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3. Imunohistoquímica para linfócitos, macrófagos, Ki-67 |
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Fem. 48 a. Clique para história clínica, RMs de 13/7/12 e 14/12/12, comparação das duas datas, biópsia estereotáxica - destaques; HE, LFB-Nissl, imunohistoquímica para GFAP, VIM, NF, CD3, CD20, CD68, HAM-56, Ki-67. |
CD3.
Este marcador de linfócitos T demonstrou muitas células nos manguitos inflamatórios perivasculares e no tecido nervoso entre os macrófagos e astrócitos. O achado parece consistente com um ataque de células imunocompetentes às baínhas de mielina. |
CD20.
A população de linfócitos B, marcados por CD20, era muito menor que a dos linfócitos T. Estavam presentes em alguns manguitos perivasculares, e só muito esparsamente no tecido nervoso. A desproporção sugere maior papel da imunidade celular que da humoral na gênese da lesão. |
CD68.
Marcador de macrófagos, demonstra a grande população destas células no tecido desmielinizado. A positividade é citoplasmática, e deve-se à marcação dos lisossomos. Para breve texto sobre este marcador, clique. |
CD68. Como as baínhas de mielina são atacadas pelo processo autoimune, degeneram liberando lípides que são fagocitados pelos macrófagos. Estes assumem aspecto espumoso claro em HE, sendo conhecidos como células grânulo-adiposas. Os macrófagos podem provir da micróglia (macrófagos residentes no SNC) ou de monócitos do sangue. Após exercer a fagocitose, os macrófagos saem do cérebro por vênulas, podendo às vezes ser vistos concentrados nos espaços de Virchow-Robin (já que, no sistema nervoso central, não há vasos linfáticos). Os astrócitos são reconhecíveis pelo citoplasma amplo, negativo para CD68. | |
HAM-56.
Outro anticorpo útil para a demonstração de macrófagos. Para breve texto, clique. Repete os achados com CD68, acima. |
Ki-67.
Em vista de tratar-se de um processo inflamatório, o grande número de núcleos marcados por Ki-67 foi surpresa, levantando até, transitoriamente, a hipótese de neoplasia. Esta foi afastada pelo conjunto do caso e outras reações imunohistoquímicas para células hematológicas. Não identificamos a natureza das células marcadas, mas presumivelmente se trata, na maioria, de macrófagos e linfócitos. |
Ki-67. As observações sugerem que uma grande parte das células atuantes do processo desmielinizante são produzidas localmente. Foi observada até uma figura de mitose. Não foi notada marcação de astrócitos gemistocíticos. | |
Ki67. Células marcadas em manguitos perivasculares. | |
Ki-67. Células não marcadas. A maioria são astrócitos gemistocíticos, reconhecendo-se também alguns macrófagos xantomatosos. | |
Caso enviado
em consulta e gentilmente contribuído pelo Dr. Ernane Pires Maciel,
neurologista, Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e Faculdade de
Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), Brasília,
DF.
Agradecimentos aos colegas hemopatologistas Prof. Dr. José Vassallo e Dr. Leandro Luiz Lopes de Freitas, do laboratório Multipat de Campinas, SP, pela colaboração neste caso. Imunohistoquímica pelas técnicas Sras. Ana Claudia Sparapani Piaza, Arethusa de Souza e Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis. Laboratório de Pesquisa, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | ||||
1a. RM | 2a. RM | HE, LFB-Nissl | GFAP, VIM, NF | CD3, CD20, CD68, HAM-56, Ki-67 |
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