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Masc. 6 a. Cefaléia, alteração progressiva da marcha, vômitos episódicos há 9 meses. |
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Grande tumor parieto-occipital D, lobulado, heterogêneo, alternando áreas sólidas densas com cavidades contendo líquido, o qual forma níveis com material decantado. A lesão parece bem delimitada em relação ao parênquima cerebral. Ocupa a face medial posterior do hemisfério D e se estende lateralmente até a convexidade. Mostra isossinal em T1 e T2 no componente sólido, hipossinal em T1 e hipersinal em T2 no componente líquido dos cistos e na parte central do tumor. O conteúdo decantado tem forte perda de sinal em T2, sugerindo maior concentração de macromoléculas. Com contraste, há impregnação intensa e heterogênea. A lesão causa grande efeito de massa, desvio das estruturas da linha média, deformidade do ventrículo lateral D, compressão dos forâmens de Monro, hidrocefalia hipertensiva e transudação liquórica transpendimária. Há notável edema peritumoral, manifestando-se como hipersinal na substância branca em T2 e FLAIR. Há afilamento dos ossos da convexidade do crânio e aumento de volume da cavidade (atribuíveis à hipertensão intracraniana crônica). |
T1 COM CONTRASTE. Cortes pela maior extensão do tumor nos três planos ortogonais | ||
MELHORES CORTES AXIAIS. Notar a forte impregnação, que destaca a heterogeneidade do tumor, com áreas sólidas e císticas irregulares. O edema da substância branca anterior à neoplasia é melhor visto como hipersinal em T2, e avança entre os núcleos da base. | ||
T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE | T2 |
Comparação entre um corte axial em T2 e a peça seccionada aproximadamente na metade. O centro degenerado da peça (provavelmente por isquemia crônica) corresponde na RM à área interna de contorno irregular e estrelado, cujo hipersinal denota maior hidratação. As áreas sólidas periféricas, esbranquiçadas e firmes, têm isossinal ou leve hipossinal em relação ao córtex. |
Cistos
com conteúdo decantado.
Estando o paciente em posição supina para realizar o exame, material mais pesado presente no líquido de cistos (como células descamadas ou hemácias) sedimentam, levando ao aparecimento de níveis líquidos. A parte decantada tem hipossinal em T2, indicando alto conteúdo de macromoléculas. |
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Edema
peritumoral - atinge a substância branca próxima
ao tumor por embebimento a partir de líquido (plasma) extravasado
pelo tumor ou seus vasos. Este edema, do tipo vasogênico,
aparece como hipossinal em T1 (sem impregnação) e forte hipersinal
em FLAIR.
Transudação liquórica transependimária - corresponde a edema intersticial por entrada de líquor sob pressão pelo epêndima dos ventrículos. Ocorre por hipertensão liquórica, que também causa a hidrocefalia. Ainda merecem menção a impregnação forte e heterogênea por contraste do componente sólido do tumor, e a impregnação da parede do cisto (indicando presença de tecido neoplásico na mesma). |
CORONAIS, T1 COM CONTRASTE | FLAIR |
SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE |
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CORTES AXIAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
T1 SEM CONTRASTE | ||
T2 | ||
FLAIR | ||
CORTES CORONAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
FLAIR | ||
CORTES SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
T1 SEM CONTRASTE | ||
Agradecimento. Caso gentilmente contribuído pelos Drs. José Ribeiro de Menezes Netto e Ana Sílvia Carvalho de Menezes, do Laboratório Menezes, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | Macro, HE, especiais | IH |
Texto : ependimomas tanicíticos |
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