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3. Imunohistoquímica para GFAP, VIM, 1A4, desmina. |
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GFAP.
Lâmina escaneada. As áreas coradas são positivas para GFAP e indicam tecido gliomatoso (glioblastoma). As áreas pálidas correspondem a tecido sarcomatoso, cujas células não sintetizam GFAP. Detalhes no scan com maior resolução, abaixo, e nas fotomicrografias, a seguir. |
GFAP.
A reação imunohistoquímica para proteína glial ácida fibrilar (GFAP) demonstra dramaticamente os dois componentes deste gliossarcoma, quais sejam, células de diferenciação glial ou gliomatosa e células com fenótipo conjuntivo, ou sarcomatosas. As áreas gliomatosas expressam fortemente GFAP, as áreas sarcomatosas são totalmente negativas para este filamento intermediário próprio de astrócitos. |
Imbricamento dos componentes. As áreas GFAP positivas são compostas por células astrocitárias melhor diferenciadas. Estas áreas coexistem com áreas negativas, formando ilhotas de limites nítidos e contornos geográficos. Há paralelo nos aspectos observados com tricrômico de Masson e reticulina, onde as áreas sarcomatosas são ricas em fibras colágenas e reticulínicas (correspondendo às áreas negativas para GFAP). Já as áreas gliomatosas são pobres nestas fibras intersticiais próprias do tecido conjuntivo. Para breve texto sobre fibras do tecido conjuntivo, clique. |
Detalhes, áreas GFAP positivas. As células positivas apresentam morfologia de astrócitos altamente atípicos, muitos com aspecto gemistocítico (citoplasma abundante, núcleo excêntrico). | |
Astrócitos xantomatosos. Alguns astrócitos apresentavam gotículas claras no citoplasma, interpretadas como de natureza lipídica. Aspecto semelhante foi observado em HE e tricrômico de Masson. | |
Detalhes, áreas GFAP negativas. Nestas áreas, consideradas sarcomatosas, as células são negativas para GFAP (uma leve tonalidade amarelada no citoplasma deve ser descontada como reação de fundo, em comparação à forte positividade em áreas adjacentes, ver acima). Há intensa atividade mitótica. | |
Vimentina.
Com vimentina, marcam-se todas as células do tumor, sejam de fenótipo astrocitário ou conjuntivo, e os vasos. O interstício de fibras colágenas fica, porém, negativo (corado em azul pálido pela hematoxilina de fundo). Portanto, a reação dá uma boa noção da proporção entre os componentes celular e intersticial do tumor. |
Vimentina, um filamento intermediário. A vimentina, sendo um filamento intermediário componente do citoesqueleto, está presente apenas no citoplasma. Assim, tudo o que está positivo são células neoplásicas. As áreas negativas são interstício, cujo principal componente são fibras colágenas. |
VIM.
Área gliomatosa.
Nestas áreas há pouco interstício, as células têm morfologia estrelada e arranjo compacto. Células volumosas, de padrão astrocitário gemistocítico, destacam-se já em aumento fraco. |
VIM. Mitoses atípicas. Células aberrantes com mitoses altamente atípicas foram observadas no preparado para vimentina, como em outros. Os cromossomos destacam-se em azul contra o citoplasma marcado. | |
VIM.
Área sarcomatosa.
Nestas áreas, a reação para vimentina ajuda a distinguir a morfologia fusocelular das células neoplásicas, contrastando com o interstício, negativo. Este, com técnicas adequadas, mostra riqueza em fibras colágenas e reticulínicas. |
VIM.
Área angiomatosa.
Esta área rica em vasos dilatados possivelmente originou-se da organização de um trombo. |
1A4.
O anticorpo reconhece a actina alfa de músculo liso (para breve texto, clique). Aqui, demonstra os vasos maiores e é positivo em pequena parcela das células neoplásicas, na maioria fusiformes, confirmando o fenótipo conjuntivo. |
1A4.
Positividade em células neoplásicas fusiformes.
A expressão de actina de músculo liso nestas células claramente tumorais endossa a natureza sarcomatosa das mesmas. |
1A4.
Positividade em células de aspecto glial.
Algumas células marcadas eram mais globosas ou poligonais, lembrando os astrócitos das áreas gliomatosas. |
1A4. Positividade em vasos. Vasos do tumor, arteriais ou venosos, mostram positividade nas células musculares lisas, como esperado, o que serve de controle interno positivo da reação. | |
Desmina. Desmina é uma proteína do citoesqueleto pertencente à classe dos filamentos intermediários (diâmetro - 10 nm), caracteristicamente encontrada em células miogênicas (clique para breve texto). Neste tumor, é positiva forte no citoplasma (como esperado), mas só em células isoladas, geralmente as maiores e com atipias nucleares mais intensas. No restante prevalece uma discreta reação interpretada como de fundo. A positividade das células documentadas a seguir, porém, apóia natureza sarcomatosa de parte das células neoplásicas, e confirma o já notado com 1A4 (actina alfa de músculo liso), acima. | |
Caso enviado
em consulta e gentilmente contribuído pelo Dr. José Augusto
Gatto Stedile,
Laboratório de Anatomia Patológica, Indaiatuba, SP. |
Para mais imagens deste caso : | |||
TC | Macro, HE | Colorações especiais | IH : CD34, Ki67, p53 |
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