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e metástases tardias em coluna vertebral. Evolução de 10 anos. 1. Biópsia de 2014 - HE, colorações especiais |
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Masc. 52
a. O material apresentado abaixo provém do quarto espécime
cirúrgico, o mais recente (2014) e único obtido neste serviço.
Embora não tenhamos documentação radiológica,
presumimos que o tumor venha evoluindo há pelo menos 10 anos, quando
se tornou sintomático (em 2004). Das amostras anteriores,
só não tivemos acesso à original, de 2007. A
segunda (de 2009) e terceira (2011) foram revistas por nós por gentileza
de colegas de outro laboratório e apresentavam aspectos superponíveis
ao abaixo. A lâmina de HE de 2009 está documentada em outra
página e basicamente mostra os mesmos aspectos da detalhada
abaixo. Ou seja, a morfologia do tumor não mudou significativamente
em 5 anos, pelo menos. No material atual, chamam a atenção
mitoses
atípicas, não encontradas nas amostras anteriores.
Clique para história clínica, exames de imagem (destaques, detalhes), anátomo-patológico de 2014 : HE, colorações especiais, imunohistoquímica, e amostra de 2009 (só HE). |
Destaques da microscopia. | ||
HE. Tumor de células fusiformes com vasos calibrosos, irregulares e dilatados em áreas, lembrando 'chifres de veado' como os dos hemangiopericitomas | Vasos têm paredes extremamente delgadas, constituídas apenas por uma camada de células endoteliais | Células são alongadas, de limites imprecisos, núcleos regulares com cromatina frouxa, mitoses freqüentes, na maioria típicas |
Algumas mitoses altamente atípicas em certas áreas | Masson. Rede de delicadas fibras colágenas distribuídas homogeneamente entre as células neoplásicas. Mitoses atípicas | Reticulina. Aspecto semelhante |
CD34 - vasos. Positivo em vasos, chama a atenção para vascularização riquíssima. Em parte das áreas, negativo nas células neoplásicas | CD34 - células. Em outras áreas, positivo nas membranas e/ou citoplasma das células neoplásicas (um dos critérios mais aceitos para diagnóstico de tumor fibroso solitário) | CD99. Positivo nas membranas e/ou citoplasma das células neoplásicas |
BCL-2. Positivo no citoplasma das células neoplásicas | EMA. Positivo no citoplasma das células neoplásicas em padrão dot | VIM. Positiva forte e difuso no citoplasma das células neoplásicas |
Desmina. Positiva no citoplasma de algumas células neoplásicas | 1A4. Positivo em vasos, destaca os vasos grandes e vazios clássicos do hemangiopericitoma | 1A4. Positivo em células neoplásicas perivasculares (pericitos ?), algumas altamente atípicas |
HHF-35. Positivo fraco no citoplasma de algumas células neoplásicas | Ki-67. Positividade em cerca de 10% dos núcleos das células neoplásicas. | p53. positivo em intensidade variável nos núcleos das células neoplásicas. |
Destaques da biópsia de 2009 : HE | ||
Tumor
fibroso solitário - Aspecto geral.
Neoplasia densamente celular, ricamente vascularizada, com células em arranjo sólido estoriforme. Chamam a atenção grandes vasos irregulares e dilatados que não colapsam após a saída do sangue. |
Alta celularidade, homogeneidade. O aspecto do tumor é notavelmente monótono nas várias áreas examinadas. |
Vasos. Apesar de calibrosos e aparentemente rígidos (mantêm luz ampla mesmo sem sangue), os vasos têm paredes extremamente delgadas, sem individualização das camadas íntima, média e adventícia, como nas artérias e veias habituais. |
Vasos 'em chifre de veado'. A ramificação caprichosa de alguns canais vasculares, classicamente comparada a 'chifres de veado' (staghorn branching), é superponível à observada nos hemangiopericitomas. A acentuada semelhança entre estes e os tumores fibrosos solitários sugere que se tratem da mesma entidade ou de pontos de um espectro. Para breves textos a respeito clique (1) (2) (3). Para exemplos de vasos em hemangiopericitomas, clique. |
Vasos. Parecem mais representar espaços ou fendas entre as células neoplásicas, revestidas por endotélio. Exceto pela camada de células endoteliais, geralmente não há uma parede vascular individualizável. Nos hemangiopericitomas, esta dificuldade ocorre mesmo em microscopia eletrônica (1) (2). | |
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Tricrômico
de Masson.
A técnica contrasta os elementos celulares em vermelho e fibras colágenas em azul (para procedimento, clique). Permite assim verificar a participação do tecido conjuntivo no tumor. |
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Observa-se proporção modesta de colágeno e predomínio das células. As fibras colágenas são encontradas entre as células e em finas camadas em torno de alguns vasos. Há vasos totalmente desprovidos de colágeno em volta. A distribuição é semelhante à das fibras reticulínicas (abaixo). |
Reticulina.
A impregnação argêntica de Gomori (para procedimento, clique) mostra finas fibras reticulínicas entre as células neoplásicas, circundando-as individualmente ou em pequenos grupos. Há campos onde as fibras são escassas. A abundância de reticulina é própria de tumores de linhagem sarcomatosa. |
Agradecimentos. Caso trazido em revisão e gentilmente contribuído pelo Dr. Leandro Luiz Lopes de Freitas, Laboratório Multipat, Campinas, SP, e pelo neurocirurgião, Prof. Dr. Helder Tedeschi, que forneceram imagens de RM e os espécimes anátomo-patológicos anteriores a 2014. Este espécime (2014) obtido e processado no Hospital das Clínicas da Unicamp. Histologia HE - técnicos do laboratório de rotina - Viviane Ubiali, Mariagina de Jesus Gonçalves e Maria José Tibúrcio. Colorações especiais pelo técnico Fernando Wagner dos Santos Cardoso. Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP. |
Para mais imagens deste caso: | TC, RM destaques, detalhes | Biópsia de 2014, HE, colorações | Idem, IH | Biópsia de 2009, HE |
Texto ilustrado linkado |
neuroimagem, neuropatologia |
Outros textos de apoio sobre
tumor fibroso solitário |
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Hemangiopericitoma, outros casos :
neuroimagem e neuropatologia |
Outros textos sobre hemangiopericitoma :
(1) (2) |
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