Neupatimagem-UNICAMP

Hamartoma hipotalâmico

Masc. 25 a. Paciente apresenta desde a infância crises epilépticas de fundo emocional, em que fica com fala desconexa, arresponsivo e com riso incontrolável (crises gelásticas). Há também crises de ausência e crises tônico-clônicas generalizadas. EEG - descargas epileptiformes generalizadas. Puberdade precoce, com surgimento de caracteres sexuais secundários aos 7 anos. Desenvolvimento neuropsicomotor e desempenho escolar adequados. Refratariedade ao tratamento medicamentoso. Lesão hipotalâmica biopsiada aos 8 anos, com diagnóstico em outro serviço de astrocitoma grau I (sic), que não foi tratado. Em abril de 2003, submetido a ressecção subtotal da lesão por via infratemporal, com redução da freqüência de crises, da hiperfagia (estava engordando rapidamente) e da amnésia retrógrada. Em dezembro de 2009, nova cirurgia, origem do presente material histológico.

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Imagens provêm de dois exames, de jan e fev. de 2002. Mostram lesão hipotalâmica expansiva, exofítica, arredondada, bem delimitada, com 2 x 3 x 3 cm, originando-se no tuber cinéreo (assoalho do IIIº ventrículo), preenchendo as cisternas supraselar e interpeduncular e insinuando-se na cisterna prépontina. Superiormente, eleva o assoalho do IIIº ventrículo. Apresenta-se difusamente homogenea, com hipossinal à substância cinzenta em T1 IR (inversion recovery), hipersinal em T2 e FLAIR. Não foi injetado contraste.