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2. HE - epitélio tumoral. |
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Destaques da microscopia. Tumor em luz polarizada, microscopia eletrônica. Texto sobre craniofaringiomas. | ||
HE. Arquitetura geral | Camada basal | Camada reticular |
Eixos conjuntivo-vasculares | Transição para cistos | Cistos intratumorais |
Células fantasma | Calcificação | Ossificação |
Gliose pilocítica peritumoral | Masson | von Kossa |
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A superfície lisa do fragmento maior é constituída pelo epitélio tumoral assentado sobre finíssima camada de tecido conjuntivo, correspondendo à face externa do tumor. Detalhes abaixo. |
Arquitetura geral do tumor. O tecido neoplásico é epitelial, entremeado por cistos de varios tamanhos e texturas. Estes são variavelmente preenchidos por tecido conjuntivo muito frouxo e vasos, que podem ter desaparecido por completo, restando material filamentoso ou amorfo. |
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O epitélio é complexo, mas pode esquematicamente ser dividido em uma camada basal de células colunares em paliçada (apoiada em tecido conjuntivo ou glial) e camadas internas mais frouxas de células estreladas, separadas por abundante líquido intersticial e presas umas às outras por seus prolongamentos, dando um aspecto reticular. Geralmente, nesta camada, observam-se as células fantasma, que perderam o núcleo, aparecendo como massas eosinófilas arredondadas. |
Epitélio - camada basal. Camada única de células cilíndricas com arranjo em paliçada, apoiadas sobre tecido glial ou conjuntivo, conforme a área (dependendo se o tumor faz ou não contato, respectivamente, com o tecido nervoso naquela região). Abaixo, uma área da face externa do craniofaringioma, em contato com fina camada de tecido conjuntivo. Em outro quadro, área de contato com tecido cerebral, onde o tumor provocou intensa gliose do tipo pilocítico. | |
Epitélio - camada reticular. As células epiteliais adjacentes à camada basal dispõem-se em múltiplas camadas, com espaços intercelulares amplos, presas entre si por desmossomos, como observável em microscopia eletrônica. | |
Eixos conjuntivo-vasculares. O tumor é atravessado por eixos de tecido conjuntivo vascularizado frouxo, com capilares finos, células alongadas do tipo fibroblastos e matriz amorfa levemente basófila. Em áreas, nota-se redução do número de vasos e células até o desaparecimento total, dando origem aos cistos intratumorais. O epitélio que margeia os eixos conjuntivos e os cistos é do tipo basal, com células cilíndricas em paliçada. As camadas seguintes são do tipo frouxo reticular e/ou de células fantasma. |
Macrófagos de citoplasma espumoso fagocitando lípides são comuns nos espaços conjuntivos e uma expressão do processo degenerativo que leva à formação dos cistos. | |
Transição de tecido vascularizado para cisto acelular. O espaço abaixo mostra como, em áreas, o tecido conjuntivo vai ficando mais frouxo, mais hidratado, com menos vasos e células, até se tornar virtualmente acelular. Estes cistos acelulares são margeados por epitélio e dão o aspecto esponjoso e microcístico visível já macroscopicamente. Por dilatação e/ou confluência originam os grandes cistos contendo líquido 'em óleo de máquina' característicos do tumor. Para ver os cristais de colesterol contidos nestes cistos, clique. |
Cistos intratumorais. Derivam de eixos conjuntivo-vasculares degenerados, em que houve desaparecimento dos vasos e das células conjuntivas e inflamatórias. Suas dimensões são freqüentemente macroscópicas. |
Células fantasma. São células do epitélio neoplásico que sofreram uma modificação peculiar, com perda do núcleo, mas mantendo ainda a porção correspondente ao citoplasma, rósea, volumosa e com limites nítidos. Em microscopia eletrônica, esta parte corresponde ao arcabouço de citoesqueleto, constituído por filamentos muito espessos e em feixes, mas sem organelas de permeio. São, portanto, 'carcaças' de células, que têm forte tendência à calcificação. Podem ocupar extensas áreas, sendo macroscopicamente visíveis como massas amareladas ou esbranquiçadas. |
Células fantasma podem formar pequenos grupos coesos, geralmente em meio ao epitélio frouxo do tipo reticular. Os núcleos degenerados deixam um espaço claro. Os tonofilamentos do citoesqueleto modificados, cortados em vários planos, podem ficar evidentes como um enovelado róseo que preenche a célula. | |
Evolução para células fantasma. A formação das células fantasma parece ser um processo vital, pois é possível observar grupos de células já com a modificação típica do citoplasma, mas núcleo ainda de aspecto viável. Em áreas há, por vezes, transição de células nucleadas para as anucleadas clássicas, com vários graus de degeneração nuclear entre elas. Os núcleos condensam-se, perdem a definição da cromatina, tornando-se mais claros até desaparecer. No lugar ficam corpúsculos refringentes não corados ou simplesmente uma cavidade. Ver estas células também em luz polarizada e em microscopia eletrônica. | |
Células fantasma em luz polarizada. Células fantasma refringem (brilham) em luz polarizada devido à natureza orientada dos tonofilamentos (filamentos intermediários do citoesqueleto), que alteram o plano de vibração da luz polarizada. Abaixo, o mesmo preparado (corte em parafina corado por HE) visualizado em luz comum e com luz polarizada, quando os polaróides (filtros de polarização) estão cruzados num ângulo de 90º. Mais imagens. | |
HE | Luz polarizada. |
Células
fantasma em microscopia eletrônica.
Com ME, células fantasma mostram um arcabouço de densos tonofilamentos entrelaçados, sem organelas entre eles, indicando que a célula está morta ou degenerada. Um remanescente de núcleo pode ou não estar visível. |
Para mais imagens deste caso: | ||
TC, RM | Macro | HE - ossificação, gliose pilocítica |
Luz polarizada | Colorações especiais | Microscopia eletrônica |
Peça GE-2 | Peça GE-4 | Lâmina
A. 244 |
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Luz polarizada :
tecidos, cristais de colesterol |
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