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Aspecto
geral do tumor.
Neoplasia maligna sólida, densamente celular, de arquitetura incaracterística, composta por células pequenas e indiferenciadas, com núcleo arredondado e citoplasma escasso. Traves de tecido fibroso colágeno, provavelmente de ligamentos infiltrados, recortavam o tumor. Fragmentos de trabéculas ósseas denotavam invasão das vértebras. Imunohistoquímica para proteína S-100 demonstrou raízes nervosas infiltradas. Reação imunohistoquímica mais importante para o diagnóstico - CD99. |
Caráter monótono. As células têm núcleos relativamente regulares, com cromatina densa, sem nucléolo evidente, e com citoplasma róseo muito escasso e de limites imprecisos. Há certa variação do volume e forma dos núcleos, mas aberrações nucleares grosseiras são incomuns. Figuras de mitose e áreas de necrose foram raras na pequena amostra submetida para exame. | |
Infiltração de partes moles. |
Infiltração óssea. Trabéculas ósseas envolvidas por tecido neoplásico viável ou necrótico. Para exames de imagem demonstrando lise e esclerose ósseas secundárias a infiltração tumoral, clique. |
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Tricrômico de Masson. Nesta coloração, as fibras colágenas coram-se em azul. As células do tumor coram-se em vermelho vivo no citoplasma, e os núcleos em roxo. O destaque dado ao colágeno permite notar que muitas das faixas azuis que cruzam o tumor são constituídas por fibrilas arranjadas em paralelo, como o colágeno encontrado em ligamentos. Isto sugere que o tecido fibroso provenha destes (como o ligamento longitudinal posterior) e/ou da dura-máter espinal, salientando o caráter altamente agressivo da neoplasia. |
Reticulina.
A impregnação argêntica para fibras reticulínicas mostra que praticamente não há reticulina entre as células neoplásicas, e que estas não a produzem. A pouca reticulina existente está em torno de vasos e nos feixes de colágeno demonstrados acima com tricrômico de Masson. Mais uma vez, a orientação ordenada e paralela das fibras reticulínicas sugere que as traves colágenas correspondam a ligamentos infiltrados e divulsionados pelo tumor. |
Reticulina em regiões perivasculares. | |
Reticulina ausente no tumor. Fibras como a demonstrada abaixo são provavelmente pré-existentes. | |
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CD99
(proteína MIC-2; proteína p30/32) é uma proteína
membrano-citoplasmática de função incerta, expressada
em virtualmente todos os PNETs e sarcomas de Ewing. A especificidade para
linhagem neuroectodérmica não é absoluta, pois pode
marcar 90% dos linfomas linfoblásticos, < 15% dos rabdomiossarcomas
alveolares e até 20% dos Cas. neuroendócrinos.
Para outros marcadores em PNETs periféricos, clique. |
CD99. Marcação forte e universal, citoplasmática e de membranas, nas células neoplásicas. | |
VIM. Vimentina, um filamento intermediário presente no citoplasma de células de variadas linhagens, é positiva em grande parte das células tumorais. A delicadeza da reação permite visualizar figuras de mitose e de apoptose. | |
S-100. Proteína S-100 é negativa nas células neoplásicas, mas demonstra axônios passando pelo tumor. O anticorpo é positivo nas células de Schwann, não propriamente nos axônios (estes seriam demonstráveis por NF, proteína de neurofilamento). A localização original destes axônios mielínicos seria, com toda probabilidade, em raízes infiltradas, cuja arquitetura foi destruída pela lesão. Mais uma vez, o achado ressalta a marcada agressividade desses PNETs periféricos. |
Ki-67. Marcador de proliferação celular positivo em cerca de 15 a 20% dos núcleos tumorais (estimativa visual sem contagem), compatível com o rápido crescimento da lesão. |
Obs. Negativo para: NSE, SNF, cromogranina, CD56; LCA, CD20, CD3, bcl-2, kappa, lambda, desmina, EMA, AE1AE3. |
Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Santa Casa de Limeira, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes. Limeira, SP. |
Para destaques dos exames de imagem desta paciente, clique » | |
Para detalhes dos exames de imagem, clique. |
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