|
simulando astrocitoma difuso na imagem. 1. HE |
|
Aspecto
geral em HE.
Em aumento fraco, em HE, chama a atenção o caráter frouxo e hidratado do tecido, com baixa celularidade, o que desde logo fala contra a hipótese inicial de lesão neoplásica. Com maior aumento, as células predominantes são astrócitos gemistocíticos e macrófagos xantomatosos, estes comumente agrupados nos espaços de Virchow-Robin, formando manguitos perivasculares. |
Macrófagos xantomatosos. Estas células com citoplasma claro e microvacuolado resultante da fagocitose de lípides eram encontradas principalmente em torno de vasos. Formavam manguitos nos espaços perivasculares de Virchow-Robin, de onde gradualmente ganham a acesso à luz vascular a caminho da eliminação. Macrófagos xantomatosos em abundância sugerem lesão desmielinizante, já que as baínhas de mielina degradadas são englobadas e digeridas pelos mesmos. Podem derivar da micróglia (macrófagos residentes no tecido nervoso) ou do sangue (monócitos). | |
Macrófagos xantomatosos livres no tecido. Também se observam macrófagos xantomatosos no tecido nervoso sem relação com espaços perivasculares. Para estas células em imunohistoquímica para CD68, clique. | |
Astrócitos gemistocíticos. Os astrócitos na região desmielinizada mostram citoplasma amplo e eosinófilo (róseo), rico em fibrilas gliais (ver imunohistoquímica para GFAP). O aspecto corresponde a gliose, ou seja, reação cicatricial à perda das baínhas de mielina. Gliose é um fenômeno inespecífico e estas células assemelham-se a astrócitos hiperplásicos vistos em outros tipos de lesão do sistema nervoso central, como infartos e meningites. Notar que a quantidade de astrócitos é bem menor do que a esperada em uma neoplasia, mesmo de baixo grau, e não há atipias nucleares. | |
Astrócitos gemistocíticos com gotículas lipídicas. Chama a atenção que vários astrócitos gemistocíticos apresentam citoplasma vacuolado, presumivelmente contendo gotículas lipídicas. É possível que estas células tenham incorporado lípides resultantes da degeneração da mielina. Astrócitos lipidizados são encontrados também em tumores do SNC, como o xantoastrocitoma pleomórfico, e em alguns glioblastomas (1) (2). | |
Caso do Hospital Augusto de Oliveira Camargo, Indaiatuba, SP, gentilmente contribuído pelos Drs. Hélvio Leite Alves (Neurocirurgião), Renata de Marchi Triglia e Rita de Cássia Perina Martins (Laboratório de Anatomia Patológica). |
Para mais imagens deste caso, clique » | TC, RM | IH |
|
Casos de neuroimagem | Banco de imagens
(1) (2) (3) (4) |
Texto complementar |
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Estudos de casos |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Estudos de Casos |
Roteiro
de aulas |
Textos
de apoio |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
Índice alfabético - Neuro | Adições recentes | Banco de imagens - Neuro | Textos ilustrados | Neuromuscular | Patologia - outros aparelhos | Pages in English |
|