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em plexo sacral e nervo ciático. 1. Macro, HE |
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Fem. 38 a. Clique para história clínica, RM, macroscopia, destaques da microscopia, HE, tricrômico de Masson, imunohistoquímica, microscopia eletrônica. |
Espécime
cirúrgico.
Massa irregular de tecido, pardacenta, mostrando em uma das superfícies fascículos nervosos pertencentes ao nervo ciático, segundo as informações clínicas e de imagem. |
Em corte, observa-se tecido branco homogêneo, levemente lobulado, com aspecto 'em carne de peixe'. O tumor situa-se subjacente aos fascículos nervosos, separando-os e distendendo-os. | |
Destaques da microscopia. | ||
HE. Caráter primitivo, células pequenas em meio a reação desmoplásica e com alto poder de invasão | Células redondas regulares, citoplasma muito escasso, lembram linfócitos. | Células condensadas, hipercromáticas 'amassadas', interpretadas como em sofrimento ou necrose incipiente |
Extensas áreas de necrose coagulativa | Reação desmoplásica - tecido fibroso colágeno induzido pelo tumor | Infiltração de tecido adiposo |
Êmbolos venosos | Trombose em vasos infiltrados pela neoplasia | Infiltração de nervos englobados pelo tumor. Necrose de nervos |
Masson. Tumor. Reação desmoplásica | Infiltração de tecidos moles | Êmbolos venosos |
Infiltração de nervos | Nervos não infiltrados - axônios mielínicos com aspecto em espinha de peixe | Axônios degenerados (por compressão / isquemia) - grumos de mielina |
Destaques da imunohistoquímica e da microscopia eletrônica. |
Aspecto
geral do tumor.
Cortes pela massa neoplásica branca e homogênea mostram população monótona de células altamente indiferenciadas, lembrando linfócitos, formando aglomerados e permeando entre traves de tecido fibroso densamente colageneizado, interpretado como reação desmoplásica. O tumor infiltra nervos, vasos e tecido adiposo. Os limites são imprecisos, salientando o caráter intensamente invasivo da neoplasia. |
pPNET - células neoplásicas. As células neoplásicas são fortemente indiferenciadas, mostrando núcleo redondo, com cromatina densa, e citoplasma róseo escasso. Há grande uniformidade celular, praticamente sem pleomorfismo nuclear. Nucléolos são vistos em alguns núcleos, mas não são proeminentes. Há figuras de mitose e apoptose. | |
Células
escuras, hipercromáticas, 'amassadas'.
Estas células hipercoradas chamavam a atenção em muitos campos do tumor, geralmente formando agrupamentos mesclados às células maiores, mais claras e de contorno arredondado. Inicialmente as atribuímos a artefatos de compressão, mas a universalidade do achado fala a favor de necrose focal, numa etapa inicial, antes da cariolise (rexe do DNA nuclear). É curioso que estas células, ao contrário das viáveis, não expressavam vários antígenos, como vimentina, sinaptofisina, CD99, CD56 e queratinas (AE1AE3). Isto fala a favor de alteração vital, e não de um mero artefato mecânico. Estas células adensadas eram também corriqueiras em microscopia eletrônica. Lembram aspecto comum no carcinoma indiferenciado de pequenas células do pulmão, do tipo oat cell. |
Necrose.
Extensas áreas de necrose coagulativa estavam presentes. |
Reação
desmoplásica.
Chama a atenção em extensas áreas do tumor a proeminência de tecido conjuntivo vascularizado, com fibras colágenas espessas. O caráter relativamente frouxo e desorganizado não favorece que pertença a estruturas pré-existentes, como tendões ou ligamentos. Parece mais provável que seja tecido fibroso neoformado induzido pelo tumor. Achado semelhante já foi observado em outro exemplo de pPNET. Para aspectos em tricrômico de Masson, clique. |
Infiltração
de tecidos moles.
As células neoplásicas na periferia da massa insinuam-se entre células adiposas e vasos, sem limites precisos, feições que indicam caráter altamente maligno da neoplasia. |
Êmbolos
venosos.
Não eram raras massas de células neoplásicas no interior de vasos, particularmente pequenas veias. Esses êmbolos podiam estar soltos ou aderidos à parede. Mesmo não mostrando invasão do vaso naquele plano de corte, eram evidência eloqüente de que em outro local células tumorais haviam permeado a parede vascular. Êmbolos venosos são presságio de metástases por via hematogênica, principalmente para fígado e pulmões. |
Invasão
vascular causando trombose.
A infiltração neoplásica de pequenas veias era acompanhada por trombose, recente ou em organização, por lesão das células endoteliais. Os trombos por sua vez podem também originar êmbolos que veiculam as células neoplásicas à distância. |
pPNET
- envolvimento de artéria.
O tumor circunda uma pequena artéria, sem invadi-la. Ao contrário do intenso envolvimento venoso, as artérias são englobadas, mas não infiltradas. Ver aspectos também em tricrômico de Masson. |
pPNET
- envolvimento de nervos.
Alguns ramos nervosos, como ao lado, eram circundados pelo tumor, mas não invadidos. Aqui se trata efetivamente de nervos, não raízes, pois o tumor situava-se fora do espaço subaracnóideo. Como fascículos nervosos são delimitados por perinêurio, é possível que esta barreira tenha sido eficiente em impedir o avanço das células neoplásicas. Outros nervos, porém, apresentavam-se infiltrados. Ver exemplo. |
pPNET
- Necrose de nervos.
Em um fascículo nervoso, observamos necrose coagulativa extensa, com perda das células de Schwann. Os núcleos destas, que são caracteristicamente ondulados, desapareceram. O fenômeno pode ser de natureza isquêmica, causado por compressão dos vasa nervorum pelo tumor. |
Infiltração
neoplásica de nervos.
Em alguns pequenos ramos nervosos, as células neoplásicas venceram a barreira do perinêurio e são vistas no interior do fascículo, entre os axônios e células de Schwann. O achado enfatiza uma vez mais o caráter excepcionalmente agressivo dos tumores neuroectodérmicos primitivos periféricos. Para textos sobre a entidade, ver no rodapé desta página. |
Agradecimentos. Processamento e cortes histológicos pelos técnicos Aparecido Paulo de Moraes e Viviane Ubiali. Departamento de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | ||||
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