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e metástases tardias em coluna vertebral. Evolução de 10 anos. 2. Biópsia de 2014 - Imunohistoquímica |
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Masc. 52 a. Clique para história clínica, exames de imagem (destaques, detalhes), anátomo-patológico de 2014 : HE, colorações especiais, imunohistoquímica, e amostra de 2009 (só HE). |
Destaques da imunohistoquímica. | ||
CD34 - vasos. Positivo em vasos, chama a atenção para vascularização riquíssima. Em parte das áreas, negativo nas células neoplásicas | CD34 - células. Em outras áreas, positivo nas membranas e/ou citoplasma das células neoplásicas (um dos critérios mais aceitos para diagnóstico de tumor fibroso solitário) | CD99. Positivo nas membranas e/ou citoplasma das células neoplásicas |
BCL-2. Positivo no citoplasma das células neoplásicas | EMA. Positivo no citoplasma das células neoplásicas em padrão dot | VIM. Positiva forte e difuso no citoplasma das células neoplásicas |
Desmina. Positiva no citoplasma de algumas células neoplásicas | 1A4. Positivo em vasos, destaca os vasos grandes e vazios clássicos do hemangiopericitoma | 1A4. Positivo em células neoplásicas perivasculares (pericitos ?), algumas altamente atípicas |
HHF-35. Positivo fraco no citoplasma de algumas células neoplásicas | Ki-67. Positividade em cerca de 10% dos núcleos das células neoplásicas. | p53. positivo em intensidade variável nos núcleos das células neoplásicas. |
Destaques da biópsia de 2009 : HE e 2014 : HE, colorações especiais. | ||
CD34
- vasos.
CD34 é usado aqui como marcador endotelial, mostrando a grande riqueza de capilares tortuosos e interanastomosados neste tumor fibroso solitário. Há também marcação das próprias células neoplásicas em padrão membrana, um dos requisitos para diagnóstico do tumor. |
CD34 - positividade em células neoplásicas. A marcação das células neoplásicas por CD34 ocorre tanto nas membranas como no citoplasma, predominando nas membranas em algumas áreas. | |
Mitoses. Mitoses atípicas são salientes, como já demonstrado com HE e tricrômico de Masson. | |
CD99.
Marcação por CD99, predominantemente em padrão membrana, é outra característica dos tumores fibrosos solitários. Nisto se superpõe aos hemangiopericitomas. Para breve texto, clique. Para breves textos sobre este marcador, clique (1) (2). Não há marcação de vasos por CD99. |
BCL-2.
Positividade
citoplasmática para BCL-2 está entre os critérios
para tumor fibroso solitário e hemangiopericitoma.
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EMA. EMA ou antígeno epitelial de membrana (clique para breve texto) é um marcador de epitélios. Contudo, pode ser positivo nos tumores fibrosos solitários extrapleurais, que, ao que tudo indica, são de linhagem conjuntiva, numa percentagem variável entre 20 a 35% dos casos. Para texto, clique. No presente caso, a positividade concentrava-se numa pequena área do citoplasma, adotando o chamado padrão 'dot'. Não houve marcação em padrão membrana, como freqüentemente observado nos meningiomas. | |
VIM.
Vimentina, um filamento intermediário ubiquitário, presente em células de várias linhagens (para breves textos, clique (1)(2), é positivo de forma difusa e intensa no citoplasma neste tumor fibroso solitário (resultado esperado, que não ajuda no diagnóstico diferencial com hemangiopericitomas (1)(2)(3) ou meningiomas. Vimentina é sempre útil para garantir a imunoviabilidade do tecido. Se negativa em lesões que seriam esperadas como positivas, põe em dúvida que o material tenha sido adequadamente preservado. |
Desmina. Desmina é o filamento intermediário próprio das células musculares (para breve texto, clique). Aqui, foi pesquisado como parte de um painel para investigar a natureza sarcomatosa do tumor. Embora o tumor fibroso solitário seja de origem discutida, e provavelmente não miogênico, desmina foi positiva de forma expressiva no citoplasma de várias células neoplásicas, inclusive delineando seus contornos. | |
1A4.
1A4 reconhece actina de músculo liso (para breve texto, clique). Aqui é positiva em vasos tumorais e delineia o contorno amplo e caprichoso dos maiores, comparados, como já comentado acima, a 'chifre de veado'. |
1A4. Células em relação com vasos. Em maior detalhe, observam-se células positivas circundando os vasos em contato com eles, que poderiam corresponder a pericitos. Algumas destas células marcadas parecem 'abraçar' o vaso. São claramente atípicas e seus núcleos assemelham-se aos das células neoplásicas. As células endoteliais são negativas. Várias células em mitose também foram negativas para 1A4. | |
1A4. Células sem relação com vasos. A grande maioria das células neoplásicas é negativa para 1A4, mas há algumas células positivas esparsas. Não há dúvida quanto à sua natureza tumoral, mas fica incerto se seriam associadas ou não a vasos. Algumas estão na proximidade de um capilar, mas sem a relação íntima com ele como as mostradas acima. Os vasos poderiam estar fora do plano de corte. Seja como for, acreditamos que algumas células neoplásicas expressam actina de músculo liso, como já documentado acima para desmina, e abaixo para HHF-35, outro anticorpo contra actinas musculares. | |
HHF-35.
Este outro anticorpo contra actinas musculares (para breve texto, clique) foi positivo em vasos maiores (aqui provavelmente reconhecendo células musculares lisas) e em várias células neoplásicas, associadas ou não a vasos. |
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O resultado, que lembra mais o obtido com desmina que com 1A4, é mais uma evidência da diferenciação miogênica das células deste tumor fibroso solitário. Como ele também foi positivo para EMA (um antígeno epitelial), isto fala a favor da natureza primitiva ou multipotente desta neoplasia. |
Ki-67. A positividade para este marcador de proliferação celular foi estimada em cerca de 10% dos núcleos (em avaliação subjetiva sem contagem), e relativamente uniforme nas várias regiões. Os núcleos marcados exibem poucas atipias. Várias mitoses foram documentadas, sempre com positividade dos cromossomos condensados e às vezes também do citoplasma. Em núcleos interfásicos positivos o citoplasma é sempre negativo. |
p53. Positividade fraca, mas considerada genuína em alta proporção das células neoplásicas. Há núcleos não marcados (que se coram em azul), e servem de controle. Há também células isoladas com marcação forte. Ao contrário do Ki-67 as várias mitoses são sempre negativas para p53. Os resultados sugerem que mutações neste gene teriam papel na progressão deste tumor. | |
Obs. Negativo para AE1AE3. |
Agradecimentos. Caso trazido em revisão e gentilmente contribuído pelo Dr. Leandro Luiz Lopes de Freitas, Laboratório Multipat, Campinas, SP, e pelo neurocirurgião, Prof. Dr. Helder Tedeschi, que forneceram imagens de RM e os espécimes anátomo-patológicos anteriores a 2014. Este espécime (2014) obtido e processado no Hospital das Clínicas da Unicamp. Preparações imunohistoquímicas pelos técnicos Thainá Milena Stela de Oliveira e Luis Felipe Billis. Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP. |
Para mais imagens deste caso: | TC, RM destaques, detalhes | Biópsia de 2014, HE, colorações | Idem, IH | Biópsia de 2009, HE |
Texto ilustrado linkado |
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Hemangiopericitoma, outros casos :
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Outros textos sobre hemangiopericitoma :
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