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na 8a. década |
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Aspecto geral do tumor. | |
Neoplasia astrocitária ricamente vascularizada, com proliferação capilar exuberante. As células neoplásicas eram relativamente pequenas, com escassos prolongamentos curtos, e infiltravam o córtex cerebelar limítrofe. |
Astrócitos neoplásicos. As células neoplásicas eram de modo geral pequenas, alongadas ou estreladas, com prolongamentos curtos. Ocasionalmente esboçavam feixes, lembrando padrão pilocítico. Os núcleos eram hipercromáticos, com discreto pleomorfismo. Não foram observados padrão protoplasmático com degeneração microcística nem fibras de Rosenthal. Não foram encontradas áreas de necrose nem figuras de mitose. | |
Proliferação endotelial. Havia proeminente proliferação capilar, freqüentemente ao longo de superfícies, presumivelmente de cavidades císticas intratumorais, dando o chamado 'aspecto em guirlandas de flores'. Em outros locais, os pequenos vasos formavam tufos (pseudoglomérulos). | |
Infiltração
do córtex cerebelar.
As células neoplásicas infiltravam o tecido cerebelar adjacente, tanto a partir da profundidade como pela superfície, ao longo das leptomeninges. Havia proliferação capilar acompanhando a infiltração neoplásica. |
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GFAP. As células neoplásicas eram fortemente positivas para a proteína glial ácida fibrilar, como esperado em um tumor de astrócitos. | |
CD34.
Este marcador do endotélio vascular demonstrou exuberante proliferação de capilares no tumor, especialmente ao longo de superfícies. Os capilares eram tortuosos, mas alinhados, à maneira de guirlandas. Ocasionalmente também formavam tufos lembrando glomérulos renais. |
Este tipo de proliferação vascular é comum nos astrocitomas pilocíticos, e já tem sido mostrado em vários exemplos nestas páginas. É importante não confundir com fenômeno semelhante nos astrocitomas difusos, onde é considerado critério de malignidade. | |
Ki-67. O índice de marcação foi mais alto que o esperado para um astrocitoma pilocítico. Houve positividade nas células neoplásicas e nos capilares proliferados. Além disso, o marcador identificou células neoplásicas infiltrando o córtex cerebelar (onde as células normais são sempre negativas). |
Ki-67. Astrócitos neoplásicos. Os núcleos marcados apresentavam variação de volume e forma. | |
Ki-67. Córtex cerebelar infiltrado. Observavam-se vários núcleos marcados na camada molecular e também na camada granulosa, evidenciando infiltração neoplásica. | |
Ki-67. Capilares proliferados. A proporção de núcleos marcados aproximava-se da do tecido neoplásico propriamente dito. | |
Comentário. Este tumor foi classificado como astrocitoma pilocítico baseado nos dados de imagem de localização cerebelar (vermis superior na linha média), e caráter cístico com impregnação periférica por contraste. Histologicamente, o quadro era mais pleomórfico que o esperado num astrocitoma pilocítico habitual. Embora houvesse áreas pilocíticas, outras lembravam mais um astrocitoma difuso. Não foram observadas as clássicas áreas protoplasmáticas com degeneração microcística nem fibras de Rosenthal. Além disso, o tumor infiltrava o córtex cerebelar, e a marcação por Ki-67 foi maior que a habitual em astrocitomas pilocíticos. A proliferação vascular exuberante, porém, era do tipo comumente encontrada nos astrocitomas pilocíticos, assim como a disposição em guirlandas ao longo de superfícies. Em vista da heterogeneidade dos achados, consideramos mais adequado o diagnóstico de astrocitoma pilocítico anaplásico. O diferencial seria com glioblastoma multiforme do cerebelo. Este, contudo é um tumor mais agressivo, de grande raridade, do qual temos um exemplo. |
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