ou essencial (TI) (11 %)
    • 4. mielofibrose primária (MFP) ou mielofibrose crônica idiopática ou metaplasia mielóide agnogênica. (25%)


    As percentagens entre parênteses referem-se a freqüência destas formas numa grande série de 2144 casos.

    1. LEUCEMIA  MIELÓIDE  CRÔNICA

    - acomete mais adultos (30 anos ou mais); raridade em crianças
    - medula óssea infiltrada por células mielóides em vários estágios de maturação; há eosinofilia e freqüentemente aumento de megacariócitos atípicos (Lâmina A-358)
    - baço costuma estar muito aumentado de volume; muito mais que na LMA e outras SMPC (Peça OH-25)
    - evolui mais freqüentemente para crise blástica que para mielofibrose

    2. POLICITEMIA  VERA

    - acomete adultos mais velhos
    - devem-se excluir causas de policitemia secundária (insuficiência cardíaca; doenças pulmonares obstrutivas crônicas; hemoglobinopatias)
    - a evolução é muito mais lenta que a LMC e raramente apresenta crise blástica

    3.  MIELOFIBROSE  PRIMÁRIA

    - acomete adultos mais velhos
    - apresenta grandes esplenomegalias; baço é fonte de hemopoese, portanto não deve ser retirado
    - evolui para insuficiência medular e raramente ocorre crise blástica.
     
     

    LEUCEMIA LINFÓIDE CRÔNICA
     

    • - acomete indivíduos velhos; pode ser revelada por exame de rotina ou por sinais de anemia
    • - há população monótona de pequenos linfócitos e praticamente sempre é de imunofenótipo B; tem morfologia indistinguível do linfoma não Hodgkin linfocítico (Lâmina A-284)
    • - em alguns casos, pode haver progressão para linfoma de grandes células e alta proliferação (síndrome de Richter)
    • - pode haver hepatoesplenomegalia e linfonodomegalia

 
QUADRO COMPARATIVO
DAS LÂMINAS DE MEDULA ÓSSEA
 

QUADRO COMPARATIVO
DAS LÂMINAS DE LINFONODO


 
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