|
1. HE |
|
Destaques da microscopia. Neste caso, o exame histológico foi surpreendente, pois pelos exames de imagem do crânio, particularmente a ressonância, tudo levava a crer que se tratasse de um meningioma de asa do esfenóide. Clique para exemplos deste tumor (imagem, histologia). Contudo, o diagnóstico final foi um adenocarcinoma pouco diferenciado, o qual, segundo investigações posteriores, provavelmente se originou no endométrio. | ||
HE. Tumor: adenocarcinoma pouco diferenciado | Infiltração tumoral e neoformação óssea em asa do esfenóide | Infiltração da dura-máter |
AE1AE3. Positividade citoplasmática focal. CK7 - semelhante | EMA. Positividade citoplasmática e em membranas | RP. Positividade nuclear focal. Positividade também em células aracnóideas |
|
Tecido
tumoral.
Exame dos fragmentos não ósseos revelou neoplasia epitelial maligna constituída por células pouco diferenciadas em arranjo cordonal, freqüentemente formando luzes glandulares. Havia extensas áreas de necrose. |
Detalhes celulares. O caráter epitelial das células neoplásicas, em arranjo sólido ou formando glândulas, definiu o diagnóstico como de adenocarcinoma pouco diferenciado metastático. | |
Mitoses.
Figuras de mitose eram freqüentes, geralmente típicas. |
Apoptose. Figuras de apoptose (corpos apoptóticos) eram também comuns, notadas como corpúsculos eosinófilos, com agregados basófilos por vezes arranjados em meia lua na periferia. São habituais em qualquer neoplasia de alto grau de malignidade. | |
Infiltração
óssea por adenocarcinoma.
Os fragmentos ósseos enviados em separado apresentavam numerosos grupos de células neoplásicas nos espaços medulares e junto às trabéculas, freqüentemente estimulando neoformação óssea. O tumor propriamente dito era semelhante ao descrito acima. |
Neoformação
óssea, fibrose dos espaços medulares.
Em vários campos observava-se neoformação óssea, caracterizada por deposição de matriz óssea e linhas cementantes. Nos espaços medulares, notava-se proliferação de tecido fibroso jovem e ausência de tecido adiposo. Em ressonância magnética, isto se traduz por perda do hipersinal da gordura, como no exemplo abaixo, na seqüência FLAIR. |
O
osso novo é formado por estimulação
dos osteoblastos, que proliferam e sintetizam proteínas (colágeno
e proteoglicanas) adequadas à calcificação.
À medida que os osteoblastos produzem matriz, vão sendo envolvidos por esta, e ficam incorporados ao osso novo, chamado em inglês de woven bone ou osso trançado, devido à arquitetura fibrilar e irregular. O osso antigo (lamelar) tem aspecto em lamelas regulares. |
|
Para ossificação encondral e membranosa, neoformação óssea em fraturas e em osteomielite crônica, clique. |
Canais de Havers. O osso cortical ou compacto tem um sistema de canais aproximadamente paralelos, chamados canais de Havers, que são ligados por canais transversais ou de Volkmann. Ambos contêm vasos. Cada canal de Havers é circundado por camadas concêntricas de osso lamelar, que abriga osteócitos, também arranjados em anéis concêntricos. Cada osteócito vive em sua pequena lacuna, e se comunica com os vizinhos e com o canal de Havers por diminutos canalículos. O interior de cada canal de Havers é forrado por osteoblastos inativos ou células osteoprogenitoras. O mesmo ocorre na superfície interna da cortical óssea e superfície externa das trabéculas ósseas do osso esponjoso. São as celulas desta camada, chamada endósteo, que depositam osso novo quando ocorre remodelação óssea. |
Infiltração neoplásica dos canais de Havers. As células neoplásicas, com sua intensa capacidade infiltrativa, penetram nos canais vasculares de Havers e estimulam a proliferação dos osteoblastos que forram internamente os mesmos. Os osteoblastos produzem matriz óssea nova, que difere nitidamente da matriz antiga por ser mais frouxa e desestruturada (daí o termo inglês woven bone, ou osso trançado). A interface entre a matriz antiga e a nova corresponde à linha cementante. |
Mais
exemplos de neoformação óssea.
As trabéculas de osso recém depositado são mais celulares que as antigas por conter maior quantidade de osteoblastos. Estes, tão logo se formam, são envolvidos pelas proteínas (matriz óssea) que eles próprios secretam. |
Infiltração
da dura-máter por adenocarcinoma.
Os fragmentos de tecido fibroso denso apresentam ilhotas de tecido neoplásico que crescem entre os feixes colágenos da dura-máter. Correspondem à parte do tumor que se projeta para o lobo temporal nas imagens de RM. |
Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Centro Médico de Campinas, gentilmente contribuído pelos Drs. Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff, Antonio Augusto Roth Vargas e residentes, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | RM | IH |
Exemplos de meningioma de asa do esfenóide e meningioma causando hiperostose |
Metástases cerebrais na graduação:
neuropatologia, neuroimagem. |
Mais casos de metástases:
neuropatologia, neuroimagem |
Características
de imagem
de metástases cerebrais |
Sobre metástases cerebrais |
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Estudos de casos |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Estudos de Casos |
Roteiro
de aulas |
Textos
de apoio |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
Índice alfabético - Neuro | Adições recentes | Banco de imagens - Neuro | Textos ilustrados | Neuromuscular | Patologia - outros aparelhos | Pages in English |
|