Granuloma reparador de células gigantes em mastóide.
2. IH - CD68, VIM, 1A4, CD34, Ki67
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Masc. 12 a.   Clique para RM, Macro, HE, Masson, Reticulina, CD68, VIM, 1A4, CD34, Ki67, Texto (granuloma). Texto (miofibroblastos)
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CD68.   Este marcador de macrófagos foi fortemente positivo nas células gigantes multinucleadas deste granuloma reparador de células gigantes, enquanto as células fusiformes estromais foram sistematicamente negativas.  A reação destaca o contorno celular, com pseudópodos longos, que penetram entre as células estromais.  Como CD68 reage com componentes de lisossomos, as finas granulações observadas no citoplasma dos gigantócitos devem corresponder a estas organelas. 
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CD68.  Células gigantes.   A reação documenta os contornos celulares, desde relativamente lisos e arredondados, a altamente irregulares, com finos e longos prolongamentos que se insinuam entre as células estromais. 
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Células  fusiformes  estromais.    Sempre negativas para CD68, indicando pertencerem a outra linhagem, não macrofágica. Os pequenos pontos de positividade entre elas podem representar finos prolongamentos citoplasmáticos dos gigantócitos. 
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VIM.   Marcação citoplasmática difusa em ambos tipos celulares (estromais e gigantes). 
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1A4.     Marcador de actina de músculo liso (para breve texto, clique), mostra positividade citoplasmática nas células estromais fusiformes, mais comumente como fina orla abaixo da membrana celular. O achado concorda com a literatura, em que as células  principais constituintes da lesão são de linhagem miofibroblástica. 
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1A4. Células estromais.    Marca parte das células estromais como uma fina orla abaixo da membrana plasmática, documentando actina de músculo liso e definindo as células como miofibroblastos (ver texto). 
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1A4. Gigantócitos.    São totalmente negativos para 1A4 (mas fortemente positivos para CD68, acima). 
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1A4. Vasos. Demonstra a actina presente nas fibras musculares da média de pequenas artérias do tumor. 
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CD34.   Útil para estudar a vascularização da lesão, mostra capilares finos, uniformemente distribuídos em todas áreas. 
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Ki67.   Marca cerca de 20% dos núcleos das células estromais, sendo sempre negativo nos gigantócitos. 
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Ki-67.     Positividade em células estromais indica que são elas o elemento proliferativo da lesão. 
Ki-67.     Sempre negativo nas células gigantes de natureza macrofágica. 
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Miofibroblastos. 

Miofibroblastos são células fusiformes que secretam colágeno como os fibroblastos, mas também têm propriedades contráteis como as células musculares lisas, sendo, portanto, intermediárias entre aquelas duas. 

Em histologia normal, não é possível distinguir fibroblastos e miofibroblastos em HE. Isto é possível através de imunohistoquímica para actina de músculo liso (demonstrada pelo anticorpo 1A4) ou por microscopia eletrônica, que identifica filamentos contráteis no citoplasma.  Os miofibroblastos também podem expressar desmina, um filamento intermediário de fibras musculares lisas. Contudo, não possuem membrana basal, nisto se assemelhando aos fibroblastos e diferindo das fibras musculares lisas.

Em tecidos normais, miofibroblastos são inconspícuos e formam uma população inativa de células.  Ocorrem, por exemplo, nos septos dos alvéolos pulmonares, em torno das criptas glandulares intestinais e em tecido conjuntivo fibroso frouxo.  Após dano tecidual, miofibroblastos tornam-se ativos, proliferam e atuam no reparo de lesões resultantes de morte celular. Secretam colágeno, levando à formação de cicatrizes fibrosas. O miofibroblasto, como tem capacidade contrátil, exerce tensão sobre a matriz extracelular, promovendo a retração da cicatriz. 

Miofibroblastos também têm importante papel em doenças crônicas que resultam em fibrose e redução da capacidade funcional de órgãos, por exemplo, fibrose pulmonar após lesões difusas (como o pulmão de choque), cirrose hepática e formação de placas de aterosclerose. 

Fonte.  Stevens A, Lowe J. Human Histology, 2nd Ed. 1997.  Mosby, London.  p 75. 

Referências adicionais. 

https://en.wikipedia.org/wiki/Myofibroblast

Biological Perspectives - The Myofibroblast. One Function, Multiple Origins. Hinz B et al. 
Am J Pathol. 2007 Jun; 170(6): 1807–1816. 

Fibroblasts and Myofibroblasts: What are we talking about?  Baum J, Duffy  HS. 
J Cardiovasc Pharmacol. 2011 Apr; 57(4): 376–379.
 

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Agradecimentos.    Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP.   Preparações imunohistoquímicas pela técnica do Laboratório de Patologia da Instituição, Sra. Adriana Worschech. 
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Para mais imagens deste caso e 

textos: granuloma reparador de células gigantes

miofibroblastos

TC, RM Macro, HE, Masson, Reticulina IH - CD68, VIM, 1A4, CD34, Ki67
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