|
2. Imunohistoquímica |
|
QUADRO DE RESUMO. Há positividade focal tanto para antígenos gliais (GFAP, VIM) como neuronais (SNF, CD56, CD57), indicando a natureza imatura das células neoplásicas, que podem se diferenciar para ambas linhagens. | ||
GFAP. Positividade focal em células tumorais. | VIM. Idem. | SNF. Idem. |
CD56. Positivo em rosetas de Homer Wright. | CD57. Positivo em rosetas de Homer Wright e citoplasma em algumas células tumorais. | NF. Negativo nas células tumorais, controle interno positivo. |
CD34. Positivo em vasos. | Ki67. Positivo em 10-15%. | p53. Negativo. |
GFAP. O tumor produz muito pouco GFAP, limitado a poucos grupos de células com diferenciação astrocitária (ver abaixo). Contudo, onde a neoplasia infiltra as folhas cerebelares, há gliose reacional por parte dos astrócitos lá existentes. |
As folhas infiltradas aparecem muito espessas e com perda da arquitetura. As áreas amareladas são de gliose, as azuis de tecido neoplásico infiltrativo. Na leptomeninge, obviamente, não há gliose. |
Astrócitos reacionais em áreas de gliose. Os astrócitos reativos são do tipo gemistocítico, com citoplasma abundante e positivo para GFAP. Os núcleos destes astrócitos são menores que os das células neoplásicas e não são hipercromáticos. | |
Células
neoplásicas com produção de GFAP (diferenciação
astrocitária).
Em áreas constituídas exclusivamente por células tumorais,
algumas mostravam citoplasma reagente para GFAP. Os critérios para
considerar estas células como neoplásicas e não pré-existentes
foram os prolongamentos curtos e simplificados e os núcleos volumosos,
hipercromáticos e atípicos, característicos de células
malignas.
A produção de GFAP, uma proteína característica de astrócitos, indica diferenciação astrocitária no tumor. O fenômeno, porém, era focal, limitado a poucas áreas. A grande maioria das células era negativa. |
|
Áreas negativas para GFAP. Áreas não reativas eram a regra. | |
Infiltração do córtex. As células neoplásicas infiltram a camada molecular em pequenos grupos, dissociando entre os prolongamentos dos astrócitos de Bergmann. Este tipo de astrócito, só visto no córtex cerebelar, tem seu corpo celular na camada de Purkinje e lança prolongamentos perpendiculares à superfície. Para mais sobre córtex cerebelar normal, clique. | |
VIM. Como com GFAP, há células indubitavelmente neoplásicas positivas para vimentina, embora constituam uma pequena minoria. As células que infiltram o córtex cerebelar não raro a expressam. Consideramos esta feição indicativa de diferenciação astrocitária. Vasos marcam-se, como habitual. | |
Positividade em células que infiltram a camada molecular. | |
Células que infiltram a camada granulosa. | |
Positividade no centro do tumor. | |
Área negativa. Marcação nos vasos. | |
NSE. Marcação citoplasmática difusa e positividade mais acentuada em células isoladas. | |
NF. Neurofilamento foi negativo em todo o tumor, inclusive em rosetas de Homer Wright. Há abundante controle interno positivo. Todos axônios encontrados foram considerados préexistentes. | |
NF - Controle interno. | |
SNF. Ao contrário de NF foram encontrados grupos de células tumorais com positividade citoplasmática para sinaptofisina. Curiosamente, as rosetas de Homer Wright, consideradas classicamente como evidência de diferenciação neuronal, foram sistematicamente negativas, como já havia ocorrido com NF. | |
CD56. Os antígenos CD56 e CD57, que representam moléculas de adesão de células neurais, foram fortemente positivos no tumor. CD56 foi positivo principalmente na região central das rosetas de Homer Wright, que havia sido negativo com NF e SNF. | |
CD57. Marcou rosetas e teve positividade citoplasmática em algumas células. | |
CD34. Marca apenas vasos, demonstrando a vascularização pouco exuberante do tumor. De modo geral os vasos têm paredes finas e são espaçados entre si. Formações glomerulóides são raras. | |
Ki-67. Como esperado, este marcador de proliferação celular foi positivo em alta percentagem dos núcleos (10 a 15% numa estimativa sem contagem). Células em mitose marcaram-se, inclusive no citoplasma. | |
p53. Negativo em toda a amostra. | |
Para mais imagens deste caso, clique » |
|
|
|
HE, Retic. |
Este assunto na graduação | Mais casos de meduloblastoma :
imagem, patologia |
Características de imagem dos meduloblastomas | Textos :
meduloblastomas meduloblastoma de extensa nodularidade |
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Estudos de casos |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Estudos de Casos |
Roteiro
de aulas |
Textos
de apoio |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
Índice alfabético - Neuro | Adições recentes | Banco de imagens - Neuro | Textos ilustrados | Neuromuscular | Patologia - outros aparelhos | Pages in English |
|