Linfoma do SNC em paciente HIV + 
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Espécime. Obtido por craniotomia, consistia de abundantes fragmentos branco-acinzentados incluídos totalmente em parafina em duas etapas, resultando quatro blocos.  Em lâminas coradas por HE, a quase totalidade do material era necrótico (necrose coagulativa).  Escassas áreas de tecido viável permitiram o diagnóstico. 
Aspecto geral. 

Material necrótico (à E) e tecido nervoso infiltrado por células de núcleos escuros, contendo também astrócitos reacionais. 

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Infiltração linfomatosa difusa.  As células neoplásicas de linhagem linfóide permeiam o tecido nervoso irregularmente, sem limites nítidos. 
Células neoplásicas.  São de linhagem linfóide B (ver imunohistoquímica para CD20), mas outras células estão presentes, entre elas linfócitos T não neoplásicos (positivos para CD3) e macrófagos (positivos para CD68). As células neoplásicas mostram núcleos volumosos e hipercromáticos, com variação de volume. Observam-se algumas mitoses. 
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 Infiltração linfomatosa perivascular.  Cria manguitos de células neoplásicas ao redor de vasos, ricos em fibras reticulínicas. Em muitos, a infiltração destrói as células endoteliais, propiciando trombose, que contribui para a extensa necrose. 
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Destruição de pequenos vasos pelas células neoplásicas. Em diversos vasos, as paredes são infiltradas e as células endoteliais destruídas, com obliteração total. 
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Necrose coagulativa.   Constituia mais de 95% do material, chegando a temer-se, no primeiro bloco examinado, que não seria possível diagnóstico. 
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Infiltração do tecido nervoso, com gliose. Astrócitos gemistocíticos reacionais são notados em meio às células neoplásicas nas poucas áreas de tecido viável. São bem demonstrados por GFAP.
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RETICULINA. Impregnação argêntica para reticulina mostra abundantes fibras formando densa trama nas áreas de infiltração neoplásica difusa, e destaca os manguitos perivasculares. As fibras reticulínicas permanecem em áreas necróticas, sendo a técnica útil em casos em que a extensa necrose torna o diagnóstico difícil em HE. 
Coroas perivasculares de fibras reticulínicas. 
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IMUNOHISTOQUÍMICA
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CD20. Marca as células neoplásicas, que pertencem à linhagem B, demonstrando a infiltração linfomatosa difusa e perivascular. 
Infiltração difusa.  As células neoplásicas permeiam o tecido nervoso, denotadas pela marcação por CD20 na membrana plasmática. Os núcleos são atípicos, maiores que os de linfócitos normais, com cromatina frouxa, nucléolo evidente e, ocasionalmente, binucleação. 
Infiltração perivascular. Células neoplásicas formam espessos manguitos, especialmente em volta dos vasos maiores. Em alguns, é possível notar substituição praticamente completa da parede vascular pelos linfócitos tumorais. 
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CD3. Marca linfócitos T, que são não neoplásicos e menores que os linfócitos B neoplásicos (estes, não marcados). 
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CD68. Marca numerosos macrófagos que não participam da neoplasia, tendo sido recrutados secundariamente devido ao dano tecidual causado pelo tumor. Correspondem a células grânulo-adiposas e  fagocitam restos necróticos. Há leve marcação de fundo (inespecífica) do citoplasma de algumas células neoplásicas. 
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GFAP. Demonstra os astrócitos hipertróficos reativos (gemistocíticos), secundários à lesão tecidual.  Os astrócitos gemistocíticos têm citoplasma abundante e muitos prolongamentos. As células neoplásicas são negativas. 
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Para mais imagens deste caso:  RM de episódio de toxoplasmose cerebral TC e RM do linfoma cerebral
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