Fem.
36 a.
Paciente
tem história desde os 13 anos de idade de cefaléia forte
com perda de visão, interpretada como migrânia. Em 2001,
TC com diagnóstico de cisticercose e RM cujo laudo refere
lesão cística com nódulo impregnado na região
da placa quadrigêmea (sic). Tratou com Decadron, Albendazol e
Polaramine, com melhora por 3 meses. Voltou com cefaléia, vômitos
e visão dupla. Nova TC mostrou hidrocefalia. Fez derivação
ventrículo-peritonial em 4/9/04, com melhora. Exame neurológico
na época – discreta paresia de VIº nervo à E.
Há três RMs. Para resumo, ver abaixo. Para detalhes,
clique.
Atendimento
de urgência em 11/6/2006. Há cerca de 6 dias, ataxia
de marcha, cefaléia holocraniana, náuseas e vômitos.
EN – oftalmoparesia do VIº nervo à E, papiledema à
D (esquerda difícil de avaliar), força muscular grau 4+ em
MSD. Incoordenação de MMII à manobra calcanhar joelho.
Hiperreflexia global, Babinski à D.
Realizou
22 sessões de radioterapia totalizando 3960 cGy até 21/7/06.
Suspensa devido a reações – náuseas, queda do estado
geral, sonolência, dermatite em crânio.
Última
informação na pasta em 11/12/06 – Paciente em maca, não
consegue mais andar ou segurar objetos. Amaurótica OD, diminuição
importante da acuidade auditiva. Movimenta MMSS e MMII com déficit
global. Força muscular grau 3. Não controla esfíncteres,
usa fralda. Recomendados cuidados paliativos.
Há
três RMs : de set 2004, ago 2005 e jun 2006. Mostram lesão
infiltrativa progressiva, atualmente envolvendo o mesencéfalo pela
cisterna ambiens, com extensão supratentorial, até o quiasma,
toda a meninge da base da ponte e medula oblonga. |