Astrocitoma pilocítico de cerebelo. 
Padrão bifásico clássico 
(pilocítico + protoplasmático)

 
Aspecto geral do tumor
Tecido neoplásico astrocitário, moderadamente celular, alternando áreas muito frouxas e hidratadas com faixas mais ricas em fibrilas gliais.
O astrocitoma pilocítico é uma entidade nosológica, com comportamento biológico próprio e característico. Entre suas feições distintivas estão a idade e localização (predomínio em crianças e jovens, localização preferencial no cerebelo, região hipotalâmica e vias ópticas), e caráter bem delimitado.  Em exames de imagem, são freqüentemente sólido-císticos e impregnam-se fortemente por contraste.  Geralmente têm crescimento lento e bom prognóstico. Por isso são considerados na classificação da OMS dos astrocitomas como grau I

Os astrocitomas pilocíticos, enquanto entidade nosológica, têm dois padrões histológicos que geralmente coexistem num mesmo tumor, quais sejam, o padrão pilocítico e o protoplasmático, como neste exemplo. Porém, há casos em que só um dos dois é encontrado. Pode também haver padrão pilocítico sem fibras de Rosenthal, ou padrão protoplasmático sem degeneração microcística. 

As áreas mais ricas em fibrilas são constituídas por astrócitos do tipo pilocítico, ou seja, com prolongamentos retilíneos arranjados em feixes lembrando uma cabeleira.  Nestas áreas é comum encontrar-se fibras de Rosenthal. Estas áreas são ditas áreas pilocíticas com fibras de Rosenthal

As áreas frouxas são constituídas por astrócitos do tipo protoplasmático, ou seja, com prolongamentos curtos e pobres em fibrilas gliais. Entre eles ficam espaços claros ricos em água, que podem formar pequenos cistos. Estas áreas são ditas áreas protoplasmáticas com degeneração microcística

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Áreas pilocíticas com fibras de Rosenthal
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Áreas protoplasmáticas com degeneração microcística.
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Córtex cerebelar atrófico nas proximidades do tumor. Há redução da celularidade (número de núcleos por unidade de área) em todas as camadas, mais notadamente na camada granulosa.  Há grande despopulação das células de Purkinje, uma das poucas remanescentes demonstrada abaixo.  O motivo destas lesões é principalmente compressão pelo tumor, causando isquemia. 

 
IMUNOHISTOQUÍMICA
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GFAP. Tanto nas áreas pilocíticas como nas protoplasmáticas os astrócitos reagem positivamente no citoplasma para proteína glial ácida fibrilar (GFAP). 
Áreas pilocíticas. 
Áreas protoplasmáticas. 
Córtex cerebelar atrófico e gliótico. Os astrócitos reacionais, como a glia de Bergmann, são também ricos em GFAP. 
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VIM. Comporta-se de forma análoga ao GFAP. 
Áreas pilocíticas. 
Áreas protoplasmáticas. 
Córtex cerebelar atrófico e gliótico. 
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Ki-67. Há marcação de uma modesta proporção dos núcleos (estimado em cerca de 1%, sem contagem), compatível com o lento crescimento habitualmente visto neste tumor. 
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