Hamartoma  hipotalâmico.   1. Macro, HE
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Espécime. 

Lesão ovalada, bem delimitada, superfície externa lisa, consistência macia.  Ao corte, cor esbranquiçada e aspecto homogêneo. A área pardacenta provavelmente correspondia à continuação com o hipotálamo e contém pontos hemorrágicos pela cirurgia. 

Lâmina escaneada. 
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Tentativa de correlação entre a imagem e a lâmina escaneada.  A porção hemorrágica à direita deve corresponder à inserção da lesão no hipotálamo. A superfície convexa à esquerda provavelmente fazia projeção para o IIIº ventrículo, pois na microscopia contém trechos de epêndima. Clique nos números correspondentes aos da figura abaixo para ir aos detalhes (1) (2) (3) (4).  Para mais imagens deste caso, clique
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HISTOLOGIA  -  HE
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Destaques  da  microscopia. 
HE. Neurônios, com variação de tamanho e forma, destacam-se por núcleo grande, cromatina frouxa, nucléolo proeminente, e citoplasma abundante de limites nítidos.  Glia. Astrócitos e oligodendrócitos típicos e maduros em proporções variáveis.  Epêndima, revestindo trechos da lesão na face voltada para o IIIº ventrículo ou formando rosetas e ilhotas ependimárias. 
GFAP.   Positivo nos astrócitos, negativo nos oligodendrócitos e neurônios. VIM. Positivo nos astrócitos e vasos. NF.  Positivo em neurônios e axônios, denota a variabilidade morfológica destas células na lesão. 
SNF.  Positivo em neurônios e axônios. Evidencia neurônios anômalos, raramente binucleados (foto). NSE. Positivo em neurônios.  Ki-67. Positividade em << 1% dos núcleos das células gliais participantes. Sempre negativo em neurônios. 
Texto - Hamartomas hipotalâmicos
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Aspecto geral. 

Em aumento fraco, observa-se tecido nervoso com predomínio de células gliais típicas (astrócitos e oligodendrócitos), com neurônios esparsos.  Não há atipias celulares. Os vasos são finos. O tecido é análogo ao do hipotálamo normal e pode ser facilmente confundido com este na histologia. Daí a importância da correlação com os estudos de imagem para o diagnóstico correto. 

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Neurônios. 

Os neurônios destacam-se pelo maior volume celular, citoplasma distinto com limites nítidos, por vezes com corpúsculos de Nissl, núcleo vesiculoso com cromatina frouxa e nucléolo proeminente. Há moderada variação de forma e tamanho das células.  Em imunohistoquímica, neurônios são marcados por NSE, NF, SNF e cromogranina. 

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Glia. 

Células da glia formavam a parte preponderante da lesão. Tanto astrócitos como oligodendrócitos eram observados, estes últimos com seu halo perinuclear característico. Com imunohistoquímica para GFAP e vimentina, os astrócitos são marcados em seu corpo celular e prolongamentos, os oligodendrócitos ficam negativos (ainda não há marcador específico para eles). 

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Astrócitos.  Os astrócitos na lesão são do tipo fibroso, com prolongamentos abundantes e ricos em fibrilas gliais. Seus corpos celulares são geralmente pequenos, com pouco citoplasma, o que dificulta sua individualização.  Estas células são, porém,  bem demonstradas por imunohistoquímica para GFAP e vimentina
Oligodendrócitos. Os oligodendrócitos salientam-se pelo halo claro perinuclear, que se trata, na realidade, de um artefato devido à entrada de água na célula por anóxia antes da fixação. Seus núcleos são um pouco menores e mais densos que os dos astrócitos. Seu citoplasma é escasso e se confunde com os prolongamentos celulares que formam o fundo fibrilar da lesão.  Tal fundo pode ser chamado neurópilo, em analogia ao neurópilo normal da substância cinzenta, como no córtex cerebral. Para  neurópilo normal em microscopia eletrônica, clique. 
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Epêndima 

A porção do espécime voltada para o IIIº ventrículo continha resquícios de epêndima na superfície e ilhotas e rosetas ependimárias logo abaixo.  Esta região superficial apresentava um adensamento das fibrilas gliais, como é normal em regiões subependimárias no sistema ventricular. 

Epêndima.  As fibrilas gliais subependimárias são produzidas pelas próprias células ependimárias ou por astrócitos subependimários. Mesmo se estas células desaparecem, as fibrilas gliais, que são proteínas do citoesqueleto constituídas por GFAP e vimentina, permanecem in situ indefinidamente. 
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Face voltada para fossa interpeduncular.

Outra face do espécime, onde não se observava epêndima, estava provavelmente voltada para o espaço subaracnóideo, no caso, a cisterna interpeduncular, a julgar pelos estudos de imagem. Contudo, não havia leptomeninge, que, presumimos, foi destacada durante o preparo.  A superfície mostrava riqueza em fibrilas gliais arranjadas em várias direções, com poucos núcleos.

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 Para mais imagens deste caso: RM IH
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Casos de hamartoma hipotalâmico : Neuroimagem Neuropatologia Texto sobre hamartoma hipotalâmico
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