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6. Microscopia eletrônica |
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Destaques da microscopia eletrônica. Microscopia eletrônica de outro caso. | ||
Pequeno aumento | Células tumorais | Membrana basal |
Filamentos intermediários | Desmossomos, hemidesmossomos | Células fantasma |
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O epitélio
neoplásico em
ME reproduz os aspectos em HE.
A camada basal de células colunares arranjadas em paliçada está apoiada sobre o tecido conjuntivo de um eixo conjuntivo vascular ou da periferia do tumor. As camadas adjacentes (em cima, na foto) têm células pavimentosas presas entre si por seus prolongamentos, criando um aspecto reticulado. Este é acentuado pela maior quantidade de líquido extracelular. |
O tecido
conjuntivo
junto ao epitélio é constituído por fibras colágenas arranjadas em feixes, e vários perfis celulares (na maior parte, de fibroblastos). As células da camada basal apóiam-se sobre uma membrana basal. |
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As células
tumorais
têm características tipicamente epiteliais, com limites nítidos, grande quantidade de tonofilamentos no citoplasma (filamentos intermediários do citoesqueleto), e estão unidas entre si por numerosos desmossomos. Clique para detalhes destas estruturas. |
As células
reticulares
apresentam na periferia várias projeções digitiformes que se entrelaçam e fazem contato, envolvendo espaços preenchidos por líquido extracelular. Desmossomos são comumente observados unindo esses prolongamentos. |
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A membrana
basal
subjacente ao epitélio do craniofaringioma é semelhante à encontrada nos epitélios em geral, como a epiderme. É uma camada fina, sintetizada pelas próprias células epiteliais, e formada pelo entrelaçamento de moléculas proteicas, como a laminina e o colágeno do tipo IV. A membrana basal dá apoio às células epiteliais, que ficam presas a ela por complexos juncionais do tipo hemidesmossomo. |
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As células epiteliais dos craniofaringiomas são queratinócitos, ou seja, semelhantes às células basais e às espinhosas ou de Malpighi da epiderme. Por isso, apresentam abundantes filamentos intermediários no citoplasma, constituídos principalmente por formas da proteína queratina, como demonstrável com imunohistoquímica (em outro caso) para AE1AE3, CK7, CK5/6, entre outras. |
Os filamentos
intermediários
destas células são também chamados tonofilamentos, porque são responsáveis por manter a forma e a integridade das células, que, nos epitélios normais, são submetidas a fortes tensões. Aqui os vemos como filamentos muito eletrodensos, ondulados, distribuídos pelo citoplasma como um reticulado arranjado concentricamente em torno do núcleo.
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Os tonofilamentos
estão inseridos nos desmossomos,
(junções intercelulares), que garantem a coesão das
células epiteliais.
O conjunto (tonofilamentos e desmossomos) permite distribuir e homogeneizar as tensões entre as células. |
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Desmossomos
são
junções intercelulares semelhantes a rebites que soldam cada
célula epitelial a suas vizinhas.
Na foto
ao lado, esta célula em corte tangencial é circundada por
desmossomos em toda sua volta, lembrando uma coroa de espinhos.
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A curiosa estrutura no centro da foto é parte de uma célula epitelial do tumor com vários prolongamentos à maneira de tentáculos em várias direções. Pelo menos um deles faz contato com a célula vizinha à esquerda através de um desmossomo. |
Abaixo, vários exemplos de desmossomos unindo células do tumor. Para mais sobre estas e outras junções intercelulares, clique. Desmossomos são também habituais em meningiomas. |
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Células
fantasma em microscopia eletrônica.
Com ME, células fantasma mostram arcabouço de densos tonofilamentos entrelaçados, sem organelas entre eles, indicando que a célula está morta ou degenerada. Um remanescente de núcleo pode ou não estar visível. |
A arquitetura dos filamentos citoplasmáticos nas células fantasma é muito semelhante à dos tonofilamentos mostrados acima. Contudo, com imunohistoquímica, não há positividade para queratinas nas células fantasma. Abaixo, exemplos tirados de outro caso, de reações para AE1AE3 (pancitoqueratina) e 34bE12 (queratinas de alto peso molecular), ambas negativas na maior parte das células fantasma. |
Transição entre células viáveis e células fantasma é abrupta. |
Preparações de microscopia eletrônica pelas técnicas do Depto de Anatomia Patológica da FCM - UNICAMP, Sras. Marilúcia Ruggiero Martins e Geralda Domiciana de Pádua. A elas, nossos agradecimentos. |
Para mais imagens deste caso: | ||
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HE - ossificação, gliose pilocítica | Luz polarizada | Colorações especiais |
Peça GE-2 | Peça GE-4 | Lâmina
A. 244 |
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