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Masc.
41 a. Desde 1991 vem apresentando quadro de cefaléia e déficit
visual. Diagnosticado tumor selar, sendo realizada ressecção
por craniotomia em outro serviço em 1992 e submetido a RT. Vinha
bem quando iniciou novamente déficit visual progressivo. Foi novamente
identificada massa selar e optado por ressecção transesfenoidal.
Acompanhado ambulatorialmente com nova piora do déficit visual.
Em 11/2005 submetido a ressecção por craniotomia fronto-lateral
D. Aspecto intraoperatório – tumor encapsulado, com compressão
dos nervos ópticos, especialmente o D, que se encontrava muito adelgaçado.
Em pequena parte do tumor havia porção cística com
líquido de coloração escura. O restante era
de aspecto avermelhado, vascularizado, sangrante, com áreas fibrosas
densas alternando com áreas de tecido mais frouxo aspirável.
Realizada exérese máxima possível da porção
intradural, com descompressão dos nervos ópticos e carótidas.
Quadro comparativo abaixo: melhores cortes de RM em três datas. Exames em detalhe: TC abril 2002; RM: maio 2002, jan 2004. |
MELHORES
CORTES EM TRÊS DATAS,
CORONAL, SAGITAL, T1 COM CONTRASTE |
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20/5/02 | 26/1/04 | 5/4/05 |
Em 2002, lesão expansiva intraselar, sólida, bem delimitada, com impregnação homogênea pelo contraste (comparar no exame completo) com extensão ao seio cavernoso E, onde desloca e envolve a A. carótida interna. O tumor não se estendia à cisterna supraselar e o quiasma óptico não era comprimido. Nos dois exames subseqüentes, o tumor aumentou de volume, crescendo para a cisterna supraselar e comprimindo o quiasma óptico para cima, de encontro às Aa. cerebrais anteriores. O tumor insinuou-se também no seio cavernoso D, englobando parcialmente a A. carótida interna. |
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Com contraste | ||
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CORTES CORONAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
Relações do tumor com estruturas vizinhas, corte coronal em T1, com contraste. A lesão tem expansão maior à E, onde envolve parcialmente a A. carótida intracavernosa. À D., o seio cavernoso aparece brilhante devido ao baixo fluxo do sangue (já a carótida dá ausência de sinal ou flow void devido ao alto fluxo). Superiormente, o tumor chega até o quiasma óptico mas não o comprime. O quiasma tem espessura e características de sinal normais. | |
Notar que a A. cerebral anterior logo após a bifurcação da carótida (segmento A1) passa imediatamente acima do quiasma. Quando há elevação do quiasma por uma lesão na região selar, o quiasma é pressionado contra a A. cerebral anterior e lesado pela pulsação da mesma. |
T1 SEM CONTRASTE | ||
T2 | ||
COMPARAÇÃO | ||
T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE | T2 |
CORTES SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
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CORTES CORONAIS, T1 COM CONTRASTE. Houve aumento de volume da lesão, que passou a ter expansão supraselar e comprimir o quiasma óptico. | ||
Comparação
do quiasma em dois exames em cortes coronais em T2.
Em 2002, o quiasma não está comprimido, apenas um pouco inclinado pelo tumor, que é maior à E. Em 2004, o quiasma está deslocado para cima e assume forma angulada. Notar relação topográfica entre as Aa. cerebrais anteriores e o quiasma. |
COMPARAÇÃO, CORTES CORONAIS (2004) | ||
T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE | T2 |
CORTES SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
Comparação de duas datas em cortes sagitais, em T1 com contraste. Houve considerável expansão do tumor para a cisterna supraselar, comprimindo o quiasma óptico contra as Aa. cerebrais anteriores. | |
COMPARAÇÃO
DE TRÊS DATAS,
CORONAL, SAGITAL, T1 COM CONTRASTE. |
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20/5/02 | 26/1/04 | 5/4/05 |
Como a diferença entre os exames de 2004 e 2005 era pequena, omitimos detalhes deste último. |
Caso do Serviço de Neurocirurgia da Santa Casa de Limeira, gentilmente contribuído pelo Dr. Paulo Roland Kaleff. |
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